Capítulo 5:Lia

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- O que consiste em seus poderes?-Amren pergunta- Eu conheci apenas uma Tinwyr em toda minha vida, e ela não era repleta de magia.
Amren pergunta sabiamente, mudando o rumo da conversa, o ambiente estava tenso, ninguém falava nada a minutos.
      -Como eu já disse, somos tipo daemati, mas somos especialistas em sentimentos, consiguimos identifica-los sem invadir a mente de alguém,  Feyre e Rhys, entram na mente de alguém e podem faze-la de escrava,  obrigada a cumprir o que o feérico comandante desejar, mas nos Tinwyr somos tão boas em manipulações que apenas com palavras  conseguimos criar o desejo genuíno de fazer o que queremos, consigo criar ilusões dentre da mente de alguns, e nenhum escudo ou muralha mental é capaz de me  impedir de entrar.
Com essas palavras, Rhys, Feyre e Azriel ficam tensos, percebendo o perigo da minha presença na corte, o de manipular sem ninguém notar.
-Eu senti, uma coisa estranha ao você chegar Lia.- Fala Azriel.
-E o que é? - Respondo.
-Uma agitação nas sombras, também se encaixa em seu leque de poderes? Ou você não é responsável por isso?
-Peço deculpas, foi eu sim, mas as bruxas em geral, têm um conexão especial com a natureza, como acelerar o crescimento de algumas árvores, se muito poderosas criar chuvas, ou parar elas, eu tenho também um relacionamento com as sombras.
   Eu mexo as mãos e as sombras se enroscam em meus dedos.
- O que você não faz?- Pergunta Cassian.
- Sou incapaz de fazer várias coisas, mas nas que eu consigo sou muito valorizada.
- Lia, tem algo que não se encaixa na sua história-Começa Rhys- Você viveu muito tempo na Corte Outunal, mas de uma hora para a outra, decide abandonar seu lar e se instaurar na antiga corte de sua mãe?

Rhys pergunta, eles querem mesmo saber de toda a história na minha vida, não é mesmo? 

-Acho que não entenderam direito, Beron simplesmente me mantinha lá como prisioneira, ameaçava Lucien, e meu pai, que se eu saísse da corte, ele torturaria e faria coisas horríveis com os dois, eu era jovem não tinha coragem de enfrenta-lo, acreditava que não conseguiria proteger aqueles que amava, mas quando Lucien foi embora para a Corte Primaveril e Beron matou a noiva de Lucien que era praticamente minha irmã, não consegui suportar de morar lá, além do mais eu não tinha mais nada concreto que me mantinha no castelo, das duas pessoas mais importantes da minha vida, uma estava morta e a outra me culpava pela morte dela.

   Era doloroso demais para Lucien conversar livremente pelo assunto, mesmo depois de séculos, mas ele me corrigiu:
-Eu nunca te culpei, só que quando via você só me lembrava dela, e o que mais me arrependo na vida é ter te deixado no ninho de cobras, de não ter conseguido te salvar.

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