bochechudo

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Jaemin tinha seus olhos pesados enquanto estudava em cima de seus livros, as páginas repletas de marcador de texto eram um reflexo do quão esforçado era o garoto.

Uma pena que toda sua concentração se voltou para uma pequena memória.

ㅡ Eu quero te dar o mundo, Jaemin. - Os olhos do garoto em sua frente.

ㅡ Mark... - Jaemin sentiu o toque do garoto em sua bochecha, tão suave... o menor deitou na mão do garoto com os olhos fechados.

ㅡ Mas não posso te ajudar... Não ainda, meu amor. - Lee beijou a bochecha do garoto. Nos fundos da igreja tudo isso parecia ser tão errado, o loiro sorriu.

ㅡ Te vejo de noite? - Perguntou.

ㅡ Sim! - Mark sorriu, se permitindo a selar os lábios do mais novo que sorriu contente.

O mundo de Jaemin virava de cabeça para baixo todo o tempo que passava com Mark, logo os beijos viraram chupões no pescoço e seus encontros escondidos foram ficando mais frequentes.

Os pais do mais novo até mesmo pensavam que o menor estava namorando e vez ou outra o perguntavam quando iria apresentar a garota.

Uma pena, Jaemin sorriu.

O garoto acordou na manhã seguinte entre suas cobertas quentinhas, transpirando horrores.

ㅡ Você tem um sono pesado. - Ele ouviu outra voz, vinda de sua frente. A mão de Lee estava respousada sobre sua bochecha morna.

ㅡ Por que está na minha cama? - Perguntou assustado mas ainda sonolento.

ㅡ Você tem manias de um sonâmbulo também. - Ele respondeu. ㅡ Estava imerso em pesadelos ontem, eu tive que te ajudar ou não conseguiria dormir também.

ㅡ Obrigado... - Agradeceu. ㅡ Que horas são? - Ele tossiu poucas vezes antes de se levantar, seu corpo estava pesado.

ㅡ Acho melhor ficar um pouco na cama, estava mais quente que o inㅡ. Bem, não vá ao trabalho hoje. - Jeno se levantou empurrando o garoto de volta a cama. ㅡ Você pode se comunicar pelo seu dispositivo pessoal.

ㅡ Dispositivo pessoal? - Jaemin perguntou.

ㅡ Essa coisa que vocês humanos carregam de um lado pro outro. - Ele apontou para o celular na escrivaninha.

ㅡ Isso é o meu celular... - Jaemin riu desanimado. ㅡ Vou ligar para o Chenle.

ㅡ Eu estou indo na cozinha pegar alguns brownies... - Ele disse descendo as escadas, eram quase seis da manhã. Pouco tempo depois ele voltou com um copo da água. ㅡ Eu não sei como vocês humanos podem ficar doentes tão rápido...

Jaemin bebeu a água e voltou a deitar em seu travesseiro fechando os olhos.

ㅡ Jeno, obrigado... - Ele disse antes de cair no sono de novo.

ㅡ Aberração. - Depois de alguns minutos o garoto cutucou a pele da bochecha do menor a esticando. ㅡ E bochechudo. - Jaemin tinha um cheiro naturalmente agradável, o que fazia Jeno querer ficar por perto. Estranho como sua essência parecia tão saborosa.

Sua marca tinha afastado os outros demônios de perto, mas isso não impedia os pesadelos e ontem, Jaemin estava afundado em algo terrivel.

Como alguém tão frágil podia morar sozinho dessa forma?

A verdade é que, Na só pôde dormir tranquilo quando sua bochecha estava coberta pelo calor da mão do maior.

Jeno não tinha ideia do que estava acontecendo, cada vez que se aproximava de Jaemin se sentia conectar um pouco mais com o humano e isso era péssimo.

Atraria outros da raça dele para perto.

Não queria que Jaemin fosse perturbado por ninguém além dele.

Quando Chenle pôs seus pés na casa de Jaemin horas depois, o Lee tinha desaparecido. Precisava trabalhar, uma pena que sua mente ainda estivesse focada em afastar o menor de qualquer perigo possível.

Afinal, quando entrou na casa do garoto pela primeira vez, ele percebeu o quanto os demônios ficavam perto do garoto, eles queriam devorar cada vez mais a saúde do garoto.

Não que Jeno se preocupasse com ele, mas depois de vê-lo estudar por horas para salvar vidas o achou nobre suficiente para não ter que conviver com monstros a sua volta.

Ele só não entendia realmente o porquê dos pesadelos voltarem constantemente para atazanar o menor. Foi então que chegou a conclusão que não era culpa dele realmente, algo dentro da cabeça do garoto o fazia reproduzir inúmeras cenas ruins.

Jeno queria apenas se livrar de seus problemas do trabalho; Mal percebeu que Jaemin era uma nova incógnita em sua vida, por sinal, já muito agitada.

FIGHTING MY DEMONS

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