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Depois daquele dia na festa, os sentimentos de Roger e John foram a loucura total, o acastanhado sentiu que não podia mais ficar longe do loiro e o mesmo não queria deixá-lo nem tão cedo.
John escutava qualquer música mais romântica em sua playlist no trabalho ou voltando do mesmo que chega o assustava, ele não se sentia em romance com a Verônica, o casamento deles tinha virado rotineiro demais e sem espaço pra qualquer outra coisa. Roger tinha o ar da juventude que podia escapar em seus poros, beleza estética era a última coisa que o acastanhado realmente ligava, o loiro o fazia rir como ninguém, sua pele era macia ao toque e suas conversas eram sempre tranqüilas e isso era tudo o que John sempre quis e agora que tinha não queria deixar escapar.

Vamos sair hoje.
John rodou na cadeira em alegria.

Não vai dar uma de Christian Grey de novo não né?
Roger não tinha esquecido daquele dia.

Só se quiser, e você quer?
John mordeu o lábio inferior se sentindo quente por dentro.

Já estou comprando as braçadeiras de plástico ;)

Era incrível e estranho ao mesmo tempo as coisas que o loiro causava no acastanhado com uma simples mensagem ou ato.
Assim que John colocou o telefone na mesa o mesmo apitou com nova mensagem, franziu o cenho achando que sua conversa com Roger já tinha dado por encerrado.

Contratei uma babá pra hoje. x

Ao ler a mensagem John se assustou por que não era do feitio da Verônica contratar babá, aliás ela odiava deixar os pequenos com alguém que ela não conhecesse.

Por que?

Aniversário de casamento, muito obrigada.

- Merda.
John murmurou checando os lados do seu cubículo para ver se ninguém tinha o ouvido.

Assim que terminou de falar com Verônica caçou na lista telefônica o número de Roger e o mandou uma mensagem.

Não vai rolar hoje, aniversário de casamento. Sinto muito xx.

Verônica era viciada em lembrar de datas e momentos deles juntos, John se esquecia de tudo e no fundo ele sabia que aquilo tinha deixado ela magoada. Odiava desmarcar coisas emcima da hora e ainda mais com o Roger que era uma companhia tão divertida e engraçada e estava ajudando o John a se sentir mais ele mesmo.

Freddie tinha saído para as compras de mês e  Roger tinha ficado em casa para organizar a bagunça que a mesma estava, ele se igualava ao John no quesito que não gostava de ficar sozinho, deixou o balde e o esfregão de lado e secando as mãos na calça mesmo pegou o telefone encima do móvel na sala e discou o número da sua mãe, foi para o quarto e fechou a porta, o barulho do telefone indicava que estava chamando, um redemoinho de emoções começou a florescer em Roger, assim que ele se sentou no sofá do quarto perto da janela sua mãe atendeu na outra linha.

- Roggie?
A voz saiu animada e o loiro sorriu largo com isso. - Que bom você ter ligado meu filho, você não sabe a saudade.
Roger ainda não falara nada, buscava o que falar na verdade de tanta coisa que tinha na cabeça para comentar com sua mãe, agora tinha silêncio dos dois lados por uns míseros segundos. - Filho? Está tudo bem?
A voz mudou para um tom preocupado.

- Na verdade não mãe...
Roger tinha uma voz chorosa agora, não tinha mais como esconder, esperou muito tempo pra ligar para sua mãe e contar tudo, agora era a hora perfeita.

- Ah meu bem, pode me contar tudo.

- Quanto tempo você tem?
O loiro deu um riso baixo misturado com aa lágrimas que rolavam no seu rosto.

𝘺𝘰𝘶, 𝘮𝘦 𝘢𝘯𝘥 𝘩𝘦𝘳 ─ dealorOnde histórias criam vida. Descubra agora