Final.

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2 meses depois...

Eu sempre fui o típico jogador de futebol que dizia que namorar causava mais problemas do que qualquer coisa, ainda mais na nossa profissão. Agora eu sei que estava com a opinião totalmente errada e só não tinha encontrado a pessoa certa ainda.

Maya e eu éramos melhores amigos, compartilhávamos tudo do nosso dia a dia. Meus treinos, a manha de Angel, as viagens que eu fazia por conta do Real, todas as intimidades que eu pensei não querer compartilhar com ninguém.

Em tão pouco tempo e ela já tinha virado tudo. Não consigo explicar, mas garanto que sou trezentas vezes mais feliz depois que a conheci.

Dois meses pode parecer pouco, mas já fizemos tanta coisa. Viajamos para Segóvia, Salamanca, Cuencas, Ávila... E mesmo se não viajássemos, seria especial no mesmo nível. Maya costuma dizer que a companhia é fator mais importante, tenho que concordar com ela mais uma vez.


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Toledo.

Uma semana depois.

— Sempre tive vontade de te trazer aqui. — comentei enquanto passeávamos pelas ruas estreitas da cidade — Combina com você.

Ela me olhou de canto, segurava um sorvete e o óculos escuro desceu delicadamente alguns centímetros, ficando pousado na ponta do seu nariz.

— Combina com a gente. — foi tudo o que ela disse, fazendo com que eu tivesse vontade de a pegar no colo e enche-la de beijos, ali no meio da rua.

Entramos em uma lojinha decoração e enquanto eu segurava uma espécie de cestinha, ela enchia de produtos que, com certeza, não precisaria.

— Como está o campeonato? — perguntou enquanto experimentava um chapéu enorme. Ela me olhou, pedindo uma opinião.

— Grande demais. — respondi sobre o chapéu — Alejandro está bem estressado, o que automaticamente me deixa estressado também. Temos outro jogo contra o Barcelona.

— El clásico — ela falou tentando imitar o sotaque espanhol, já que quando ela falava seu sotaque era puxado mais para o português.

— Alguém andou estudando sobre o Real? — cutuquei ela na cintura, que me deu um tapa de leve no braço. A agarrei por trás, levantando seus pés do chão.

Um senhorzinho de cabelo branco se levantou da onde estava sentado e veio até nós, fazendo carranca e pronto para nos dar bronca, mas assim que me viu, seu semblante mudou.

— Vélez? — ele falou eufórico — Na minha loja? Oh, meu Deus! Se eu não infartar hoje, não infarto mais.

Maya estava na minha frente e eu tinha apoiado meu queixo em seu pescoço, mas ao ver a animação do senhor, saí dali e fiquei ao seu lado. Estendi a mão para cumprimenta-lo.

— Estamos passeando — respondi sobre estarmos em sua loja — Fã do Real?

— Nasci assim e morrerei assim! — exclamou animado — Sexta feira estarei com a televisão ligada o tempo todo, não perco el clásico por nada.

Maya riu baixinho pelo modo que ele pronunciou e eu ri junto a ela, entrelaçando nossos dedos.

— Está de férias, Vélez? — perguntou.

— Uma mini férias, eu diria. Precisamos voltar amanhã para Madrid. Maya trabalha e eu tenho treino logo cedo.

— Maya, Maya... — ele repetiu algumas vezes — Você é linda, menina. Tem muita sorte por estar com ele.

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⏰ Última atualização: Jul 11, 2019 ⏰

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