Capítulo 5

1.2K 114 3
                                    


Como sempre estou tendo que escalar o poço, acho que já esta na hora de fazer alguma adaptação como uma escada, cansa muito ter que escala-lo toda vez, ainda mais com a mochila nas costas. Quando sento na beirada do poço reparo na paisagem a minha volta pela primeira vez, afinal quando eu vi foi quase fugindo. O campo esta todo florido, e a brisa que me cerca é relaxante, a brisa sopra pelo meu rosto jogando meus cabelos para trás, decido-me que esta na hora de voltar ao vilarejo, já passei tempo demais aqui. Mas quero andar um pouco então vou pelo caminho maior, o que vai por dentro da floresta.

Caminho pensando em tudo o que aconteceu desde quando eu comecei essa jornada, a três anos atras, conheci muitas pessoas e vi muita coisa estranha que nunca pensei que veria um dia, mas também fiz muitos inimigos. Dentre esses conhecidos estão pessoas muito especiais, e muito queridos por mim, agradeço sempre por tê-los conhecidos em momentos inusitados nessa minha jornada, mas tem uma pessoa, na verdade ele é um youkai que eu admiro e muito em segredo, ninguém pode saber disso e ninguém sabe disso...

Mas, de verdade, eu admiro muito Sesshoumaru, o meio-irmão do Inu-yasha. Ele é daquele tipo de pessoas que não se deixa abalar-se por nada e nem ninguém e ele tem uma imponência que ate o ser mais nobre se curva perante ele, mas ele é muito arrogante isso eu não posso negar, apesar de Sesshoumaru ter uma beleza de tirar o fôlego e ter a marca da meia lua que eu acho muito linda, eu também nunca o vi dar um sorriso, nem os mais simples e discreto sorriso... Como ele será sorrindo? Espera aí, desde quando eu penso em Sesshoumaru? Eu não o suporto e nem ele gosta de mim então... Ai que frustrante, e também desde quando eu parei de andar e por que meus pensamentos me trouxeram a clareira... Dei um suspiro, vou voltar ao vilarejo.

Quando passei a me dirigir em direção ao vilarejo um youkai besta aparece na clareira.

– Ora humana percebo que você carrega fragmentos da joia de Quatro Almas, e eu quero eles para mim - diz o youkai besta.

– Hump... Como se eu fosse entrega-los, você quer venha pegar! - eu disse com um olhar gélido e com um sarcasmo na voz.

– Humana insolente você vai morrer! - disse o youkai me atacando, mas como ele é fraco não liberei nem 10% do meu poder, saquei minha flecha a posicionei no arco e atirei, acertando o youkai em cheio, ele morreu na hora. Pendurei meu arco novamente em meus ombros e me dirigi à casa da vovó Kaede.

–---------------------------------------------

Quando cheguei encontro Inu-yasha e Miroku na porta conversando, ambos do lado de fora da casa, quando Inu-yasha percebe a minha presença se vira e me da um sorriso, que por um momento eu me esqueço de tudo e o encaro surpresa. Recomponho-me e me aproximo deles.

– Oi - eu disse com uma voz normal, mas sem emoção - Onde estão todos?

– Oi - diz Inu-yasha e Miroku juntos, e Inu-yasha continua: - Eles estão se aprontando, vamos sair em jornada novamente.

Olho para Inu-yasha e aceno positivamente - Então como vamos fazer? Eu vou me separar de vocês? - pergunto com naturalidade e firmeza. Ambos me olharam assustados e sem reação.

– Claro que não Kagome - respondeu Miroku surpreso depois de ter aparentemente recuperado a linha de raciocínio - você vai conosco não é Inu-yasha?

– Claro que vai, mas Kagome, você sabe que Kikyou vai conosco não é? - Inu-yasha me olha com uma expressão estranha que eu interpreto como dor, mas dor do que? De ter que forçar a mim e a Kikyou a andarmos juntas e lutarmos lado a lado? Ou do que ele está me fazendo achando que eu não sei? - Você se importa com isso Kagome?

– Claro que não Inu-yasha, com nós duas deve ser mais fácil detectar os fragmentos da joia, não é mesmo? - respondo com sarcasmo e firmeza, mas sem demonstrar nada - E se é só isso o que tem a dizer preciso terminar de arrumar algumas coisas aqui para partimos.

– Tudo bem Kagome - diz Inu-yasha olhando para o outro lado e franzindo a testa - Mas antes posso te fazer uma pergunta?

– Claro Inu-yasha - respondo séria.

– O que aconteceu com sua roupa? E que cheiro é esse? - diz Inu-yasha com uma expressão de preocupado e voltando seu olhar para mim.

– Ah, isso, um youkai me atacou na clareira enquanto vinha para cá, querendo isso - tiro os fragmentos que estão comigo e mostro a Inu-yasha e Miroku, Inu-yasha me olha surpreso. – Ai eu matei ele para me defender e espirrou um pouco de sangue no meu tênis, nada demais. Agora se me der licença.

Entro na casa de vovó, termino de arrumar as minhas coisas, estou levando minha mochila, Joyeuse e os arco e flecha, arrumo tudo e fico do lado de fora, enquanto espero decido ficar olhando o lago, pensando um pouco em tudo o que aconteceu, quando Inu-yasha se aproxima me retirando de meus devaneios.

– Kagome, porque a Kikyou não percebeu que você possuía tantos fragmentos? - Inu-yasha pergunta surpreso.

– Eu realmente não sei Inu-yasha - respondo com sinceridade, mas desconfio que sejam meus poderes escondendo eles, pois sempre ando com uma barreira ao redor deles. - E então já podemos ir? - não quero ficar sozinha com ele ainda.

– Claro. – diz Inu-yasha.

E assim começou mais uma jornada em busca dos fragmentos da joia de quatro almas e de Naraku, e também um teste de paciência para mim, pois vou ter que conviver com Kikyou e Inu-yasha, e assim sai de novo em uma nova busca com meus amigos.

Os Fragmentos do meu CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora