A Big K-Idol

Capítulo 3 - Uma oportunidade

Era automático o resmungo que eu dei ao ouvir o despertador. Desliguei e espreguiçando-me levantei para tomar meu banho. Já fazia uma semana desde que tive aquela conversa com minha melhor amiga, porém eu do jeito que sou não tive força de vontade para pesquisar sobre. Mas de hoje não escapa.

Depois de arrumada, peguei minha mochila e sair de casa e cantarolando fui caminhando até o ponto. Era mais ou menos 06:10 da manhã quando o meu ônibus chegou, entrei e como de costume fiquei na frente. Coloquei meus fones e esperei que ele fizesse seu trajeto.

Cheguei na escola e mal via a hora de sair.

Estava bem movimentado, por ainda não ter batido o primeiro sinal. Portanto o pessoal estava fora de suas salas aguardado que o primeiro professor do dia entrasse para dar aula.

Joguei minha mochila em cima da mesa e me sentei.

— Bom dia! – olhei para os meus dois amigos que juntos formávamos um trio.

— Bom dia, Luz! – disseram em uníssono e me virei para eles.

— Trouxe as empadinhas hoje né? – perguntei ao único garoto do nosso grupo.

— Sim, estão aqui. – aponta para a sacola que repousava em cima da mesa.

— Guarda duas daquela, que no intervalo eu vou comprar. Ok?

— Ei Erick, guarde pra mim também viu? – Laura quase que de supetão disse.

— Certo. – ele concordou enquanto nós viramos para frente após o professor entrar na sala.

Eles são incríveis embora eu me sinta meio deslocada as vezes por achar eles mais próximos um do outro do que nós três juntos jamais seria. A maioria dos trios são assim, mas eu tenho certeza que eles gostam de mim, tanto quanto eu gosto deles. Dá para perceber.

Prova disso é que trocamos de turno os três ao mesmo tempo.

Erick e Laura são mais altos que eu. Porém sou a segunda mais velha, Laura nasceu em ano bissexto então tem apenas 5 aninhos, chega até ser piada para alguém do tamanho dela.

— Bom pessoal quero dizer que como alunos do 3° ano nosso foco é o Enem. Então na minha matéria vou passar todos vocês, para vocês terem uma preocupação a menos na cabeça de vocês.

Ouvimos em coro a felicidade e os suspiros de alívio das pessoas que não se davam bem com a matéria.

A euforia durou quase que a aula toda. As duas seguintes aulas foram-se tão rápida quanto a primeira.

— UNO! – eu gritei como se minha vida dependesse daquilo.

Estávamos no intervalo e na mesa do professor jogávamos Uno. Era quase como uma tradição. Todas as vezes na hora do intervalo nos juntávamos na sala para jogar.

— Certeza que tá roubando. – um dos jogadores me acusa.

— Eu não, não tenho culpa se você não sabe fazer o jogo ser a seu favor.

— É mesmo dona espertinha? – Erick se virou pra mim com um sorriso travesso no rosto. — Então pegue mais quatro. – colocou a carta no meio da mesa. Incrédula o encarei.

— Eu não acredito nisso! De que lado você está? – rindo, e fazendo bico peguei as quatro cartas no baralho.

— De nenhum, é apenas um jogo. – deu de ombros e sorriu.

— E é?! Me aguarde... – com um sorriso de vilã no rosto, o encarei.

Duas rodadas depois e finalmente chegou minha vez novamente. Olhei minhas cartas com um sorriso vitorioso e logo fiz A jogada.