Capitulo 6

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Saio da sala como um raio, enfim livre!Bate uma fome de matar, vejo as putinhas suspirando como se estivessem tendo um orgasmo,reviro os olhos e vou praticamente correndo uma maratona contra os gordinhos do xadrez, para chegar na máquina de salgados,pego meu humilde trocadinho de dinheiro na bolsa, quase coloco minha mão na entrada do dinheiro no desespero de comer algo. Quando consigo finalmente abrir o pacote alguém mete a mão no pacote, eu grito e olho para o mané a minha frente.

-Filho da ...-

Ele ri descaradamente e diz.

-Ta abusada hein, ontem tava mais educada,tirando o taco de beisebol.

Ele ri mais uma vez e tenta pegar o pacote de ruffles da minha mão, eu desvio e digo mortalmente.

-O próximo dedo que se aproximar vai ser cortado e enfiado em um lugar onde não pega sol.

Ele ri,se divertindo muito,eu só reviro os olhos e continuo comendo.

-Ok,ok,prometo não pegar mais nada seu...-

Ele se inclina e diz numa voz baixa,quase num sussurro.

-A não ser que você peça.

Eu reviro os olhos e sigo pelo corredor terminando de comer ,mas meu ruffles acaba rapidinho por que o babaca gostoso pegou mais da metade com aquela mão gigante dele. Passo correndo pela sala do Sr.Martins com medo que ele de outro fiasco, quando estou fora do prédio,me escoro na parede que fica de frente para a saída principal e o estacionamento,para esperar o Nathan, que para variar esta atrasado. 

Que belo irmão eu arranjei! Vejo o ladrão de ruffles se aproximar com as as garotas da torcida em seu encalço, ele para do meu lado e entrega um pacote fechado de ruffles, por um lado eu até fico feliz,até por que aquele outro pacote não adiantou muito, eu olho para ele com desconfiança e para suas perseguidoras sem cérebro-elas tem,confesso,mas falo isso só pra implicar mesmo- tem caroço nesse angu! Ele da um sorriso torto com aquela boca diabólica,que é uma delicia,socorro !!

-Pode aceitar,não estou tramando nada, eu juro.

Ele parecia sincero mas o babaca era um vampiro e eu não o conhecia tão bem assim, então portanto não merecia muita confiança. Vejo Grazi se aproximar, ela em frente a ele, jogando seu cabelo no meu rosto com força o bastante para me fazer afastar, sério que essa bastarda não me viu aqui? Vadia! Ela ronrona para o garoto que eu ainda não sei o nome, e que não me entregou o pacote de ruffles ainda,devia ter pegado antes,que droga.

-Oi Will, não me ouviu te chamar?

Ele olha para mim e depois para ela com a sobrancelha erguida num tipo de olhar "não ta vendo que estou ocupado" e diz.

-Não te ouvi querida, desculpa, o que tu queria?

Ela joga mais seu cabelo e da seu sorriso "sensual" que mais parecia um coringa, e diz.

-Vai ter uma festinha lá no bar do Gois's,hoje a noite e queria saber se vai estar disponível?

Ela passa as mãos sobre seu peitoral e eu abafo uma risada irônica, ela não quer leva-lo para a festa e sim para sua cama, isso era certo, ou talvez o banheiro da festa, tanto faz para ela era só ter um cara "gato" e ser hétero. Ele me olha e responde.

-Só se a Clarissa for comigo.

-Quem ?

Ela se faz de desentendida,ele olha pra mim e ela se vira pra me olhar,eu aceno pra ela e dou o meu melhor sorriso falso de todos,ela me devolve com um sorriso xoxo e se volta para o garoto que agora eu sei que tem um nome.

-Sério mesmo?

Quando Will ia responder,já o atropelo e respondo primeiro.

-Não se preocupa querida,já tenho compromisso e eu não curto muito cabaré sabe como é né,muitas DST's.-

Will cai na risada-gente nem foi tão engraçado assim- e a Grazi me olha com ódio nos olhos. O que contei e uma mentira deslavada,quando penso que me livrei deles Will para de rir e diz.

-Eu te pego as nove Clary, e eu sei que não tem compromisso algum, sua mentirosa!-

Eu sorrio inocentemente,como se não soubesse do que ele ta falando,mas por dentro estava gritando "AGORA FUDEU! ".

-Te vejo la então.

Ela sai jogando seu longo cabelo (que particularmente queria queimar) no meu rosto.

-Cachorra.

Falo baixo,Grazi olha uma ultima vez para nós e entra no seu carro dourado com o resto do seu grupo,quando Grazi passa por nós com um sorriso forçado ela grita.

-Passa na minha casa as nove, beijo!

E sai com aquele carro brega,me viro para Will e finalmente consigo pegar o pacote de ruffles.

-Graças a Deus,finalmente !

Falo baixinho pensando que ninguém iria escutar,Will me olha com um sorriso travesso e eu disfarço e começo a comer,pensando onde estaria o Nathan,só pode ter um engarrafamento do caramba pra ele demorar tanto,por que me recuso a acreditar que ele me esqueceu,eu fui bem clara com ele. 

-Quer que eu te leve em casa?-

Eu olho para Will e digo.

-Não valeu.

Começo a andar para o estacionamento para ir ao ponto de ônibus,mas ele pega meu braço e diz sorrindo.

-Foi uma pergunta retórica, resumindo, você não tem escolha. Alias quando disse que te buscaria também era uma pergunta retórica ta bom.

Eu olho feio para ele enquanto me leva para um Impala 67,preto como seus cabelos. Eu queria discutir mais sobre isso,mas estava louca pra ir pra casa.

-Ok, já que o corno do meu irmão me esqueceu de novo, não tenho outra escolha.

Ele da um sorriso vitorioso e eu continuo apontando para ele.

-Mas se você me encher os pacova eu pulo do carro em movimento e então levara a culpa pela minha morte precoce. E tira esse sorriso dai se não eu mesma tiro.-

Ele fecha a boca tentando não rir mas quase não consegue, eu suspiro e entro no carro. Vai ser uma viajem longa!


Sobrenaturais em New OrleansOnde histórias criam vida. Descubra agora