Capítulo 13 - Abrindo o Jogo

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A expressão séria no rosto do Fabrício parecia de alguém que estava pronto para pular no pescoço de um, no caso, no pescoço do Erick.

Sara - Erick, esse é o Fabrício, nos conhecemos na cafeteria do Hank, aliás, ele é sobrinho dele!. Fabrício esse é o Erick!. - Disse, levemente receosa.

Erick - Prazer em conhecê-lo!. - Ele estendeu a mão para o Fabrício.

Olhei para o Fabrício discretamente, quase implorando com o olhar para que ele não pensasse em falar algo que poderia gerar um desentendimento.

Fabrício me olhou por quase um segundo antes de voltar ao Erick e apertar sua mão. - Não está me reconhecendo, Erick?.

Erick fez uma expressão confusa após soltar sua mão. - Desculpe... mas não me lembro.

Fabrício - Nós estudamos juntos no segundo grau. - Disse, sem ãnimo.

Erick - Eu ainda não me lembro... - Disse, analisando sua expressão.

Fabrício - Mas deve se lembrar do famoso Fabrício fracassado... - Ele franziu o cenho.

O quê? Fabrício fracassado?.

Erick - Você é aquele Fabrício? Agora eu lembrei!. Quanto tempo, hein... - Ele colocou as mãos na cintura, com expressão de surpresa.

Cecília - Vocês vão ficar aí na porta? Entrem!. - Disse sem sair do sofá e virando para nos ver.

Erick - Ah, por favor, entre, Fabrício!. - Ele lhe deu passagem.

Fabrício - Não, obrigado, só vim devolver o celular e já estou indo!. - Seu olhar cruzou com o meu por um segundo antes de voltar ao Erick. - Passar bem!. - Ele ergueu as duas sobrancelhas antes de dar meia volta e ir em direção a um carro preto não muito distante.

Erick esperou o carro entrar em movimento para fechar a porta.

Erick - Nunca o reconheceria se ele não dissesse quem era. - Ele sentou no braço do sofá, rindo de maneira incrédula.

Sara - Por que, Fabrício fracassado?. - Caminhei para perto do sofá, ao lado da Cecília.

Erick - Não sei, deram esse apelido para ele e depois todos começaram a chamá-lo assim. Ele tinha a fama de ser o excluído do colégio. - Disse, neutro.

Sara - Isso é horrível!. - Disse, imaginando as coisas que, talvez, ele poderia ter passado naquela época.

Erick - Pois é, eu particularmente nunca chamei ele assim!. Na verdade, eu mal falei com ele no ensino médio, não tínhamos as mesmas aulas. - Ele deu de ombros.

Fiquei mais tranquila em saber que Erick não fazia parte das pessoas que insultavam o Fabrício. Decidi não comentar as coisas que o Fabrício pensava sobre ele.

Cecília - Como existe gente idiota nesse mundo, fracassado é o tipo de insulto que não se faz a ninguém. - Ela se levantou. - Agora, se me dão licença, vou falar com o fracassado do meu filho. - Ela caminhou até a escada.

Erick e eu nos olhamos por alguns segundos antes de voltarmos a Cecília.

Ela se virou para nós antes de alcançar o primeiro degrau. - É brincadeira!. Esses jovens perderam até o senso de humor, credo!. - Ela começou a subir a escada.

Erick e eu demos risada.

***

20:27

Fiquei o fim da tarde e o começo da noite no quarto com o quadro da minha família em mãos e sentada na cama. A cada novo dia que passava, eu me sinto pior, como eu queria poder parar de ser alguém que eu não sou, mas esse é o preço para um recomeço... sendo eu mesma!.

Um Acordo de Amor [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora