Prólogo

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Era um entardecer, e lá estava eu no cemitério de novo. O cemitério estava vazio, não havia sequer uma alma ali. Todos estavam direcionando suas atenções a outro lugar, bem distante do Brasil. Mantinha um buquê de flores nas mãos, mas as soltei quando o vi, sobre sua lápide. Eu estava sozinho ali.

- Sabe, você já deve ter visto o que está rolando lá fora, né? Porra. Eu nunca achei que algo assim tomasse essas proporções. Era para ser um meme. Era apenas um meme engraçado! Mas aí chegaram eles, o governo russo, alemão, chinês e também a porra da Coréia do norte. No que que eu me meti? No que eles me meteram? Uma missão suicida talvez, é, não passa de uma missão suicida. É isso que ela é. E aqueles caras que vão pra lá amanhã correr na direção da base aérea nem sabem o que está rolando. Puta merda, o Arthur também foi nesse caralho e eu nem sei o que fazer. – Disse, olhando em seus olhos na foto gravada em cima da lápide.

- Como assim você não sabe? – Disse, por detrás de mim.

Virei-me e não acreditei no que vi. Seus olhos azuis refletiam os últimos raios solares antes da longa noite que viria a seguir. Seu rosto tão avermelhado e queimado pelo sol, deixava em evidência as cicatrizes de arranhões em suas bochechas. Sério, aquilo só podia ser uma alucinação da minha cabeça, eu já estava louco. Aquele homem à minha frente era loiro, e prendia uma bandana negra em sua testa, com uma placa metálica ao meio, usada talvez para defender-se de ataque direcionados à ela. Mas não havia riscos nela, apenas o desenho de um caracol; trajava um longo macacão alaranjado com bordas negras por entre seus ombros até seu zíper; e ao final de seu traje, calçava sandálias reforçadas escuras.

- Naruto!? – Ele caminhou em minha direção com um sorriso.

Invasão à Área 51Onde histórias criam vida. Descubra agora