Capítulo 2

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- Tem certeza que vocês acham vermelho ruim? – Layla estava na casa de Ana, discutindo sobre os detalhes de seu casamento junto com Bernardo, via FaceTime.

- Eu acho vermelho mais sexy do que romântico. – Bernardo, que também tinha virado grande amigo de Layla, falava do outro lado da linha.

- Mas são flores, têm de ser vermelhas. Não!? – a noiva coçou a cabeça e se jogou no sofá. – Ai, gente, francamente, casar está sendo mais difícil do que imaginei.

- Acalme-se, mulher. – Ana disse rindo, ainda em frente ao computador, vendo que Bernardo o acompanhava na risada. – Vamos conseguir escolher a melhor cor, o melhor vestido, tudo! – ela sorriu. – E esse vai ser o casamento mais lindo que já presenciou.

- Vou passar esse fim de semana de jogo aí, no sábado vemos mais coisas do casamento. – o rapaz disse do outro lado da linha.

- Bê, você está sendo uma madrinha melhor que a Ana. – Layla levantou do sofá ficando em frente a câmera do MacBook. – E olha que você nem é mulher!

- Mas sou uma pessoa romântica, fazer o que? – ele riu e Ana deu língua para o amigo.

- Chega de você por hoje, Bernardo. – a médica riu enquanto ameaçava fechar o computador. – Vai descansar que depois de amanhã você vem pra Madrid. – sorriu e o garoto maneou a cabeça.

- E você fica mais velha! – Silva estalou os dedos e apontou para amiga.

- Não precisava me lembrar disso. – colocou a mão no peito, fingindo ofensa. – Tchau, príncipe.

- Tchau, Bê. – Layla que no meio da conversa tinha saído para pegar algum quitute na cozinha, gritou.

Ana fechou o computador, indo ao encontro de sua amiga na cozinha.

- Você já vai? – Ana perguntou, fazendo cara de desolada.

- Ah, amiga. – Layla correu para envolver a amiga em um abraço.

- Sinto falta de você comigo todos os dias. – as palavras saíram sem força.

- Também sinto. Mas, estou muito feliz, Ana. – ela afastou a amiga de seus braços, olhando em seus olhos. – Eu vou casar com o amor da minha vida, na cidade dos meus sonhos, trabalho com o que amo e tenho amigos fantásticos. – ela sorriu sinceramente. – Eu não poderia pedir mais nada.

Ana não conseguiu fazer nada além de puxar a amiga para outro abraço.

- Eu te amo. – disse. – Estou tão feliz por você.

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Sexta feira, Manchester City x Real Madrid

Ana, Layla e Tom, seu noivo estavam na arquibancada, a poucos metros do campo. Um presente de Bernardo a eles "para comemorar o noivado e o aniversário", nas palavras dele.

O estádio estava repleto de torcedores merengues, afinal aquela era a casa deles. Ana vestia uma camisa do Manchester City com o nome "Silva", assim como Layla e Tom.

Nada melhor do que amigos que se apoiam, né?

- Não é possível, Ana. – Layla dizia indignada. – Seu pai passa alguma coisa na careca em dias de jogo. – ela apontou para Pep que estava próximo do campo. – Nenhuma cabeça brilha desse jeito.

A garota não conseguiu conter a gargalhada com o comentário da amiga, observou o pai e percebeu que Layla não mentiu. Realmente a careca dele estava mais brilhante.

Mesmo sem querer ser relacionada a Pep na mídia, ela amava o pai e o admirava. Diferente dos irmãos, a garota era filha só de Guardiola, a mais velha, fruto de um amor proibido com uma brasileira. Mas isso não a fazia menos filha, pelo contrário, ela era a primeira filha dele.

Offside (Isco Alarcón)Onde histórias criam vida. Descubra agora