Capítulo-12

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*foto da Helena com a sua mãe, Selina

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HELENA

Tanto meu pai quanto eu, não sabíamos da existência dos nossos laços biológicos, até eu completar dez anos, que foi quando minha mãe foi presa pela primeira vez. O juiz decretou que ela era incapaz de cuidar de alguém em um ambiente estável e que eu deveria morar com o parente mais próximo e como eu só tinha ela e a nossa família não gostava de nós, ela decidiu contar sobre o meu pai, pois sabia que eu teria uma boa vida com ele, diferente seria se eu fosse morar com alguém da minha família por parte de mãe.

Desde meus sete anos cuidava da minha mãe com a ajuda dos empregados. Na maioria das noites eu dormia em seu quarto, pois ela sofria de sonambulismo e acabava sempre se machucando no meio da noite, além de sofrer de ansiedade e insônia e por causa disso ela tomava remédios fortes para dormir e para sua forte crise ansiedade. Às vezes ela sofria de paralisia do sono, e era muito assustador para eu vê-la naquele estado. Parecia um filme de terror; ela ficava parada com os olhos abertos e cheios de medo no meio da madrugada e eu sempre ficava do lado dela, enfrentando os meus medos e os dela e ela sempre melhorava.

No início ela só roubava dos ricos para os necessitados, como se fosse uma justiceira, mas depois isso começou a virar um tipo de vicio, talvez um remédio para suas crises e sua insônia. Mas isso só durou até ela tentar roubar a empresa do meu pai, mas aquilo não tinha nada haver com vicio ou dar aos pobres, mas sim por pura vingança, por ele ter escolhido não ficar com ela e cuidar da sua empresa e ela – que é bem pior do que eu – não aceitou isso e tentou roubá-lo, mas foi pega e imediatamente presa. Depois disso o nome da nossa família ficou na lama e todos que tínhamos como sócios desistiram das nossas ações e tudo que ainda restava eram as joias e as casas. Mamãe colocou tudo o que ainda tinha no meu nome, que havia mudado de Helena Kyle para Helena Wayne e logo me mudei para a famosa mansão Wayne. Fui a primeira criança á entrar naquele lugar.

As primeiras semanas naquela casa foram difíceis, pois eu sentia falta da minha mãe, que mesmo não sendo uma das melhores, sempre estava comigo. Ela era minha melhor amiga e eu sabia que não tinha idade para visita-la, mas sentia muito a sua falta.

A maior parte do tempo que eu ficava naquele lugar era com Alfred, já que meu pai não parava em casa.

Dois anos depois conheci meu primeiro irmão, Richard John Grayson ou Dick que é como eu o chamo e deixo que o chame assim, mas só porque você chegou até aqui.

Nas primeiras semanas foi difícil conversar com ele, já que era muito fechado – continua sendo, mas não para mim – e quieto, mas depois começamos a conversar e nos tornamos inseparáveis.

Em seguida veio o Jason, logo veio o Tim, depois o Terry e por último o Damian, o caçula e o mais rebelde.

Dick e Damian não se dão bem, mas eu vejo um pouco do Dick no Damian, já que os dois tiveram perdas de seus entes mais amados, sendo tão jovens e por causa disso fizeram um muro ao seu redor e se trancaram em seus mundinhos.

Dick fala que Damian é um menino mimado e um rebelde sem causa, já eu penso que ele é apenas um garoto solitário e triste que luta constantemente contra essa sua dor e seu sofrimento e por causa disso, age dessa forma e afasta todos para não se machucar novamente.

Sinto que estou me aproximando cada vez mais dele, já que antes nossas conversar não passavam de "Oi", agora é "Oi, tudo bem?" e isso é realmente um avanço. Mas eu tenho que ir com calma, pois posso afasta-lo, por isso decidi ir pega-lo na escola para o levar até a Wayne Interprise para comer comigo e com Terry, que não havia gostado da ideia, mas o carro é meu e quem dirige sou eu, então nós estamos quase chegando na escola dele.

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