Meio.

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Um mês depois...

Nunca pensei que me daria tão bem com alguém como me dou com Maya. Toda vez que nos encontrávamos era como se eu não fosse mais o Vélez, meia do Real Madrid, e sim só o Christopher, o equatoriano de 23 anos.

Levei ela para jantar em um sofisticado restaurante e ela se comportou muito bem, é claro, mas tive a impressão de que para ela não tinha diferença se eu tivesse a levado na pizzaria de esquina ou nesse conceituado restaurante. Maya gostava dos detalhes, das atitudes simples e dizia que as coisas simples para ela são as que tem maior significado.

Nesse mundo em que vivo, regado a luxúrias e regalias, é muito fácil se perder. Que bom que tenho Maya para me lembrar diariamente o que realmente importa.

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Sábado.

Nunca imaginei que eu iria gostar tanto de passar meu sábado vendo desenho como hoje.

Em seu schedule normal, Maya não precisaria trabalhar aos finais de semana, por isso tínhamos combinado de fazer uma viagem rápida até Toledo, como um bate e volta, mas nossos planos foram por água abaixo quando Alejandro precisou fazer uma viagem de última hora e Annie acabou indo com ele, então pediram para que Maya trabalhasse e compensasse os dias durante a semana.

Quando ela ligou me avisando, não revirei os olhos e muito menos fiquei irritado, porque isso nunca tinha acontecido comigo. Quem ligava desmarcando era sempre eu. Mal acreditei no que saiu da minha própria boca quando falei que ficaria com ela e com Angel o final de semana todo.

Cheguei por volta das onze da manhã. Maya abriu a boca ainda de pijamas e cara de sono. Não sei qual era o segredo para ela ficar linda até assim.

— Cadê a Angel? — perguntei com a voz mais alta. Maya fez sinal para que eu ficasse quieto.

— Dormindo. Comeu uma tigela de cereal, pegou o urso de pelúcia que ela dorme e deitou na minha cama.

— Na sua?

Ela assentiu, vindo até mim me dando um selinho, que era para ser rápido, mas quando senti que seus lábios se afastaram dos meus, a puxei pela cintura. Cambaleei para trás, batendo minhas costas na porta, fazendo com que Maya soltasse um gemido baixinho por causa do impacto entre nossos corpos.

Não esperei tempo nenhum para colar meus lábios nos dela novamente, começando um beijo cheio de desejo. Suas mãos estavam perdidas em minhas costas e eu não ousava tirar minhas mãos da sua cintura, trazendo-a ainda mais para mim.

Senti uma mordida e quando abri os olhos encontrei Maya com os olhos abertos e um sorriso sacana no rosto. Sua boca e bochecha estavam da mesma cor, ambas vermelhas.

Isso foi o bastante para tirar o pouco do juízo que ainda me restava.

Envolvi meus braços em suas pernas e a levantei sem esforço algum. Maya deu um gritinho estridente, batendo nas minhas costas para que eu a soltasse.

Só fui fazer isso quando bati minha perna no sofá. A coloquei delicadamente no sofá, mas o cuidado foi embora quando olhei em seus olhos e ela mordeu o lábio inferior, agarrando a gola da minha camiseta e me puxando para baixo.

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