Karma

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Crenças, naquilo que definimos divino é algo comum em nós? No meu caso posso dizer que sim. Acreditar naquilo que você não tem certeza é algo super comum, afinal é através do que é desconhecido que criamos crenças, quando não se conhece se imagina o porquê e do por que surgi a crença, ou melhor, a fé.


Não possuo uma religião mas tenho fragmentos de diversos pensamentos religiosos, posso dizer que vivo em uma teia de religiões. Por esse motivo é que não posso afirmar nada (se as palavras ditas acima soarem como afirmações saiba que não são) sobre crenças.


Passar embaixo da escada dá azar? Digamos que faço esta ação enquanto estou indo para o trabalho, se eu estiver consciente sobre ter passado d'baixo da escada e lembrar que dizem que "traz azar", logo qualquer coisa que me acontecer o neste dia de ruim acabarei atribuindo tudo ao fato da escada. Por que inventei passar por d'baixo da maldita escada, iria eu me perguntar. Essa atitude de atribuir acontecimentos a terceiros eu considero como "método de justificação" para que eu me convença que o fato ruim que me aconteceu não foi por minha culpa ou por conta do acaso, mas sim pelo fato da má sorte da escada. Além da escada também podemos atribuir outros fatores: O bolo que fulano me deu só poderia estar enfeitiçado, ou¸ aí tem que bater na madeira quando falamos algo muito ruim, as pessoas usam muito isso como meio de justificativa para se satisfazer com perguntas das quais não possuem respostas.


Superstição e Crença não são tão diferentes uma da outra, enquanto a superstição é a crença nas reações de uma ação acabando por ser algo ilógico. Como o exemplo da escada. A crença já é baseada em apenas acreditar.


Muitos autores provavelmente já discutiram esses temas que estou falando, e provavelmente se você que está lendo, é você mesmo! Gosta de Filosofia e/ou Sociologia é bem capaz que você conheça alguém que já debateu ou pensou filosoficamente sobre esses dois assuntos. O único que me lembro que já tive acesso é o historiador Leandro Karnal, nos debates filosóficos do Café Filosófico da TV Cultura ele já chegou a comentar. Mais certamente no episódio Inveja-O Pecado Envergonhado. Lembro-me de seu comentário mais do que explicativo e racional em que ele diz sobre o Olho Gordo, em que pessoas utilizam pimenta para afastar, olho de boi e outros materiais que carregam a crença do "afasta olho gordo".


Nesse mar de crenças e superstições encontrei algo que me ajudou a me livrar de muitas das crenças que possuía. Algo que no Budismo se chama de Karma. Com uma rápida pesquisa no Google você já consegue um ótimo resumo do que seria o Karma, podemos definir como Reação de uma ação. Deste modo, eu apliquei no meu dia-a-dia. Tudo que eu fazer irá gerar reações e o que virá em seguida será Karma, seja bom ou ruim, Karma sempre irá aparecer como resultado de uma ação. Então me sinto fadigado no fim do dia, penso, dormi por 4 horas e trabalho por 8, é normal então que eu esteja fadigado, pois decidi dormir tarde então no fim do dia meu Karma foi ruim, mas não só o pouco que dormi que determina minha fadiga. Minha alimentação não foi tão boa, e voltei a trabalhar exatamente um pouco antes de comer, não recuperei energia então logo a gastei mais exigindo mais de mim, então a fadiga me bateu a porta e meu rendimento caiu. Isso seria culpa de algum terceiro? Bom, creio que já está claro.


Passar embaixo da escada irá ser azar se ela cair em cima de você, nesse caso não foi Karma, mas sim apenas um acaso.


Não nego qualquer ser divino, afinal não posso provar algum vestígio de existência, mas as crenças e superstições não são meios corretos de se seguir, pois não passam de métodos fantasiosos de ver o mundo através de ideias sem linhas lógicas. Mas Karma, pode ser o melhor remédio contra as fantasias dos pensamentos supersticiosos. Seja eu evangélico, católico, muçulmano ou de qualquer religião. Aceitar e entender o que é logico e descarta o ilógico pode ser o melhor sonífero anti-fantasias.



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