capítulo 62

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Bella narrando

Entro no galpão, mas antes já deixei avisando para o Menor e o PJ não nos atrapalharem em nada. Abri a porta e me deparei com o covarde amarrado numa cadeira, com sua boca calada com fita e rodeado de caras que trabalham com meu tio. Tiro a fita com rapidez e o mesmo geme de dor

EU- Ora, ora, ora, se não é nosso amiguinho Roger!

ROGER- Bella por favor, eu não quis fazer isso eu...

Antes que o babaca fique se lamente, pego um chicote da mesa de tortura e bato na sua coxa com toda minha força. Não pude negar de rir, quando vi os olhos do PJ arregalados

EU- Nem venha com desculpas inúteis, você já vai pra cova, não cabe mais seu borraco. Fale o que os europeus queriam!

ROGER- Eu não posso

ANNE- Então vamos soltar a sua língua

Anne pega uma faca média e crava na coxa dele, bem aonde eu tinha chicoteado. Gaby veio logo atrás com álcool na mão e seu sorriso maligno

GABY- Vamos lá Roger, não quero fazer isso contigo neném, diz o que eles queriam e você não sai daqui com uma queimadura de 4° grau -- ela fala pegando o isqueiro

Fico fascinada ao ver os meninos, suas expressões eram as melhores, olhos arregalados, mandíbulas travadas e vira e mexe colocavam a mão no cabelo

EU- Tic, tac Roger, seu tempo está acabando

ANNE- Não quero ter que apelar Rôro

O filho da puta se cala e abaixa a cara, minha raiva só se multiplica. Do 5 chicotadas na coxa, na mesma que a faca está fincada. Ele se debate de dor e mesmo assim não se rende, que verme teimoso

ANNE- Ótimo, não quer falar então não fale

EU- Sabe Rôro, hoje em dia o maior erro das pessoas são postar sua vida toda numa rede social, a qual você nunca sabe quem pode mexer e o que usar contra você

GABY- Pode trazê-las, Marcos!

O tal do Marcos abre a porta e lá estava elas, o motivo pelo qual esse imprestável abriria a boca. A mulher e a filha !

ROGER- Não por favor! Elas não tem nada haver com isso, pelo amor de Deus, Bella me perdoe eu...

EU- Me diga o que você sabe e eu até penso que vou te dar uma moral

ROGER- Eles me disseram para ficar de olho em você, onde morava, com quem andava, que horas ficava sozinha e até o que comia

EU- Típico, querem estudar o inimigo para depois derrubá-lo -- reviro os olhos

ANNE- Então eles não querem as rotas? Porque se não eles perderiam tempo com o que a gente faz no trabalho e não em casa

ROGER- Disso eu não sei...

EU- O que você falou para eles?

ROGER- Falei da Gaby, Jonathan, Anne, da Mi, da empresa e outras coisas, mas eles nunca queriam saber das drogas e sim de você

EU- Ótimo tem gente na minha cola querendo a minha cabeça E VOCÊ FALA DA MI? ELA ERA INVISÍVEL PARA TODOS ATÉ VOCÊ ABRIR SUA BOCA

Acho que a Gaby tomou minhas dores, por isso ela deu uma chicotada. A filha dele tremia tanto, que por um momento fiquei em choque de fazer isso na frente dela, aparentemente ela deve ter a idade da Mi, o que dificultou o meu trabalho

EU- Você vai embora do país com a sua família, e não ouse voltar, se meu tio te pega já era, entendeu?

Ele concorda com a cabeça e o Marcos solta ele. As meninas me olham com dúvida e meio desapontadas, acho que elas queriam ver sangue escorrer, mas não posso fazer isso, hoje não estou no clima

ANNE- Que merda foi essa?

EU- Não estou muito no clima de matar alguém, a não ser o Matheus

ANNE- Bella o cara te entregou para os europeus

EU- Mas ele tem família e se arrependeu. Anne, você o mataria na frente da filha?

GABY- Foi o certo, vamos embora para casa e deixamos alguém encarregado da " morte " dele

Saímos no maior silêncio, fomos em direção do carro, antes de abrir a porta o PJ sussurra

PJ- Estou orgulhoso de você

Ele abre a porta pra mim e eu entro no carro. O caminho todo foi um silêncio total. Só me dou conta que não estamos na Rocinha quando chegamos no Alemão

EU- A Gaby disse casa, ela se referiu a nossa

GABY- Fala sério, aquele lugar nunca seria nossa casa mesmo, esse é o nosso lar

ANNE- Já pedi para venderem a casa, não tem mais volta

EU- Estamos sem teto?

JONA- Não sei você priminha, mas eu vou passar um tempo na casa do meu cunhado -- diz dando um tapa nas costas do PJ, o mesmo o olha e da um sorriso

EU- Vamos entrar logo que esses sapatos estão me matando

Abro a porta da casa do PJ e me deparo com as minhas malas, na verdade as malas de todo mundo, na sala e um ser pequeno de cachinhos procurando alguma coisa

PJ- Quem és tu? Oh rebaixada criatura

MI- Mãe você viu meu headphone?

PJ- MÃE? -- Ele fala espantado

EU- Deve estar na sua mala roxa, já viu lá?

MI- Não, e como foi hoje no churrasco? O Rick veio?

PJ- MÃE?

MI- Conhece esse palavra? Porque você tá repetindo e parece assustado com esse termo

EU- Essa é a minha filha Mi, eu adotei ela quando dia 11 anos

MI- Prazer, eu sou Mireia Bennet Martins, mas pode me chamar de Mi

PJ- Prazer PJ, sou o irmão da titia Gaby

MI- Não a chamo de titia, é muito infantil, ESPERA AI! Ele é o PJ, mãe? Aquele PJ?

EU- Positivo

MI- Então nesse caso, eu não gosto de você!

Ela diz achando seu headphone e colocando mesmo, eu e as meninas não contemos as risadas da cara de tacho que o PJ ficou

PJ- Esquentadinha né?

GABY- Você tem que ver ela em treinamento

EU- Como foi no seu tio?

MI- O de sempre, ele quis me mimar com presentes, pude dormir até a hora que eu quiser, usei a Netflix dele e dormir na maior suíte

JONA- Queria que ele fizesse isso por mim, velho ruim

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Iai galeris tudo bem?

Finalmente o PJ encontrou com a Mi

E a Bella com seu coração mole até para matar um cara que a entregou!

O que será que os europeus querem?

Beijos e boa leitura

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Vendida ao dono do morro Onde histórias criam vida. Descubra agora