Nós Dois

PRÓLOGO

NATASHA

• Bom, minha vida nem sempre foi estável como hoje em dia. Meus pais se separaram 1 mês antes da minha mãe descobrir que estava grávida, passei toda a minha vida morando com ela e minha relação com meu pai não é tão boa. Ele sempre foi muito ausente na minha vida e hoje em dia tenta recuperar o tempo perdido, o tempo que na minha opinião não volta mais...
Quando eu tinha 11 a gente acabou brigando muito feio por que ele quis mandar em mim e na minha vida como se ele fosse presente nela, acabei passando quase dois anos sem falar com ele, hoje em dia tentamos deixar isso de lado e ter uma convivência boa.
Mas na época essa briga acabou comigo, minha mãe decidiu ficar do lado dele dizendo que ele era meu pai e tinha total direito de se meter na minha vida. É óbvio que isso abalou minha relação com ela, foram brigas e mais brigas até tudo melhorar, hoje, com 14 anos prestes a completar 15, minha relação com ela melhorou bastante e com ele não vou dizer que é boa, mas pelo menos não é ruim.
Essa briga com ele, foi um dos motivos pra eu entrar em depressão e ter crises de ansiedade, e convivo com elas até hoje, desde de pequena eu já sofria com alguns problemas psicológicos, principalmente por causa da ausência dele.
E foi exatamente nessa parte que o Class A entrou na minha vida, as músicas dos meninos e de outros cantores de Rap me ajudaram a passar por muita coisa. A música em si sempre teve um significado muito bom pra mim, é como se ela fosse meu porto seguro.
E por isso, meu presente de aniversário vai ser ir no show deles e do modéstiaparte aqui em Recife próxima semana, e o mais engraçado é que é um dia antes do meu aniversário, não vejo a hora de ver meus meninos de perto.
Comecei a acompanhar eles faz quase um ano. Até que eu criei um fã clube no insta para as bandas que eu curto, o fã clube me ajudou a ficar mais próxima deles, e acredito eu, que talvez eu seja uma das fãs que mais conversa com eles.

PEDRO

• Desde menor sonhei em trabalhar com música.
Em 2013 foi quando começou tudo, fui rodando o Rio de Janeiro todo indo pras batalhas de rap, fui fazendo meu nome nas batalhas, foi daí que eu vim, minha parada era fazer freestyle.
Foi aí que eu decidi concretizar o meu trabalho e fui pra música, minha primeira música com o Class A foi lançada em 2016 com o Igor e Caio.
O Igor e o Caio já se conheciam desde menor, o Igor me conheceu através do Caio que comentava sobre as batalhas que eu ia, até que um dia o Caio fez um som com Igor e ele disse que não dava pra eu ficar de fora dele e ele me levou na casa do Igor. Escrevemos uma letra mas no outro dia a gente já tinha enjoado, aí procuramos outro beat e fizemos outra música e foi assim que nasceu uma dose, a primeira música do Class A.
Mas não foi fácil não, tlgd? Bagulho foi difícil mesmo, a gente foi subindo degrau por degrau e derrubando tudo que é obstáculo.
O cantor que eu mais me inspiro é o chorão, acho ele foda, ele é uma das pessoas da qual tiro bastante referência.
Eu, Igor e Caio não esperávamos esse sucesso tão rápido, a gente só se esbarrou e decidimos fazer um som só de bobeira, só com o que o Igor sabia fazer no violão e aí foi, decidimos criar um grupo e fazer um canal no YouTube, assim começou nossa história. O Igor já vinha de outra banda e já tinha trabalhado com música, então ele já tinha mais ou menos uma idéia de como era.
De lá pra cá, já foram 3 músicas lançadas e tem mais uma vindo feito bomba, só estouro!