Capítulo dois - viva a vida

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No trajeto todo, Nikolai não quis pronunciar nenhuma palavra e eu fiquei realmente agradecida

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No trajeto todo, Nikolai não quis pronunciar nenhuma palavra e eu fiquei realmente agradecida. Ele ainda parecia visivelmente irritado por conta de mais cedo e eu não o culpava ele só queria um pedido de desculpas. Aquele motoqueiro que foi muito rude e debochado.

— Ainda não acredito que vou sair com o Ivan — Suspirei enquanto andava de um lado para outro na sala.

Nossa casa era realmente muito confortável e bonita. Era um apartamento que nossos pais haviam dado para irmos embora de casa. É aconchegante e não do tipo luxuoso, mas a decoração fazia toda a diferença, imagine a paisagem uma varanda bem de frente as luzes da cidade mais movimentada. É tudo incrível, nós tínhamos só dois vizinhos ao lado. Apartamentos em prédios antigos, o do lado esquerdo é da senhora Felícia, uma senhora na faixa etária de cinquenta anos e que adora gatos, talvez ela tenha uns sete. Ela mora com a neta, Emily que tem nossa mesma idade e que por acaso é uma amiga que eu fiz quando cheguei aqui, ela tem uma queda pelo Nikolai mesmo que ela não admita às vezes.

Do outro lado morava a família Clark, porém eles acabaram de se mudar para a Califórnia, porque a mãe da senhora Clark faleceu e ela deixou uma casa e uma pequena herança por lá. Realmente, eles eram uma família adorável e que sempre quando havia festas me convidavam e claramente eu ia já que eu tinha uma "queda" pelo o filho mais velho deles, Jonathan, mas essa paixonite só durou por alguns meses porque ele era um puto de um safado. Então, oficialmente o prédio de tijolos vermelhos do lado direito é abandonado já que o prédio não é deles e sim da senhora Felícia e que não está pra alugar e nem para vender por motivos desconhecidos.

Às vezes quando estou sozinha fico observando da varanda a paisagem e olhando os pedestres andando pela rua. Faço isso desde que cheguei nesta casa, há mais ou menos, quatro anos.

— Nem acredito que aceitou sair com aquele babaca!

Nikolai soltou um resmungo. Virei-me em sua direção e o vi deitado no sofá branco com os olhos vidrados em seu celular, seus dedos se moviam rapidamente digitando uma mensagem grande para alguém.

— Não sou uma criança Niko! Sei me virar, aliás, você não vai com a Emily?

Perguntei com a sobrancelha arqueada e minha voz tinha uma malicia oculta.

— Eu? Não sei do que você tá... Não me diga que prometeu pra ela que eu iria a levar?

Rir nervosamente e revirei os olhos.

— Que isso! Para de ser chato e vá se arrumar logo. Por favor, ela tá sem acompanhante e seja educado tá bom?

Nikolai se levantou suspirando e largou o celular sobre o sofá. Ele fez uma cara emburrada e foi em direção para seu quarto com sua carranca irritada.

Sorrir vitoriosa e sair em direção do meu quarto para me arrumar.

Nikolai é do tipo super-protetor e parece nunca entrar na sua mente que somos perigosos. As pessoas comuns tem que nos temer e não ao contrário. Nossos pais sabem muito bem sobre o que somos e nos temem. Isso abalou muito o Nikolai e fez, ele ser um complexo de protetor. No sexto ano eu quase matei uma garota foi quando meu poder ficou descontrolado, foi o dia que minha vida mudou completamente. Jessie Field estava me chamando de esquisita porque eu era o tipo de criança antissocial e ela odiava isso. Fiquei com tanta raiva que nem percebi que estava dentro do corpo dela, a fazendo se jogar da escadaria do segundo andar. Ela teve muita sorte de não morrer – foi o que os médicos disseram. Todos se perguntaram se ela queria cometer suicídio ou algo do tipo, pois não havia ninguém que estava perto para empurrá-la. Mais meus pais e meu irmão sabiam da verdadeira culpada. Naquele dia cheguei à minha casa desesperada e relatei o que ocorreu para meus pais e eles me mandaram para um colégio interno por dois anos, quando retornei as coisas estavam piores porque o poder do Nikolai acabou despertando de forma descomunal por causa de suas emoções principalmente a felicidade por causa do meu retorno.

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