Capítulo 001

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Alyssa White

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Alyssa White.

    Catorze. Era o número de jovens que assim como eu, estavam sendo liberados de O.K.O, um reformatório para adolescentes considerados perigosos a sociedade, cujo a sigla não fazia o menor sentido. Mas nada fazia tanto sentido desde então, ainda mais para uma pessoa que estava internada em oko, por matar sua melhor amiga, supostamente, é óbvio. Mas não para toda a cidade de Holums Hill, que me considerava um monstro de um metro e setenta e sessenta e dois quilos, claro.

    Eleonor, minha advogada, carregava consigo meus pertences, enquanto observava a terrível paisagem do subúrbio de Holums Hill a minha espera, era possível notar o nervosismo em seu modo de agir. Ela batia com seu salto continuamente na calçada e passava a mão no colar de perolas que encontrava-se pendurado em seu pescoço, ela mordia a parte interna de sua boca e não parava um segundo de olhar ao seu redor. Até que seus olhos se encontraram com os meus, e pude notar um sorriso se formando em seu rosto arredondado. 

  Caminhei em sua direção sentindo o ar gelado típico do outono pela cidade, estava cedo ainda, e eu não tinha nada além de roupas apertadas e ensanguentadas do fatídico dia cinco de setembro em meu corpo. E foi nesse exato momento em que percebi que perdi dois anos de minha vida trancada em um reformatório, comendo purê de batata e cenoura todos os dias, já nem me lembrava mais como era o mundo aqui fora, o que me faz parecer extremamente dramática, eu sei.

  - Eu senti sua falta! - Leo sorri e logo me puxa para um abraço, me fazendo afundar o rosto no casaco de pele dela. Não irei reclamar, senti falta dela também

  - Bom, está com fome? - A loura me questiona retirando seus óculos escuros ao mesmo tempo em que acompanha meus passos pelas ruas de Holums Hill.

  - Claro que estou, espero que não tenha se esquecido que durante dois anos minha refeição foi batata amassada sem sal, então mesmo se eu não estivesse com fome, eu necessito sentir o gosto de algo diferente - dou risada e ela me acompanha.

  Eleonor me assiste entrar em seu R8 vermelho e logo faz o mesmo, dando continuidade ao assunto de antes.
 
  - É claro. - Ri fraco - Mas não se preocupe meu bem, o café da manhã é por minha conta - Diz enquanto coloca
meus pertences nos bancos de trás -   Nós vamos para uma lanchonete, assim conversamos com um pouco mais de sossego, e nos alimentamos bem, é claro.

- Tudo bem.

  E então, no momento em que entramos em movimento um silêncio um tanto constrangedor foi instalado pelo veículo e assim o único barulho que era possível ouvir era o do próprio carro em movimento e uma rádio ligada bem baixo com o jornal Wake up Hill's, o primeiro jornal que passava nas manhãs de domingo.

  E foram nesses momentos em silêncio em que eu pude perceber o quão estranho era estar de volta nessas ruas.

  E foram nesses momentos em silêncio em que eu pude perceber o quão estranho era estar de volta nessas ruas

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Até o fim de setembroOnde histórias criam vida. Descubra agora