O quarto das sombras.

Capitulo 7 A divida de Asase

Obdias é hospitalizado e permanece estável na UTI em estado grave, Didiet ficou do seu lado na cama enquanto Pinah e Duanny se consolavam toda situação era desgastante, entretanto Mkimba não tinha tempo de se comover, pois a entidade feriu mortalmente seu tio que era um ogam experiente, sua irmã o salvará, mas não poderia protege-lo para sempre. Enquanto isso no hospital Didiet não tira os olhos do pai que está em coma induzido, ele observa os aparelhos e pede sua recuperação: - Sabe pai muitas vezes a gente brigou, eu nem sempre quis dizer aquelas coisas, oque eu não daria pra você acordar agora, você tava certo nós devíamos ter respeitado o voodu e não transformado num negócio, eu sempre segui o Mkimba em tudo que ele fez então não sou menos culpado pelo que aconteceu, aquela noite na encruzilhada nós tiramos metade das oferendas a gente queria salvar a firma, mas não pensamos direito, o senhor sempre dizia pra não brincar com os lwas e olha só, você acabou sendo atacado por nossa culpa. Então os batimentos de Obdias começam a cair Didiet percebe e vai chamar a enfermeira então ele avista uma sombra que se move na parede em direção ao seu pai, à medida que a sombra avança sua respiração piora, ele imediatamente se levanta pega o xerê e chacoalha em direção a sombra que vai recuando, ele continua até a sombra sumir na escuridão e o coração de Obidias estabilizar.

A maquina cessará o alerta, mas Didiet não: - Aqui não desgraçado, não agora.

Pinah se encarregou de fazer a internação enquanto Duanny inventava uma estória para à polícia e os médicos, em meio ao caos Mkimba só tem um pensamento, vingança e sabia bem por onde e quem começa. Voltou pra casa foi até o armário começou a encher caixas com as garrafas, colocou tudo na porta malas e dirigiu até a frente de uma casa, parou, desceu e começou a jogar as garrafas na frente da casa . O som de vidro estilhaçado desperta o dono que saí de roupão e quase é alvejado por uma garrafada, o dono da casa era Wilson Mackinley. Ao ascender à luz da entrada identifica Mkimba e grita: - Mkimba, mas que diabos você está fazendo?

-A senhor Wilson e vim aqui trazer um presentinho pra você. Lança lhe mais uma garrafa.

-Meu Deus Mkimba você está louco, vai embora.

Ele chega até a porta e mostra uma garrafa pra ele: - Ei Wilson sabe oque isso?

- Não, pra mim é só uma garrafa suja ...

- Não, eu acho que você sabe sim, não é Wilson, pega. Mkimba atira a garrafa pra cima contra Wilson que a agarra no ar e protesta: - Seu louco não deixe isso cair aqui.

-Isso oque, tá com medo de uma garrafinha suja?

-Ora isso é ... vidro e pode ....machucar alguém que ...

- Vidro hein, pode machucar então por que você não abre?

Ao fundo ouve-se uma voz de mulher:- Wilson oque foi quem está aí?

-Nada Emma volta pra cama.

Mkimba aponta-lhe a garrafa e ameaça abrir: - Ora Wilson vim numa má hora, quer que eu vá embora, ótimo é só abrir a garrafa.

-Eu não vou abrir nada, vamos saia.

-Não, então abro eu ...

-Espere, oque você quer, por que está fazendo isso?

-Eu quero a verdade, eu sei que você e meu pai tinham negócios, eu vi seus registros de imóveis e achei a agenda dele e os endereços batem, sei que você tem comprado as mesmas casas por anos agora oque meu pai tinha com isso?

-Quando começamos o lote sul nós acidentalmente encontramos um cemitério clandestino de escravos, eu sabia que se a prefeitura soubesse embargaria a obra e teria um prejuízo de milhões aí eu fui falar com se pai.