★ E N C O N T R O C O M O D E S T I N O ★
In my place, in my place
Were lines that I couldn't change
I was lost, oh yeah
In my place - Coldplay★★★❄⛄❄★★★
VEGA
Nanete é como a chamam e esse nome soa tão bem em meus lábios, como o seu corpo o faz em minhas vistas.
Ela é encantadora!
Tem um corpo esguio e é alta. Olhando de onde estou, não posso dizer muito sobre o seu rosto, pois ela ainda está de costas preparando algo tão lentamente, como se escolhesse com atenção os ingredientes da comida. Ela olha para frente, como se tivesse o domínio completo de seus atos. Não tinha o cuidado de observar o que fazia com a faca e aquilo de alguma forma começou a me incomodar. Estava ficando com medo por ela. Medo dela se ferir e aquilo me deixou em total alerta. O pânico começou a se instaurar em meu interior me deixando totalmente desconfortável na cadeira.
É claro que Arcturo logo percebeu isso. E pelo que pude notar, não só ele, mas todos agora me encaravam e conheciam o alvo de meu interesse.
― Por que está tão incomodado? – Arcturo perguntou repentinamente alto para todos da mesa ouvirem, mas baixo o suficiente para Nanete não poder escutar.
― A mulher... – digo fazendo um gesto com o queixo apontando em direção a cozinha. ― Está sendo descuidada com a faca e pode se ferir por isso! – respondi simplesmente, sem deixar de encará-la, notando-a retesar os músculos e largar a faca encima do balcão.
Ela se vira lentamente e com passos firmes caminha até a sala de jantar. Eu prendo minha respiração quando a vejo.
Essa mulher é simplesmente de tirar o fôlego.
Nanete é uma deusa e o seu sorriso me faz endurecer em tempo recorde. Eu quase tenho vontade de me estapear quando ela começa a falar e eu percebo a chance que perdi para ter aquela mulher para mim.
― Me desculpem interromper – disse calmamente com um sorriso no rosto ―, mas eu acho que não tive tempo de me apresentar. O meu nome é Alvinete Morgan, mas vocês podem me chamar por Nanete, como todos o fazem. O jantar está quase pronto, mas se o senhor Vega desejar, poderia me ajudar a cortar os itens para a salada, já que está tão incomodado com o meu trabalho. Apesar de que eu acho que o posso fazer melhor do que ele com os pés amarrados nas costas. – Foi o que ela disse antes de sair da sala me deixando totalmente sem graça pela gafe.
Nesse momento, havia percebido algumas coisas sobre Nanete:
· Primeiro: Ela era a mulher mais linda daquela casa;
· Segundo: A mulher era totalmente autossuficiente e respondona. E eu estava ficando louco para descobrir o que mais ela podia fazer com aquela boquinha afiada;
· Terceiro: Nanete não olhou para qualquer um que estivesse à sua frente e isso só me fez chegar há um resultado assustadoramente óbvio: Ela era cega.
― Droga, cara! Mas que merda foi essa? Como ela ouviu o que ele falou? – Arcturo se inclinou e perguntou para Byron que estava ao seu lado. Ele se virou um pouco e quando estava prestes a responder eu mesmo o disse em alto e bom som.
― Ela é cega, mas não é surda e deixou isso bem claro para todos nós. – Sorri me levantando e caminhando até a cozinha ― E como ela mesmo sugeriu, estou mesmo incomodado com o trabalho que ela está fazendo e por isso vou ajuda-la. – Quando passo pela porta da cozinha, resolvo fechá-la, pois seja lá o que for que ela tenha imaginado sobre o meu incômodo, provarei que tudo não se passa de um mal-entendido.
Eu mal fecho a porta e ela gira no balcão me encarando. Eu sei que ela literalmente não o faz, pois não consegue me ver ou se o faz, deve ser apenas vultos. Algo que eu ainda pretendo descobrir. Tudo sobre ela a partir de agora me diz respeito, pois eu a desejei em um mero olhar.
― Sabe, quando eu disse que poderia fazer isso com os pés amarrado nas costas eu não o quis dizer literalmente, mas posso tentar se você insistir em querer tomar o meu serviço para si. – disse com um misto de risada, mas havia nisso uma pontada de tristeza em sua voz.
― Ah, não tudo bem! Eu vim apenas para apreciá-la em seu trabalho. Pense em mim como o seu Guerreiro protetor. – Digo ansiosamente me aproximando ainda mais perto do meu alvo de desejo.
― O quê? – ela pergunta curiosa e eu sei que não esperava por isso. ― Olha aqui, se você acha que os cegos não conseguem fazer algo, sente-se aí e assista. Verá que eu posso fazer qualquer coisa que queira fazer.
― Ah, não, você entendeu tudo errado, amore! Eu realmente sei do que você é capaz. Eu não tinha ideia de que você era cega, mas agora que vejo isso, percebo o quão forte você é. ― me aproximo o suficiente para poder tocá-la e deslizar as mãos sobre a sua cintura e ela logo se espanta tentando me manter afastado, mas o meu agarre se tornou ainda mais firme ao seu redor.
― O que você pensa que está fazendo, senhor Vega? Eu tenho uma faca e eu... – a interrompo e a posiciono de frente para o balcão segurando firmemente em suas mãos, cortando os ingredientes rapidamente com a destreza de uma máquina.
― Shhh! Eu sei amore, mas eu gostaria de desfazer essa má impressão que ficou sobre mim. Sabe, quando disse que você estava sendo descuidada, não quis desafiá-la sobre sua condição física ou suas habilidades. Estava apenas sendo temeroso, pois no momento em que tive apenas um deslumbre do seu andar pela cozinha, isso me fez preocupado com você. E agora que eu te vi por inteiro, bem, isso vai ser um tanto difícil de esquecer, visto que a minha memória é mecânica. Mas acredite amore, o que eu estou sentindo agora é crescente e nada tem a ver com preconceito. Eu acredito nas suas habilidades, mas desejo te manter segura, porque a partir de hoje, você é MINHA!
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VEGA - UMA MISSÃO DE NATAL
Random👽 S I N O P S E 👽 ― Vega, se você não acredita em mim, porque não vai na próxima missão? Eu tenho certeza que há alguma humana disposta a ficar com você. Acredite em si mesmo. Você é um Guerreiro tão bom quanto qualquer um aqui e tenho certeza qu...