Reencontrando Leah.

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Um mês avia se passado, estava cansada da Roberta pegando no meu pé e Patch chorando por sempre matar o namorado, Leah era a única que me entendia e não implicava tanto.

   Acabei me mudando, avia encontrado uma mansão abandonada que todos julgavam ser “mal assombrada” mas era boatos, nunca passou de lendas que os humanos cismam em inventar pra por medo em outros humanos idiotas. Arrumei tudo naquela mansão, até que ficou bagunçadamente bonitinha, ou só bagunçada mesmo.

    Na minha geladeira só tinha bolsas de sangue, pizza, lasanha, chocolates, morangos, entre outras coisas gostosas. Se eu comia? Claro que não, raramente. Mas minha namorada, sim. Ally adorava pizza, lasanha, sorvete e chocolate, então isso nunca faltava.

    Depois de um mês, quando me mudei pra mansão ela foi comigo, claro, começamos a namorar, um pouco cedo, mas por conta da conexão que eu tive com ela, acabamos criando um vinculo forte que se transformou em amor. Fuck! Eu amava ela.

   Claro, eu sentia muita falta dos gritos de Patch quando acordava pelado na mesma cama que a Leah e a Roberta, ele passava o dia xingando-as, mas eu acho que ele até gostava, afinal, elas eram muito gostosas e ele nem se fala! Roberta estava brigada comigo, por isso eu não ia muito na casa deles, mas me encontrava com Patch e Leah. E essas foram as mudanças que ocorreram em um mês mais ou menos.

    Estava no meu quartinho de fotos, sim eu gostava de tirar inúmeras fotos, meu sonho era ser fotografa, mas vampiros não podem ir na luz do sol então... deixei pra lá. Ally tinha saído com uns amigos, e eu estava em casa, ainda estava de dia e eu e o sol não nos damos muito bem, porém a noite, eu me divertia. Estava revelando algumas fotos no quarto escuro, quando sinto algo atrás de mim.

- Oi Ally. – ri quando senti sua presença. Bufou.

- Como sabia que era eu? – me abraçou por trás beijou meu pescoço – são lindas... você tem jeito pra ser fotografa,  porque não se torna uma? Digo... oficialmente!

- Porque pra ser fotografa você não pode trabalhar só a noite, e além disso como irei sair de dia? Tirar fotos não é fácil e muito menos achar emprego sem ter feito curso algum. – ri sem jeito – fotografia sempre foi um sonho meu... mas deixei de lado junto com minha vida.

- Você... não gosta de ser o que é? Porque? – perguntou confusa – você tem poderes, uma namorada perfeita – riu – é perfeita, tem habilidades que ser humano nenhum poderia ter.

- Sim isso é bom, porém sou vista como um monstro, mato pessoas, não posso ver mais o sol nascendo ou se pondo, ou ao menos ser tratada como um ser humano, para se referir a mim perguntam “o que” e não “quem” sou. Não posso nem se quer matar a saudade da minha família, ou meus amigos. Ganhei muitas vantagens, como minhas habilidades e imortalidade... – fiz uma pausa que para ela parecia ter sido longa - ... mas ver quem eu mais amava morrer a minha volta, enquanto eu fico jovem pra sempre, eu perdi uma vida colocando outra no lugar daquela.

- desculpa... – disse triste.

- ta tudo bem... – beijei-a.

    Depois que terminei de revelar as fotos saímos do quarto e fomos pra sala assistir um filme. Assistimos “Marley & Eu” como no final do filme eu sempre choro, ela ficou rindo da minha cara e repetindo inúmeras vezes “é só um filme amor!”, porém o filme é lindo e eu sempre choro, mesmo sabendo que é só um filme, eu não acho que o cachorro deveria morrer no final! Só pra implicar decidi colocar um filme de terror, assistimos “O Exorcista”, minha vez de rir, ela tem medo de filme de terror e mal assistia, sem contar sua carinha de medo. Sim, eu também tinha medo mas ela não precisava saber, fiquei rindo quase o filme todo.

   Era umas 20h minha vez de “brincar” na rua, coloquei uma roupa de frio, peguei meu skate e meu celular e fui pra porta, quando estava saindo ela me chamou:

- não vai se alimentar antes de sair? – perguntou séria.

- eu... eu... prefiro me alimentar lá fora, sabe... pegar o sangue direto da fonte é melhor! – falei.

- você é viciada em sangue! Para de matar, por favor... – pediu.

- relaxa, eu não vou matar, vou só desacordar! – falei e dei um selinho nela. – tchau amor.

- tchau. – disse – se cuida.

    Sai no skate, confesso que era muito boa, fui pra pista comecei a andar e vi um vítima perfeita, fiz ele babar por mim o levei pra um lugar afastado e bebi seu sangue deixando-o apenas desacordado. Meus olhos estavam super vermelhos e eu senti minha força aumentar, limpei o sangue que escorreu no canto da minha boca e continuei a andar com meu skate.

   Fiquei “zuando” pela cidade, no meio do caminho encontrei Leah sugando o sangue de uma garota num beco escuro, seus olhos vermelhos brilhavam naquele preto da escuridão.

- Dando um voltinha Leah? – cochichei em seu ouvido.

- Veja só... se não é a minha amiguinha Julie, que mundo pequeno. – largou o corpo já morto da garota no chão e me prensou na parede. – que saudade. – disse com os lábios quase nos meus.

- vem vamos detonar com essa cidade! – ri e a puxei pra fora daquele beco, antes que rolasse algo a mais.

   Fomos dar uma volta no shopping onde fizemos mais algumas vítimas, assistimos a um filme de terror. Ela assaltou uma loja e roubou um skate, fiquei assistindo ao longe e rindo, depois ela veio ao meu encontro com latas de tinta spray.

   Pichamos vários prédios e muros, ela matou mais algumas pessoa e eu desacordei mais algumas. Confesso que deixamos a cidade de cabeça pra baixo, eu e Leah sempre fomos as “encrenqueiras” do grupo, sempre nos metendo em brigas e bagunçando a cidade. Roberta e Patch eram os “certinhos”, não queriam se meter em brigas com os escolhidos, eu e Leah já não ligávamos ou sentíamos tanto medo, sabíamos que mais cedo ou mais tarde uma nova guerra surgiria.

As 3h30 da manhã voltei pra casa, deitei na cama, abracei-a, dei um beijinho em seu rosto e dormi agarradinha com ela.

Give Me Love Amid WarOnde histórias criam vida. Descubra agora