Saudades.

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No dia seguinte acordei cansada, a deixei dormindo e levantei, fiz minha higiene matinal e desci as escada.

- Bom dia viado – disse sorrindo pro Patch e fui pra cozinha, peguei uma bolsa de sangue coloque no copo e sentei com eles – bom dia meninas.

- De acordo com seus gritos-gemidos de ontem a noite é um dia muito bom, não é mesmo? – Patch falou, Leah e Roberta riram, e eu fiquei vermelha.

- essa garota precisa ir embora! – Roberta disse.

- ela não vai, Roberta, entenda, ela não vai fazer mal nenhum a gente. – suspirei – eu sei que ela é um anjo, mas tenta, por mim. Deixe ela ficar.

   Roberta olhou para Leah e Patch, os dois balançaram a cabeça num sinal positivo, o que a deixou nervosa. Roberta sempre nos protegeu, ela é a vampiro mais velha da casa, o que da a ela mais poder em batalha e a torna responsável pela gente. Ela é linda, loira, olhos castanhos claros, claro que usava lente, seus olhos eram vermelhos como os dos outros vampiros, baixinha de corpo magro, realmente ela é de tirar o fôlego. Eu tinha cabelos castanhos escuro, lentes verdes claras, sou alta, e não muito magra, mas também não muito gorda. Patch é o viado mais lindo que já vi, cabelos pretos, lentes verdes, corpo não muito musculoso, mas definido. Leah é a mais baixinha, cabelos castanhos claros e lentes azuis escuro, corpo magro e muito bem definido, eu já tive um lance com ela, bom a gente ficava as vezes, até ontem, bom, Ally chegou e talvez isso pare agora. Todos nós usávamos lentes, para disfarçar os olhos vermelhos.

   Leah e Patch já haviam se acostumado com a idéia de ter um anjo morando com a gente, eles até que gostavam dela, embora ela metia um pouco de medo. Roberta é a única que ainda não aceita, ela tem medo que a Alice ponha nossa segurança em risco e por isso não aceita ou se conforma com a idéia de ter um anjo debaixo do mesmo teto que a todos nós. Roberta subiu as escadas irritada e se enfiou em seu quarto, fui atrás dela junto com Patch. Leah ficou na sala caso a Jackeline se acordasse.

- Roberta para de pirraça! Ta parecendo uma criança – disse entrando em seu quarto sem bater.

- Se bate na porta antes de entrar! – ela disse irritada – não é pirraça, estou tentando proteger nosso grupo! Você não pode simplesmente trazer um anjo pra morar conosco e por nossa segurança em risco! – gritou.

- Caralho! Você acha mesmo que eu queria ter tido essa conexão com ela? Que merda garota eu não tive culpa, falou? – disse alterando a voz – me desculpa, não foi minha intenção me conectar com a alma dela – já estava mais calma.

- Isso ta parecendo um filme da saga filme crepúsculo! – Patch disse – Só falta abrir a janela para o sol me atingir e eu brilhar como uma Deusa! – brincou.

- abra a janela e vire pó de imediato! – fale revirando os olhos em seguida.

- ain... – sentou na cama.

   Brigamos mais um pouco, Patch assistia tudo e tentava acalmar a gente para que não houvesse uma briga pior. Quando acabamos, decidimos que a Jackeline poderia ficar mais um pouco, até achar um lugar pra ficar. Descemos as escadas e Alice já estava acordada procurando alo pra comer na geladeira, Leah estava no sofá assistindo TV.

- bom dia – disse indo ao encontro de Jacke e dando um selinho nela.

- vocês não tem mas nada além de bolsas de sangue nessa geladeira? Sexo me da fome! – falou e riu.

- Ally, meu amorzinho – ironizei - somos vampiros, o que esperava que tivesse na geladeira além de sangue? Não comemos, apenas bebemos sangue, na verdade comemos quando sentimos falta do sabor da comida, mas saímos a noite pra comer fora. – falei rindo.

- vou sair pra comer alguma coisa. – falou depois saiu.

   Fiquei arrumando meu quarto, estava uma bagunça enorme, depois de arrumar tudo decidi ler um livro qualquer, pois meus dias trancada dentro de casa, só podendo sai a noite, fazia com que eu lesse muito.

   Tirei minhas lentes, troquei a roupa, peguei meu celular e meus fone comecei a ouvir musica enquanto descia pra pegar mais sangue pra beber. Sangue... até que não é tão ruim, no começo tem um gosto estranho de ferro, mas com o tempo você se acostuma com o gosto, e ele se torna bom.

   Voltei pro quarto e fiquei mexendo nas minhas coisas de quando era humana, peguei umas fotos de família e uma reportagem com uma foto minha.

- é ruim não é? Você sente muita falta deles, certo? – Leah perguntou entrando no quarto e sentando do meu lado. – sua mãe? Seu irmão? Seus amigos? Sua família toda acha que você morreu... você desapareceu e depois de um tempo eles simplesmente te dão como morta. – deitou e ficou olhando pro teto enquanto falava – a merda toda é que você não sabe como eles estão, você vai vê-los envelhecer enquanto continua jovem, mas com o tempo você se acostuma com tudo, e com a dor de ser esquecida.

- você tem razão, quando olho pra essas fotos eu sinto falta, mas não como antes, já me acostumei com o fato que eu nunca mais os verei, além disso eu não era muito lembrada quando estava viva, depois que desapareci e fui dada como morta, eles já devem ter me esquecido, superado, seguido em frente. – falei deixando cair algumas lagrimas, não de saudade, mas de dor, a dor de ser esquecida.

   Leah me abraçou e eu chorei em seu ombro. Dos três que moravam comigo, Leah é minha melhor amiga – já devem imaginar o motivo - ela se tornou vampiro mais ou menos três dias depois que eu me tornei, acabamos nos encontrando num parque a noite e então Roberta nos encontrou e nos abrigou, nos ensinou como usar nossas habilidades, como beber sangue sem matar a pessoa, como caçar, nos ensinou tudo o que sabemos hoje. Pelo fato de termos sido “criadas” juntas nos tornamos muito amigas, e hoje somos melhores amigas, uma sempre ajudou a outra e sempre esteve presente na vida da outra.

Give Me Love Amid WarOnde histórias criam vida. Descubra agora