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                              2018

John estava pela milésima vez tentando entrar num programa em seu computador e o mesmo não iniciava por nada, o café que tinha trazido de casa estava na mesa junto com toda papelada e acessórios de mesa e depois de bufar com a derrota de não conseguir iniciar o programa desistiu e pegou o café o bebendo agora. Foi surpreendido por um tapa em suas costas que fez ele quase se engasgar.

- Bom dia johnny johnny! Só queria dizer que o brunch de ontem foi maravilhoso, aquele jazz maravilhoso! Eu e a Anita amamos, queríamos ir lá mais vezes.
Brian falou aquilo tudo com sorriso fácil e tentando dançar o que fez John rir e se recostar mais na cadeira.

- Lá é legal mesmo, vou falar com a Verônica...
Brian franziu o cenho.

- Você ta bem cara?
Outra batidinha, agora leve, nas costas do de cabelo marrom.

- Estou sim, tudo bem.
John sorriu e rodou a cadeira ficando de frente ao seu computador e Brian passou para seu cubículo que ficava do outro lado da sala junto com um mar de outros funcionários em seus quadrados brancos.

Na verdade John não estava bem já tinha um tempo, a vida monótona no trabalho e o estresse em casa com seus três filhos. Verônica era basicamente uma santa ela conseguia conciliar o trabalho na escola e as crianças mas às vezes ela também surtava junto com John por causa das pressões. Eles eram um casal totalmente liberal e sem segredos, essa era uma qualidade que eles admiravam em ambos. Fazia dois anos que estavam casados e de cara tiveram Robert, Michael e Laura, eles eram anjos e John os amava com todo seu coração e corpo mas não podia negar que vida paterna era complicada e cansativa. Em seu auge de 24 anos se sentia um idoso medíocre, indo a brunch e fazendo terapia em casal, sexo baunilha e assistir mil vezes desenhos com seus filhos. Ele se sentia como um tigre numa gaiola. Trabalhava numa empresa de engenharia eletrônica e era isso que ele amava porém as demandas de seus superiores o tirava toda alegria da vida.

No caminho de volta, colocou seus fones e embarcou na melodia suave de Florence And the Machine e viu os vultos dos túneis pela janela do trem, como sempre a hora em que largava o trem estava cheio e era sempre uma vitória quando conseguia se sentar. Ficar no trabalho era bom e chato ao mesmo tempo e ir para casa era reconfortante e tedioso, essas dualidades dentro de John o fazia infeliz por dentro.

Sentado na ponta da mesa a esposa e os filhos jantavam felizes e os pequenos emitiam barulhos enquanto comia e John os olhava sorrindo.

- Como eles estão na escola amor?
John olhava sua esposa enquanto mastigava um pedaço de carne.

- Ótimos, eles se saem bem nas atividades mas né, 1+1.
Os dois riram.
- Mas eles são atentos e elétricos, como você sabe.

- São os anjos do papai!
Os três gritaram em comemoração e os dois riram daquilo, realmente estar em família era muito bom para o rapaz.

John na cama lia Cosmos de Carl Sagan por indicação do Brian seu melhor amigo. Ouviu a porta do closet da Verônica sendo aberta e de lá saiu a mulher numa camisola azul marinho de seda com seu cabelo num coque folgado. A moça veio caminhando lentamente até onde John estava com um sorriso provocador e o rapaz sorriu daquilo marcando a página do livro e o colocando no criado-mudo perto da cama.

- Brian e Anita amaram o lugar do brunch de ontem, querem ir mais vezes.

- Aham...
Verônica falava num tom tentador enquanto subia em cima do John já se posicionando e rebolando devagar no membro do marido.

- Eu não gostei muito de lá, eles não servem um chá legal.
A mulher bufou e pegou o rosto do rapaz e o ergueu um pouco.

- Você me quer ou não?
Falou num tom de chateação.

- É claro que eu quero você, só queria falar essas coisas antes de esquecer, você sabe como o Brian é.
Ela não esperou muito até tomar os lábios pequenos do John.

Verônica era maravilhosa e seu corpo mais ainda porém ultimamente John estava só lhe fazendo oral por que não conseguia se satisfazer completamente com a penetração. É óbvio que ele amava vê-la sentindo prazer e saber que ele era o motivo daquele alvoroço todo mas ele preferia bater uma no banheiro do que aquele sexo rotineiro. A mulher gemia manhoso e pegava em seus cabelos longos mas para John eles não eram mais aquele fogo incessante da época de quando eles namoravam.

A luz que entrava pelas frechas das cortinas vinham dos postes nas ruas e John podia ver o semblante tranquilo da sua esposa dormindo ao lado e ele sorriu ao ver que ela pelo ao menos estava feliz com aquela vida e ele moveria céus e terras para mantê-la feliz mas ele também precisava de felicidade. Se virou na cama várias vezes durante toda noite com a mente em só uma coisa: como ele iria conseguir se sentir feliz novamente?

 Se virou na cama várias vezes durante toda noite com a mente em só uma coisa: como ele iria conseguir se sentir feliz novamente?

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Bem vindes a essa fic nova e eu espero muito que gostem, vou ter que alterar alguns dados sobre os garotos mas nada tão gritante. Votem e divulguem com seus amigxs por favor! 💙

𝘺𝘰𝘶, 𝘮𝘦 𝘢𝘯𝘥 𝘩𝘦𝘳 ─ dealorOnde histórias criam vida. Descubra agora