➻:Symphony;.➻// M.y!

Bumbum Dinamite

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— Para a próxima aula, vocês deverão transformar algo introvertido e pacato em algo espontâneo! Ou seja, ações diárias em... POESIA!

Disse o professor com triunfo e dramaticidade, enquanto fazia gestos com suas mãos e expressões exageradas com seu rosto e corpo.

Infelizmente ele estava proibido pela diretoria a subir em cima de sua mesa, já que da última vez ele perdeu o equilíbrio e acabou rachando o quadro negro atrás de si ao meio com o impacto de sua bunda na madeira.
Desde então, Isabel gosta de chamá-lo de Senhor Bundão, já que além de ter quebrado o quarto de madeira maciça de quatro metros de comprimento com sua bunda, ele possuía nadegas esféricas e perfeitas superiores a qualquer forma humana.

Além dela não se lembrar de seu nome também.

Mas o significado de Senhor Bundão era muito mais profundo, por causa desse caro professor que além de ter um bumbum dinamite, era o típico "cachorro que late, mas não morde", expandindo o significado de bundão.

E pela primeira vez em aproximadamente dois anos estudando e frequentando aquela escola, ela concordou com um professor e não demorou muito para que levantasse sua mão.

— Diga, Senhorita tenho uma opinião para tudo e NECESSITO que todos a escutem.

Chamou a atenção de todos na sala com sua voz alta e ríspida, deixando alguns surpresos já que ele nem olhava para seus alunos e mesmo assim sabia quem levantara a mão.

— Só queria dizer que achei sua ideia muito criativa. - disse em alto e bom som já que o Senhor Bundão exigia que seus alunos falassem bem alto já que era mais surdo que um poste de luz queimado.

— Está de zoação com a minha cara? - afrontou a garota que se surpreendeu pela resposta repentina de seu professor.

Ela já tinha reconhecimento de que ele não era uma pessoa muito serena, mas não esperava que essa fosse ser sua reação.

— O que? Não, eu falei sério, não era você que dizia que toda vez que alguém achasse uma ideia boa deveria se manifestar?

— Saia da minha sala.

Apontou para a porta que ficava no canto esquerdo do recinto.

Um silencio ensurdecedor estabeleceu-se na sala deixando a todos surpresos.

— Mas eu- tentou se defender.

— Saia da minha sala. - repetiu o professor com ar superior enquanto olhava com indiferença para a mais nova que não iria ceder sem se defender.

— Mas eu só-

— Escutou da primeira e da segunda vez, quer que a diretora lhe diga uma terceira?

Sua real vontade era permanecer ali, sentada e não mover um musculo sequer já que ela tinha total noção do que havia dito não foi nada de mais, mas o professor ali era a autoridade, que nem sempre estava correta, mas ela só decidiu obedecer alguém uma vez em sua vida para que as coisas não piorassem.

Até seu fiel escudeiro que estava sentado atrás de si decidisse intervir.

— Mas professor, ela... - o loiro tentara atenuar a situação vendo sua amiga ir em direção à porta, quieta.

— Quieto, Alex. - mandou o professor.

— É, fica quieto baitola. - disse o líder do Grupo de Amigos Eternos fazendo com que todos a sua volta rissem, como abelhas que obedecem à abelha rainha, aquele que eles serviam não passava de um covarde que se aproveita de situações dessas para se aproveitar de minorias.