Vá para o inferno Cullen

1.8K 115 4
                                    

-Acho melhor você ligar para a sua mãe -Comentou Charlie já no corredor do hospital, olhando para Bella

-Você... Contou pra ela? -Perguntou furiosa - Ela deve estar...Arg! -A garota tirou o celular do bolso com fúria nos olhos -Tá descarregado, mas que...

-Quanta raiva hein priminha -Comentei a olhando com desdém

-Olha Joan eu sei que...

-Eu esqueci meu celular lá dentro - Falei a cortando e passando trombando em seu ombro - Não sai daqui, eu preciso ter uma conversinha com você - Olhei para ela por cima do ombro antes de entrar na sala onde Bella tinha sido atendida, ela me observava com um certo temor.

-O que você está fazendo aqui!? Você não pode... - Uma enfermeira de cabelo curto e ruivo me abordou ainda na porta da sala, eu segurei gentilmente em seu pescoço logo após inalando todo o seu doce perfume, talvez amêndoas?

-Você é linda -Comentei ainda segurando seu pescoço, me hipnotizando nos olhos tempestuosos da garota - Eu espero que tenha uma vida longa e feliz - Desci os dedos pela veia saltada de seu pescoço, era incrível, parecia que elas me chamavam

-Por favor... - Ela começava a choramingar

-Oh não, não! Por favor não faça isso - Reclamei secando suas lágrimas - Eu só quero o meu celular sim? Mas... Eu vou precisar que você fique quietinha aqui ok? - Perguntei a olhando nos olhos e a forçando a fazer o que eu queria.

Sorri para a enfermeira que retribuiu de imediato, então voltou a arrumar o lençol da maca como se nada tivesse acontecido. Por sorte, o garoto que atropelou Bella estava sozinho e aparentemente dormindo. Ele era moreno e possuía uma enorme veia em seu pescoço, eu não sei ao certo quando essa obsessão por veias começou, eu sempre as achei encantadoras e frágeis, como uma rosa, no entanto com uma vida um pouco mais duradoura. Sempre foram a primeira coisa em que eu reparava em uma pessoa, eram sempre elas que me atraiam para as pessoas, foi o que me atraiu para Bella, a sua veia pulsando no meio de uma rua escura em Fênix. No entanto eu sempre gostava de joguinhos antes de me alimentar desses tipos de pessoas, era como um hobbie, algo que me tranquilizava.

-Uma pena termos tão pouco tempo querido... – Olhei com um certo desanimo para o rosto do garoto – Eu prometo não lhe poupar nenhuma dor, mas tenta não gritar? – Tapei sua boca com uma de minhas mãos enquanto a outra estava apoiada ao lado de seu corpo, o garoto acordou assustado, começando a se debater.

Subi na maca, passando uma perna de cada lado de seu corpo, logo após me jogando em cima dele para que assim ele permanecesse quieto. Virei bruscamente seu rosto para o lado, deixando o caminho livre entre mim e sua veia que a mordi rapidamente, tentando evitar sujar as roupas. O garoto enrijeceu e tentou me tirar desesperadamente de cima dele, pude sentir a mão que tapava sua boca ficar molhada, o garoto chorava descontroladamente.

Quando percebi que o garoto havia parado de resistir, me afastei de seu pescoço, limpando meu rosto falhamente. Analisei a blusa e felizmente ela estava ainda limpa, diferente de minhas mãos e meu rosto. O garoto permanecia imóvel, talvez em choque porém vivo.

-Ei! - Apertei sua mandíbula, virando sua cabeça para mim -Você não se lembrará de nada, não sabe como chegou aqui e acha que um animal lhe atacou – Falei olhando fixadamente em seus olhos vazios, lentamente o garoto concordava comigo.

Sai de cima dele rapidamente procurando um pano ou algo parecido para poder limpar as mãos e o rosto, quando me dei conta de que a enfermeira havia assistido a cena inteira, ela simplesmente estava parada ali, o tempo todo.

-Ah docinho, não era para você ter visto isso - Arrumei cuidadosamente a sua franja - Cuide dele para mim sim?

Em passos lentos e firmes ela caminhou até a cama do garoto, onde... Ela... Ela estava passando o sangue do garoto por todo o seu corpo, como se... Como se estivesse gostando daquilo, como se tivesse esperado anos para poder fazer aquilo. Em certos momentos ela olhava para mim, em busca de aprovação.

-Mas que porra... – Continue a olhando enquanto limpava as mãos – Que ruivinha mais maluca! – Cruzei os braços e me diverti olhando a cena, uma pena que eu não vou conseguir mandar o garoto para o manicômio devido a historia sem pé nem cabeça do animal, no entanto, temos agora uma culpada.

Eu não sabia o certo o que havia acontecido ali, provavelmente ela deve ter entendi a frase "cuide dele para mim" de uma maneira errada, no entanto eu não poderia ficar muito tempo para descobrir, mais cedo ou mais tarde alguém a encontraria e eu não queria estar junto a ela.

[...]

-Edward nós precisamos tomar cuidado, não sabemos exatamente com o que estamos lidando e... -Escutei Carlisle conversando com Edward e loira no corredor, a garota olhou para mim de relance enquanto Carlisle ficou quieto, olhando para algo a sua frente - Conversamos em casa - Ele deu um tapinha no ombro do garoto, logo passando por mim e me analisando de cima em baixo. Como se parecesse que ele soubesse o que tinha acontecido, ele correu para o quarto de onde eu sai.

-Eu posso falar com você? - Escutei Bella falando do outro lado do corredor, sua respiração falhava e as palavras quase não saiam. Como pode uma garota ser tão burra?

-O que foi? - Ele caminhou até ela apressadamente, logo se escorando na parede e a tratando com ignorância

-Como... Como chegou perto de mim tão depressa?

O garoto deu uma risada debochada, como se não acreditasse que Bella estava realmente fazendo essa pergunta a ele. - Eu estava em pé do seu lado.

-Não - Protestou a garota - Você tava perto do seu carro, do outro lado do estacionamento!

-Não eu não tava -Agora ele começava a rir dela, como se ela estivesse louca -Bella você... Bateu a cabeça, deve estar confusa olha... - Ele levou uma de suas mãos até o braço de Bella, que recuou instantaneamente completamente irritada.

-Eu sei o que eu vi - Ela disse furiosa

-E o que foi que você viu? - Ele agora caminhava ameaçadoramente em direção a ela, me forçando a ir em direção a eles. Eu não sei o por que mas o ódio me consumia, eles tinham algum segredo e isso me incomodava. Deixei que a presas saíssem, juntamente com os olhos de demônio, segundo alguns.

-Você parou a van! Você...Você parou uma vã com a sua mão - Ela dizia confusa

-Ninguém vai acreditar em você então eu acho melhor você ficar de bico fechado - Ele estava mais em cima de Bella quando eu o puxei pelo ombro.

Sem hesitar o soquei, o lançando contra uma parede que foi quebrada imediatamente, olhei de relance para Bella e a empurrei para trás a fazendo cair no chão do corredor oposto ao que estávamos. Caminhei em direção a ele que meio bobo se levantava com uma cara de dor.

-O que você é? – Ele sussurrou me olhando.

-O que você é?- Disse mais alto do que o normal, levando minha mão em direção à seu peito, que foi rapidamente segurada, Edward era forte, no entanto não estava me mostrando tudo .

-Que tipo de... – Ele me olhava fixadamente nos olhos quando eu o chutei contra a parede quebrada, o fazendo soltar minha mão, novamente tentei chegar ate seu peito, sendo impedida novamente pela sua mão que instintivamente quebrou a minha, me fazendo gritar de dor. Rapidamente lhe dei uma cabeça, o tonteando e me soltando.

Sacudi a mão algumas vezes desejando que ela se curasse rapidamente, ela estava um pouco mole e sem força alguma, no entanto a dor era suportável.

-Vá para o inferno Cullen- Corri em direção ao garoto, pulando em sua cintura, com ambas as pernas por volta de seu corpo, entrelaçando elas em suas costas. Meio que involuntariamente ele apertou minhas coxas me dando sem querer a estabilidade que eu precisava para consegui quebrar seu pescoço.

O corpo frio o garoto caiu no chão, Bella estava aos prantos ainda no chão do corredor. Arrumei o cabelo e verifiquei a mão que ainda estava fraca, olhei por cima do ombro para a direção em que Carlisle havia ido e nada. O corredor inteiro estava vazio.

-Joan! – Bella gritava e chorava – O que foi que você fez? Por que? Ele não... Ele me salvou – A garota se derretia em lagrimas.

Me ajoelhei em sua frente – Nós não precisamos da ajuda dele – Falei duramente, a forçando olhar para mim – E se ele for quem eu penso que ele é, nós ainda vamos nos esbarrar – Olhei para o corpo branquelo estirado no chão ao lado de uma parede quebrada.

A outra SwanOnde histórias criam vida. Descubra agora