"Então como eu consegui?"
soojin, ah pobre soojin, ela ainda não entendera.
nunca entendera.
pensava que sim, fingia que sim, mas não, não havia o feito.
mas o pior, é que não sabia o que tinha que entender, não sabia que tinha que entender.
soojin sempre teve uma cabeça fraca, doente, uma cabeça sem nexo, sem qualquer coisa que fosse certa ou absoluta.
lá vagavam dores e arrepios, fantasmas de um passado dolorido, uma confusão que não deveria ter, mas é só o que se tem.
ela nunca entendeu, ela nunca entendia, se esforçava mas não conseguia.
e ela não entendeu o que shuhua disse.
se lembrou que também era anastácia, então não sabia nem ao menos qual delas era.
pensava que aquilo era sobre a vida, sobre a vida tentando lhe de uma lição, ela realmente foi uma menina muito má? ela achava que sim, mas deveria saber que quem foi realmente má foi a vida, que lhe tirou tudo, tudo o que tinha.
seria aquilo um pedido de desculpas? seria shuhua um presente da vida como um marido que espanca sua mulher e trás flores para ela como se aquilo fosse resolver tudo?
flores são lindas, magníficas, o que há de mais belo no mundo.
mas flores não curam socos, tapas, arranhões, chutes, palavras que cortam até a alma.
flores talvez curem a terra, e a deixam feliz por poder ter algo acima de sí, mas não curam feridas de uma mulher que sofre todas as noites e tem medo de não acordar viva porque existe um mostro ao seu lado.
flores, não curam.
shuhua não a curaria, nada a curaria, a vida podia lhe pedir desculpas um milhão de vezes, poderia lhe dar todos os presentes do universo, poderia trazer pessoas sinceras para sí, poderia lhe explicar o porquê, lhe fazer entender. mas não seria suficiente, era tarde de mais.
já haviam lhe levado o que importava, o mundo era insignificante desde então.
"Eu não entendo." soojin começou a dizer, amélie queria sair. "Eu não entendo, eu não entendo, eu não entendo."
"O que não entendes amor?" shuhua perguntou com uma falsa confusão, mas ela sabia, sabia de tudo.
"Não entendo o que estamos fazendo, não entendo o que você é, não entendo como estamos flutuando e indo até a lua, não entendo o que aquela senhora quis dizer, não entendo o que está acontecendo, pelo amor de santo Deus eu não entendo nada dessa noite, nem de todas as noites, de todo o tempo que vivi, eu nunca consegui entender, eu só queria entender, pelo o que há de mais sagrado no mundo, eu só queria entender."
viu os olhos brilhantes de soojin uma última vez antes de tudo ficar preto novamente.
será que finalmente teria morrido? será que tudo aquilo era um caminho que a levava ao céu ou ao inferno? seria shuhua sua última chance?
fechou os olhos e se agachou no mais completo nada, agarrou suas pernas e descansou seu queixo sobre seu joelho.
estava cansada pra caralho.
no nada sua mãe apareceu.
"por favor meu bem, peço para que não desista." ela disse passando sua mão sobre a bochecha de jin.
jin teve seus olhos encharcados de lágrimas enquanto segurava a mão de sua mãe antes de desaparecer.
era tristeza.
logo depois foi seu primeiro namorado.
"por favor amor, peço para que me perdoe por tudo." kihyun lhe disse fazendo carinho sobre seus cabelos.
soojin ainda podia sentir, podia sentir o gosto extremamente forte de álcool em sua língua e a dor em sua partes baixas qual foram violentamente abusadas.
seu rosto ficou completamente vermelho pegou seu braço e começou a torcê-lo na intenção de quebrar, sempre foi mais forte que ele.
o rosto se kihyun representava dor intensa, e desapareceu.
era raiva.
logo quem apareceu foi soyeon.
"por favor soo, saiba que estarei sempre aqui." ela disse acariciando as canelas finas de soojin.
soojin não conseguia olhar em sua cara.
sem nenhum toque feito por soojin, soyeon desapareceu e tudo ficou escuro novamente.
era aversão.
então foi a vez de yuqi.
"o tempo passa jin, vamos conseguir juntas." yuqi lhe disse enquanto a abraçava.
soojin lhe fazia carinho em suas costas em recompensa.
logo yuqi desareceu.
era afeto.
então quem veio foi miyeon.
"eu sei que não sou a melhor das pessoas, amor. mas por favor acredite, eu amo você." miyeon lhe contou enquanto fazia carinho em seu braço.
soojin tinha uma cara confusa.
logo miyeon se foi.
era medo.
então veio minnie.
"eu sei que você existe, docinho. estou sempre pedindo por você." minnie disse e lhe deu um beijo na bochecha.
soojin lhe deu outro.
era alegria.
fechou os olhos por um tempo.
"eu soo, soo acorde." conhecia aquela voz, era de um homem.
abriu os olhos.
era seu pai.
"eu sei que faz tempo, querida. mas eu jamais esqueci de ti. certo. queria pedir para que, não se sinta na obrigação de entender, mas por favor, siga." seu pai segurava seus pés.
soojin iria lhe dar um abraço, mas ele desapareceu antes.
era surpresa.
passou-se um tempo sem nada vir, para soojin pareciam anos e se questionava como não havia mudado em nada sua aparência.
então anastácia apareceu.
"agora você tem de vir comigo." não tocou soojin em nada, apenas esperou.
soojin levantou.
era confiança.
e então era como se estivesse abrido os olhos e estava no mesmo lugar de onde saiu.
"Temos mesmo de ir?" soojin perguntou com os olhos cheio de estrelas e o rosto com uma expressão jamais identificada.
"Isso é você que escolhe, jin." shuhua respondeu indiferente.
jin, hah.
soojin parou por um tempo.
uns 30 segundos, e soojin foi seguindo em frente, corria pelo céu, como um foguete.
ia na frente de shuhua, shuhua parou um pouco e achou que ela havia desistido, mas logo voltou a andar atrás dela.
era sua obrigação, mas na verdade fazia porque, realmente gostou dela.
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i.w.t.b.n soojin+shuhua
Fanfictionsoojin precisa sair todas as noites para encher a cara de álcool até esquecer seu nome e não ter mais forças nas pernas para se sentir normal, mas oh, querida soojin, quem no mundo é realmente normal? |🌹| 2019 [soojin+shuhua]