Capítulo um - pensar e existir.

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Desde pequena, venho me perguntando algo

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Desde pequena, venho me perguntando algo. Por que eu sou eu mesmo e não outra pessoa. Ouvi que "penso, logo existo" são palavras de um filósofo antigo... Mas não acho. Eu pensei em outro alguém. Portanto, a pessoa logo ali pode ser eu também..

"Pensar nos outros." Quando fiz isso, acabei virando outra pessoa. Mas não por mais de poucos segundo. Logo após, eu volto a mim mesma. Além do mais, nesse tempo, meu corpo fica inconsciente. Geralmente eu acabo me machucando com isso. E também, só posso possuir alguém em uma, certa distância. Na maioria das vezes, uso isso para possuir alguém que está me incomodando, na verdade só tenho usado para esse tipo de coisa.

Meus pais diziam que isso não me fazia uma deusa, me fazia um monstro... Besteira! Eu era a única a ter um poder, até meu irmão Nikolai completar doze anos, ele literalmente congelou nosso apartamento. Nossos pais fizeram de tudo para descobrir porque temos esse "carma", mas nada acharam. Então, começaram a nos desprezar, a sentir medo de seus próprios filhos.

­— Mas já sou bem crescida e posso usar meus poderes para o que eu quiser! — Isso foi o que eu disse para os meus pais, antes de sair de casa e levar meu irmão comigo para Seattle. Finalmente estava livre para aproveitar bem essa "habilidade".

— Faltam cinco minutos! — Avisou o professor. Concentrei-me e escolhi os mais inteligentes da sala, para poder possuir. Meus olhos logo ficaram dourados e sentir meu corpo amolecer. Posso possuir as pessoas espertas da sala, memorizar as respostas e me dar super bem nas provas sem estudar. Não preciso usar meus poderes para fazer provas, mas essa com certeza me ajudaria no meu futuro.

Amanda Halle, boa em matemática e física. David Justin, bom em história e geografia. Hellen Zaidi, boa em inglês, filosofia e biologia. Possui cada um, por no máximo dez segundos. Meu poder era limitado e logo retornei para meu corpo rapidamente e quando eu percebi já tinha memorizado todas as respostas e escrevi rapidamente no cartão respostas, antes que acabasse o tempo.

Assim que terminei entreguei minha prova para o professor Simon, um homem astuto que não deixava ninguém colar ao seu olhar.

Mas eu sou uma exceção. Rir mentalmente, enquanto saia da sala. Eu era bastante popular entre os meninos e até meninas, afinal eu era considerada uma, prodígio e até tinha uma boa aparência. Porém, meu irmão era o único que saiba de meu segredo. Eu era uma farsa!

— Maxine Mayfield — Parei no corredor e olhei em direção a um garoto. Ivan Bretton, capitão da equipe de Box e meu adorável colega da turma de francês.

— Oi Ivan — Sorrir ao encarar suas covinhas se formando enquanto abria um sorriso largo para mim. Ivan com certeza seria minha nova conquista, afinal fazia meses que eu estava tentando chamar sua atenção.

— Então se lembra do convite que eu te fiz? — Ele perguntou pensativo enquanto seus belos olhos castanhos me encaravam esperançosos.

Balancei a cabeça gesticulando um sim entusiasmado.

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