Capítulo Treze

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Antes de começar, queria agradecer a todo mundo que leu essa coisinha~ E espero que gostem q
Menores não passaram, mas se passar, vai ser por sua própria conta e risco

···

 

O contato humano era algo que o intrigava.

Desde que havia voltado para o mar, ele se viu perdido. Era um choque de cultura que o deixava confuso, que parecia não se encaixar. Como se fossem castelos de blocos diferentes, sendo montados um ao lado do outro, mas sem nunca colidirem. Um se erguendo mais alto que o outro, sem jamais se encontrarem.

Sereianos não eram tão grudentos quanto os humanos, até porque, haviam formas diferentes de se demonstrar afeto. Eles podiam sentir no toque, visualizar em seus olhos e sentir da mesma forma, diferente dos humanos. JiHoon não tinha um espelho em suas orbes escuras, por mais que SoonYoung pudesse ler seus sentimentos, muitas vezes nada ficava claro para si.

Ainda estava tentando construir uma ponte entre os dois mundos, tentando achar as semelhanças e seus limites, quando o Lee adentrou o pequeno apartamento. SoonYoung se virou lentamente, sentindo o seu sorriso brotar ao vê-lo caminhar. Seus movimentos eram suaves, e ele despejou sua mochila no chão com um baque alto.

Sua boca se abriu para deixar um suspiro escapar, e sua expressão melhorou ao percebê-lo ali. SoonYoung gostava desta parte, quando ele deixava seu estresse de lado e abria um sorriso bonito para si.

“Você veio cedo.” Ele comentou, ao se agachar ao seu lado, esticando suas mãos para tocarem em seu cabelo escuro.

“Estava com saudades.” Respondeu SoonYoung em um tom doce, e ele soube que suas orbes mudaram de cor pela expressão do menor. Ainda não havia aprendido a controlar direito, mas estava treinando para isso.

“Eu também.” Murmurou, ajoelhando-se, e ele uniu seus lábios de forma suave, tão leve que fazia o vento do mar que os banhava tornar-se pesado. “Espero que tenha usado as escadas dessa vez, e não a sacada.”

SoonYoung sorriu, assentindo com um piscar de olhos, que foi o suficiente para o menor.

“Foi difícil explicar para o síndico que meu namorado sobe a sacada do segundo andar em vez de usar as escadas, sabia?” JiHoon o provocou com um meio sorriso, se afastando dele, e o maior fez um bico.

“É muito mais simples subir direto pela praia, do que dar a volta para entrar.” Se defendeu, suas bochechas inflando, e o outro riu, lhe beijando a maçã do rosto.

“Humanos entram pela porta, SoonYoung.” Retrucou ao se levantar, batendo em seus shorts, percebendo que havia resíduo de areia agora.

“Ainda bem que não sou um.”

Respondeu quando o mais novo já estava na porta da sacada, fazendo-o se virar com a sobrancelha arqueada. Soonyoung sabia muito bem o que aquele gesto significava, e riu, se levantando também. A brisa marítima o atingiu com força, e ele encarou o mar a bons metros mais ao fundo, vendo as nuvens escuras no horizonte, delimitando o fim do céu e o começo da água.

JiHoon caminhou até a cozinha, que ficava a apenas uma meia parede da sala. O apartamento era realmente pequeno, espremido, Soonyoung às vezes se sentia claustrofóbico ali dentro — e olha que havia aprendido essa palavra recentemente —, mesmo já tendo morado em um lago. Era diferente, o lago tinha bastante espaço, aquele cubículo, não.

“Vai vir uma tempestade.” Comentou, vendo as nuvens moverem-se pesadas, como se estivessem em câmera lenta.

O mar se agitava no horizonte, Soonyoung conseguia sentir, suas ondas tornando-se mais altas e fortes, alertando a todos para se afastarem. Os banhistas não pareciam perceber, e o sereiano bufou, tornando a encarar o apartamento.

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