Capítulo 5

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Do outro lado, Mari enchia Bruno de perguntas sobre Ari
- Eu sei que você nunca me trocaria por ela amor, mas eu não consigo perdoar você falando com ela! O que era tão importante??
- Não era nada, a Tábua só veio falar um monte de baboseiras sobre a aula - ele disse distraído brincando com sua bola
- Uhum... Mas que isso não se repita, eu já te dou muita liberdade para falar com as garotas, não quero que fale com ela!
- Não precisa exagerar, é só a Tábua, ela não tem nada de interessante. Diferente de você é claro! - ele colocava as mãos em sua cintura e a apertava
- Acho bom mesmo - Mari lhe deu seu típico beijo nada discreto na frente de quem estivesse por ali, por outro lado Matt, Vini e Miguel aproveitaram o tempo livre para editarem o blog
- Se você estivesse com a gente, as coisas teriam ido mais depressa - disse Vini a Marcelo
- Fala sério, vocês vão fazer isso todo dia? - respondeu Marcelo descontente
- Você deveria calar a boca e ajudar, sua bichinha! - exclamou Matt
- É, toda hora você fica com a Tábua e sabe que nem tem chance - Se pôs Miguel
- Fala sério, vocês são um bando de pervertidos, nunca vão conseguir nada com isso!! - Marcelo respondeu
- Se ela não gostasse teria pedido pra gente parar e pelo contrário, ela até rebola mais quando estamos por perto com a câmera - disse Vini
- Além disso ela é inspiração para todas as garotas da escola, elas deviam nos agradecer por postar as fotos para ela se inspirarem - Miguel contestou
- Eu não acredito que sou amigo de vocês!
- Vai falar que você não gosta do que vê? - Perguntou Matt apontando para tela, onde tinha uma foto de Mari
- E você ainda vai dizer que gosta da Tábua? - perguntou Miguel
- A Ariana é só minha amiga! - Ele disse ficando nervoso
- E você é o cãozinho dela! - provocou Matt
- Você vai ajudar ou não a editar as fotos?! - perguntou Vini irritado
- Tá na cara que não, já que não vai fazer nada ao menos arrume o design do Blog, já ta na hora de mudar - sugeriu Miguel
Marcelo revirou os olhos e sentou em frente à um dos computadores.
Na aula de matemática Ari, Suzie, Carly e Ayla formavam um grupo. Ayla só respondia com sim ou não, sempre ficava com a cabeça baixa e evitava olhar nos olhos das pessoas com quem conversava, Ari dava seu melhor para tentar fazer a colega se soltar mais, Suzie continuava usando Ari para passar nas matérias, o que não dava muito certo quando Carly resolvia se intrometer.
- Para essa questão vocês precisam saber a fórmula de bhaskara.
- Nossa Ari, você é realmente muito inteligente, o que seria de mim sem a sua ajuda - disse Suzie
- Você com certeza estaria ferrada - Carly disse enquanto brincava com seu próprio cabelo
- É... Com certeza sim.. - Suzie respondeu olhando bravamente para Carly
- E você entendeu Ayla?
- S-sim
- Bem, então, já podemos resolver essas questões!
- Ari terminei! - Carly entregou o caderno para Ariana , onde todas as contas continham apenas as fórmulas sem resultado
- Bom mas... Onde estão os resultados?
- Estão aí, fiz como você disse!!
- Não, aqui só tem a fórmula... Falta resolver ela.
- Mas eu tinha certeza que tinha acabado! Ari me ajuda!! - implorava Carly
- Mas bem, veja, eu já ajudei, não posso responder por você.
- Não se preocupe Ari, ela tem mãos e vai responder sozinha, você já fez muito nos dizendo todo o procedimento - respondeu Suzie tentando ser gentil
- Você do está pegando as respostas da Ari!
- Não escuta ela Ari, ela não sabe o que diz - Suzie respondeu nervosa beliscando a perna de Carly
- Bem, ok. Mas vamos terminar antes da aula acabar, ganhamos mais pontos se entregarmos hoje
- Aii por quê me beliscou? ... Siim Ari, vamos , vamos !
- Deve ter prendido a perna amiga - respondeu Suzie
- Eu fiz o meu Ariana..
- Deixa ver. Está certinho Ayla, parabéns!
- N-não é pra tanto - respondeu Ayla corando levemente
- Como você conseguiu A? - Disse se debruçando em Ayla
- A? Eu? E-eu só... Fiz o que ela pediu...
O professor anunciou que faltava pouco tempo para terminarem então as meninas se apressaram. Carly terminou como deu a tarefa e foi embora com Suzie. Ayla voltara para pegar suas coisas na sala de artes e Ari seguiu para o portão, decidiu antes ajudar a turma que preparava a competição da escola. Foi até o porão da escola, não havia muita gente, quase todos estavam em aula.

Mari ainda tinha uma desconfiança em relação a Ari. Ela não podia perdoa-la por ter ficado tão perto de seu namorado, decidiu então armar uma pequena vingança. Disse para as pessoas que ajudavam no porão que algum professor os queria ajudando na quadra, e para lá eles foram, ela aproveitou então que eles estavam fora e trancou Ari no porão.

Após levar um monte de coisas para lá e para cá, só restava ela no porão e faltava pouco para Marcelo sair, então ela tentou abrir a porta. Não abriu. Forçou um pouco mais, as vezes acontecia dela emperrar. Sem resultado. Começou então a bater na porta pedindo por ajuda, Mari que estava ali do lado saiu rindo perante aquela situação.

O sinal bateu e as classes começaram a sair, Marcelo esperava pacientemente por Ari no portão, como combinado.
- Vamos jogar lá na minha casa você vem? - perguntou Vini
- Não cara, eu vou esperar a Ari. - Marcelo respondeu
- Pra variar né? A gente se vê por aí então - se despediu Miguel
- Falou! - Marcelo ficou esperando, mas Ari não aparecia , ele então mandou mensagens para ela.

Pena que um dos defeitos era o porão ser muito fechado e quase não ter sinal lá embaixo. Logo Ari ainda continuava presa batendo na porta pedindo por ajuda, mas ninguém lhe ouvia. Claro que na hora de fechar os zeladores verificariam todas as salas como de costume, mas ela já estava ali tempo demais e lhe incomodava o fato de ficar presa.

Sem respostas, Marcelo decidiu checar as salas ou a biblioteca . Talvez Ari tenha ficado em algum lugar para ler, o que ela costumava fazer com frequência.
Enquanto procurava sem sucesso, Marcelo cruzou com Mari no corredor, que estava estranhamente sozinha. Mari nunca estava sem a companhia de suas amigas, o que tornava tal evento muito estranho
- Quer alguma coisa? - perguntou Mari notando o olhar insistente de Marcelo
- N-não eu só estou de passagem - Disse gaguejando de nervoso
- Pode passar longe daqui - respondeu ela tentando tirar ele dali
- Por que? - Marcelo perguntou
- Por que!! - ela pensou bem no que responder para não estragar seu plano - quero ficar sozinha.
- Tudo bem.. - Disse tentando passar por ela para a deixar sozinha como pediu. Porém ela tomou sua frente impedindo que prosseguisse
- Por aqui não menino - Mari respondeu rindo falsamente
- Eu preciso ir por esse caminho- Ele disse moderando o tom da voz
- Sério? E o que você perdeu por aqui? Está ajudando na preparação da competição, é pra quadra que você tem q ir
- N-não.... Eu estou procurando alguém - Disse ficando envergonhado e tentando se afastar de Mari
- Estou aqui há muito tempo e só tem eu aqui, já pode ir embora

Ari que já desistira de gritar, estava chorando sentada encostada na porta, seu celular marcava a hora da escola já estar vazia e ela ainda estava sem sinal. Pensava que Marcelo devia ter cansado de lhe esperar e já deveria ter ido embora
- Eu realmente tenho- ele fora interrompido por Mari
- Você não tem que nada, já devia é estar em casa já ou sei lá o que você - Mari disse empurrando ele para longe dali.
Ari estava com a sensação de ter ouvidos vozes no corredor, ela agarrou essa chance para tentar uma última vez pedir ajuda
- Socorro, tem alguém aí? - ela gritou batendo na porta
- Marcelo que pensou ter ouvido a voz de Ari, esqueceu totalmente de Mari, e foi em direção voz. Chegando na porta do porão que se encontrava fechada ele ouviu Ari chamar por ajuda.
- Ari é você??
- Marcelo?! Me ajuda - Ari se esqueceu de que quase nunca chamava seu amigo pelo nome, mas essa hora isso não importava, ela só queria sair de lá.
Mari por sua vez depois que foi empurrada por Marcelo para sair do caminho, ela apenas saiu da escola lamentando seu fracasso.
- Ari, fica calma eu vou te tirar daí! - ele começou a procurar meios de abrir a porta, e como última opção, decidiu tentar arrombar a porta - Se afasta eu vou tentar arrombar!
- T-tudo bem! -Ari se levantou rapidamente do chão e ficou longe da porta.
Marcelo começou a chutar a porta e depois de alguns chutes, ele finalmente conseguira arrombar a porta. Ari correu para ele o abraçando tentando parar de chorar.
- Achei que tivesse ido embora, obrigada, obrigada!
- Eu não iria sem você - Marcelo retribuiu o abraço e tentou acalmar a amiga

Ari logo se acalmou e eles saíram da escola. Aquilo fora muito para ela então ele apenas a levou para casa.
- Você quer entrar?
- Hoje não, até porque, você precisa descansar - Marcelo disse dando um leve toque na testa de Ari
- Tudo bem, até amanhã então - Ari deu um leve sorriso e entrou
Marcelo então saiu e foi para casa, talvez jogar algumas partidas de RPG ou apenas ficar atoa no seu quarto.

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