Capítulo 2: Máquina do Tempo.

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Krist, ano de 2019

Não era a primeira vez que Krist ficava até tarde da noite no laboratório, mas ultimamente ele estava fazendo isso com frequência. Ficar horas ali e ser o último a sair para ele valeria a pena pois ele sentia que estava próximo de achar a solução para aquele projeto finalmente funcionar, mas ele estava quebrando a cabeça com alguma coisa que estava faltando e simplesmente não estava conseguindo notar.

— Atthaphan, me passa esses papéis de novo. — Pedia Krist, para o seu colega de laboratório e também melhor amigo, que resolveu acompanhá-lo naquela noite tão tardia.

Krist e Atthaphan trabalhavam juntos com mais alguns cientistas e astrofísicos no projeto 0701 a um pouco mais de 4 anos desde que o projeto foi iniciado.

— Aqui está. — Atthaphan passa os papéis para Krist.

Krist olhou os papéis com atenção. Definitivamente estava faltando algo ou tinha alguma coisa errada naqueles papéis, alguma coisa que estava passando despercebido, mas Krist estava disposto a descobrir.

— Eu não entendo, está tão perto, por que não funciona? — Krist questionava retoricamente.

— Já verificou os dados no computador? — Perguntou Atthaphan pegando os papéis de Krist novamente e verificando-os mais uma vez.

— Pela terceira vez só hoje, quarta vez com essa. — Disse se aproximando do computador.

Se aproximou do aparelho que estava ligado à máquina e digitou, reconfigurou, fez algumas mudanças e olhou para a máquina que estava bem à sua frente.

— Ligue. Vamos tentar mais uma vez. — Krist pediu, um pouco sério.

O mais baixo que estava próximo a alavanca que ligava a grande máquina, não demorou muito para puxar a mesma, ligando-a. Atthaphan se distanciou assim que viu a máquina criar um pequeno vórtex no meio das barras metálicas.

— Acho que agora pode funcionar. — Atthaphan falou com um pouco de esperança.

O vórtex já estava um pouco maior, as luzes do laboratório começaram a piscar, o solo começou a tremer um pouco e Krist que estava atrás do computador observou tudo, não ficou nem um pouco animado.

— Espera... — Semicerrou os olhos — Três, dois, um. — E a máquina desligou totalmente assim que Krist terminou a contagem — Porra! — Gritou em frustração chutando a parede que estava próxima de si.

Ok. Talvez não tenha sido uma boa ideia descontar a frustração em uma parede. - Pensou Krist, se contorcendo de dor.

— Idiota. — Falou Atthaphan rindo de seu parceiro quase choramingar.

— Cala a boca. — Falou um pouco baixo.

Era sempre a mesma coisa, eles tentavam, a máquina ligava e depois desligava de repente. Krist estava cansado de tentar e não conseguir, estava há anos trabalhando nisso.

— Acho melhor irmos para casa, são quase duas da manhã, já deveríamos ter ido há muito tempo. — Falou, vendo Krist se sentar na cadeira perto do computador.

— Ainda quero resolver isso antes de sair. — Krist falou.

— Qual é, Krist. Estamos aqui há horas e não conseguimos nada, e não vamos conseguir passando à noite em claro. Vamos para casa, amanhã cedo depois de umas boas horas de sono nós trabalhamos nisso. — Disse Atthaphan encarando Krist.

— Você está certo. De qualquer forma, eu não consigo me concentrar direito quando estou cansando. — Disse, se rendendo a exaustão.

— Ótimo. Eu não aguento mais olhar para esse laboratório. — Falou em direção a saída. — Você vem? — Perguntou.

PARADOXO • [krist+singto]Onde histórias criam vida. Descubra agora