•Fifteen•

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  — O QUE??! - Ava perguntou, bastante surpresa e confusa. Também não era pra menos. Dizer para elas que o pai delas estava vivo depois de muito tempo que elas pensavam o contrário era difícil. Mas eu tinha que provar. Ainda bem que eu tinha as informações necessárias para isso.

  — ISSO MESMO! ELE TÁ VIVO! Ele só tá preso.

  — P-preso? - Ava perguntou.

  — Sim. Eu vi aqui em um site de notícias que ele foi preso no dia 4 de agosto de 2011.

  — Mas... esse é o dia do nosso aniversário... - Ava falou ainda confusa com tudo aquilo. Eu também fiquei confusa.

       Será tudo uma coincidência?

  — LEAH, O PAI DE VOCÊS TÁ... - antes de eu completar, eu percebi que a garotinha não estava mais vigiando a porta. Ela tinha sumido. — Leah...?

      Foi quando eu ouvi passos. Mas não pareciam ser só de dois pés. Então eu tirei o computador da tomada, a fim de desligá-lo de maneira mais rápida, e puxei Ava para fora do escritório. Nos escondemos atrás da coluna que havia do lado do escritório e pudemos ver Leah e sua mãe entrando neste.

       Não acredito que ela fez isso.

  — Ela foi dedurar a gente mesmo?! - Ava quase gritou, mas eu fiz sinal para que ela fizesse silêncio.

  — Não é hora de pensar nisso agora. Vamos.

  — Pra onde?

  — Achar o seu pai. - falei pra ela e sorri, o que a fez abrir um sorriso de orelha a orelha. Então, da maneira mais discreta que conseguimos, saímos de casa.

  — Mas ainda tem uma coisa que eu não entendi... - Ava indagou ao saírmos e ficarmos a uma distância segura da casa. — Como vamos sair daqui sem precisarmos andar pela cidade toda? - olhei pro céu, o qual estava em uma mistura linda de cores. O sol estava nascendo.

  — Tem uber pra toda hora. - falei, pegando meu celular. Chamei o uber e não demorou muito para este chegar. — Por favor, senhor, quantas prisões tem por aqui? - perguntei para o motorista assim que entramos no carro, eu no banco do carona e Ava no banco de trás.

  — Só uma. A Prisão Municipal de Paris.

  — Ótimo. Pois é para lá que nós vamos!

   — Perdoem-me a curiosidade, mas... - o motorista começou enquanto dirigia. —...porque vocês estão indo para a prisão? - ele perguntava principalmente por causa de Ava. Além do mais, por que uma criança teria tanto interesse em ir para uma prisão?

  — Estamos indo conversar com um prisioneiro. - respondi, tentando parecer o mais calma possível.

  — Entendi... Boa sorte então. Os seguranças não deixam qualquer um ir conversar com um prisioneiro. - ele disse, sem fazer mais perguntas. E, assim, nos levou até a prisão, deixando-nos no enorme portão da frente. Paguei, agradecendo ao motorista, e fomos conversar com o guarda que ficava no portão.

  — Com licença, senhor... - comecei, mas o guarda nem ao menos olhou pra mim, fingindo que nós não estávamos alí. Pigarreei, tentando chamar a atenção dele que, por fim, olhou pra nós com cara de poucos amigos.

  — O que as damas querem? - sua voz grossa ecoou pelos nossos ouvidos.

        Bom, pelo menos ele é educado.

My Fucking Brother[segunda temporada]Onde histórias criam vida. Descubra agora