Steve Pov
Apanho o cartaz branco e bato a porta de meu carro com mais força que gostaria. O Corvette branco estremece por conta da força aplicada por minhas mãos e solto um leve suspiro.Eu não queria estar aqui.
A essas horas com uns 140 km/hora estaria chegando na casa de praia dos Carter em Malibu para aproveitar minhas mini férias ao lado de minha noiva Sharon. Mas, em vez disso eu estava caminhando em direção ao aeroporto atrás de uma pirralha chamada Natasha Romanoff.
Caminho em direção a entrada do aeroporto sentindo culpa em minhas palavras.
Ela não estava vindo para cá porque queria, mas sim porque seus pais acabaram falecendo em um terrível acidente de carro e os meus pais acabaram ficando com a guarda da mesma, já que Ivan Romanoff era sócio de meu pai. Então Steve, não importa se você está feliz ou triste porque está perdendo o mar e o sol, a pobre Romanoff havia perdido o seu mundo.
Solto um suspiro pesado e começo a caminhar entre as pessoas em busca do portão 10 que iria desembarcar os passageiros da Rússia em menos de quinze minutos.Eu já havia visto Natasha uma vez.
Ela tinha uns dez anos. Era baixinha e os seus cabelos loiros eram curtos. Seu rosto era pipocando em espinhas com um adicional de um óculos com armação rosa. Em todos os momentos em que a vi naquela verão, ela usava umas roupas largas, extremamente folgadas e masculinas. Na época eu cheguei a cogitar que ela jogava no mesmo time que eu, mas me lembro de um dia ouvir a sua mãe comentar com a minha que o motivo pelas roupas largas eram para não marcar os seios da mesma, já que de acordo com as duas eram grandes demais para a idade dela. Eu nunca cheguei a ver os peitos dela sem aquelas roupas, mas lembro-me de ficar curioso.
Aquele foi o único verão em que eu a vi. Depois os Romanoff sempre apareceram sem ela, que preferia ficar na casa de campo da sua avó.Eu não sabia como ela estaria agora. Não tinha nenhuma foto e nenhuma rede social existia com o nome de Natasha Romanoff, então só restou-me a opção de escrever em letras maiúsculas e garrafais o seu nome em um cartaz de cor branca.
NATASHA ROMANOFF
Aproximo-me do portão 10 e um apanhado de pessoas já se amontoavam em frente ao portão. Paro em uma posição possível de ser enxergada de ambos os lados e posiciono o cartaz em frente ao meu corpo.
O barulho de passos tomam a minha atenção e ponho-me a olhar em direção a porta. Várias e várias pessoas começam a sair e nada de Natasha aparecer – ou melhor, nada de alguém caminhar em minha direção.Subo o meu punho e avalio as horas arqueando as minhas sobrancelhas.
"Será que ela se perdeu dentro do avião?" – Penso abrindo um sorriso maldoso.
Subo o meu olhar lentamente em busca da Romanoff quando avisto uma loira que chama a minha atenção. Seus cabelos loiros medianos caem ao lado de suas bochechas rosadas moldando o seu rosto. Seus lábios são um pouco carnudos e seus olhos contêm a cor de lindas e perigosas esmeraldas. O seu convidativo corpo se molda em uma calça jeans clara e sua cintura é altamente marcada por uma regata branca que deixa seus fartos seios bastantes marcados.
De repente o olhar da loira cai em cima de mim e instantaneamente ela começa a se dirigir em minha direção empurrando um carrinho com duas malas dentro.
No mesmo instante em que seu corpo vai se aproximando do local a qual eu estou, todos os músculos de meu corpo começam a ficar tensionados e minhas mãos começam a suar ao redor do cartaz.
"Por que aquela loira gostosa estava caminhando em minha direção?" – Penso repreendendo no mesmo instante. Eu sou um homem comprometido, não posso ficar secando as mulheres no meio da rua e achá-las gostosas.Engulo em seco e sinto meu corpo gelar quando a loira para a minha frente.
- Steve? – Diz a loira com uma voz doce e rouca no mesmo tempo.
Puta merda!Era ela, a loira gostosa era a Natasha Romanoff.
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Forbidden Wishes
RomanceQuerido diário, Hoje completa um mês e dois dias desde que meus pais se foram naquele terrível acidente de carro. Ainda posso sentir o meu corpo ser arremesado para fora do carro por conta do impacto. Os médicos dizem que eu sou um milagre de Deus...