Capítulo 11 - Pesadelo

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Hey folks, como estão vocês? Cá estamos com mais uma atualização. Acho que esse capítulo ficou um pouco mais curta do que o esperado, mas não se preocupem, pois logo tem mais (agradeçam as férias hehe). Gostaria de passar para agradecer a cada pessoa que tirou um tempinho para comentar, me divirto muito lendo as teorias de vocês. Enfim, espero que tenham uma boa leitura, e nos vemos em breve!
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A pequena garota de olhos verdes corria com todas as forças de suas pernas, mas não saia do lugar. Estava em uma floresta com árvores tão altas que mal podia ver o seu topo, mas não era um ambiente agradável como usualmente costumava ser. Era sombrio e trovejava, e o homem a quem tanto temia se aproximava a cada pouco mais.

Ele possuía uma máscara vermelha e uma roupa toda preta, e mesmo que não pudesse ver o seu rosto, os olhos castanhos que brilhavam contra a o feixe de luz da lua pareciam ser verdadeiramente demoníacos. Ele lhe apontava uma arma, e ela gritava como se prestes a estourar a suas cordas vocais, mas não produzia som algum.

Até que dois tiros ensurdecedores foram disparados, e o que se seguiu foi em câmera lenta. Ela virou-se de frente para o assassino, mas fechou os olhos com força como se se ela não visse, nada daquilo aconteceria. 

Quando a menina abriu os olhos, estava intacta. Porém, do seu lado esquerdo estava sua mãe, atingida com uma bala no estômago, caindo de joelhos diante da terra úmida. Do seu lado direito, da mesma forma, seus pai.

– NÃO! – Gritou, sem conseguir se mover. 

Quando por fim se ajoelhou diante de Clara e Michael Morgado, a terra se transformou em chão de ladrilhos e as árvores sumiram, dando espaço às paredes rebocadas de um hotel qualquer. O sangue formava uma poça no piso, enquanto o homem com a arma gargalhava, dando meia volta e saindo porta afora pela escuridão. 

– Lauren… Lauren! – Camila tentava acordar a mulher que estava tendo um pesadelo enquanto dormia na poltrona do avião, balançando suavemente o seu ombro. 

Quando finalmente despertou, ela deu um breve salto, olhando para os lados assustada e enrubescendo ao perceber que Camila havia presenciado o seu pesadelo, sentindo tanta vergonha quanto como se ela estivesse dentro de sua cabeça assistindo a tudo. Seus olho enchiam-se de lágrimas, que ela tratou de fazer desaparecer antes que qualquer uma delas escorresse.

– Você está bem? Parecia estar tendo um sonho ruim. – A mulher estava genuinamente preocupada e também intrigada, uma vez que nunca havia visto Lauren em tamanha vulnerabilidade. Suas mãos repousaram suavemente sob o ombro da empresária, acariciando-a de forma gentil.

– Estou.. sim, não foi nada. – Abriu um leve sorriso, tentando disfarçar o incômodo que aquele pesadelo havia lhe causado, até mesmo por ser mais parecido com a realidade do que a latina poderia imaginar.

Sentiu sua mão trêmula diante do seu nervosismo, pegando a sua bolsa e retirando de dentro o seu frasco alaranjado de comprimidos e rapidamente tomou uma das pequenas pílulas brancas que havia dentro. Não voltou a dormir, por medo de voltar ao seu pesadelo. No entanto, a viagem de volta se passou de forma estranhamente silenciosa, já que ambas não pretendiam falar sobre a noite anterior nem sabiam como disfarçar ou contornar a situação. 

Quando Camila chegou em seu apartamento, a primeira coisa que fez foi tomar banho e ir dormir, agradecendo por estar chegando o final semana e poder ter ao menos pelo menos alguns dias longe da mulher que estava bagunçando os seus pensamentos e atrapalhando o seu foco na operação.

Lauren, de outro modo, estava longe de ir dormir. A limusine a deixou na sua residência e ela tratou logo de, após colocar uma roupa confortável e pegar uma nova garrafa de vinho na adega, descer novamente para o seu cômodo preferido do andar restrito. 

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