Nos aposentos que estavam Rainha Nelly e seu marido.
A monarca do reino estrangeiro bufava de ódio- Dionísio, temos que conseguir fazer aquela menina mimada e cheia de opiniões, mudar de idéia, nós temos que garantir esse casamento, precisamos tomar esse reino para nós - Nelly disse enquanto andava inquieta
- Minha querida, você conhece Estêvão ele é um homem de palavra, enquanto ele governar vamos ter água o suficiente, estamos seguros, não precisamos desse casamento, não precisamos por fim em uma tradição tão bonita daqui já basta Estêvão não ter a seguido e você sabe que até hoje ele paga o preço - Dionísio falou tentando acalmar sua esposa
- Mas por mais quanto tempo ele irá governar? Isso me preocupa, meu amor. E fora que Peter gostou de Luna, ela apesar de chata, é linda. Nós iríamos garantir nosso futuro e um bom casamento para o nosso filho - Nelly retrucou o esposo.
- Bem, eu não irei mais discutir, faça o que achar melhor, só não esqueça de nossos valores para conseguir o que quer - Dionísio disse em tom de rendição, era impossível discutir com sua esposa e ele estava cansado demais para levar essa briga a diante.
- Não se preocupe, querido, tudo ocorrerá bem.
Enquanto isso além das fronteiras, Solaris lidava com a solidão. Em partes estava arrependida de ter mandado o filho para tão longe, porém, em seu ponto de vista a solidão era melhor do que deixar um romance entre ele e a princesa da lua se desenvolver. Aquele povo já tinha a feito sofrer demais, para Solaris, a família real do reino da Lua era um bando de covardes, esse treinamento foi a chance de se vingar, afinal veria Estêvão assistir sua filha sendo renegada por seu predestinado, exatemente o que o rei da lua fez com ela. E Apolo se tornaria um rei ainda melhor, com capacidades militares impressionantes, muito mais do que
teria treinando apenas esgrima e seu arco e flecha no PalácioSolaris respirou fundo e resolveu escrever uma carta para seu filho, numa tentativa de amenizar sua saudade e sua solidão.
Ela se sentia egoísta por estar fazendo o filho pagar tão caro, mas o seu ego ferido e seu coração quebrado falava mais alto.
Quando se deu conta, estava chorando perdida em histórias do passado, histórias que no ponto de vista dela, não mereciam ser recordadas.
Limpou o rosto e levantou a cabeça, ela não ia deixar isso a machucar mais
Nada disso importava agora para ela, sua vingança seria concretizada.
O dia amanheceu como qualquer outro naquela região, estava ensolarado e sem nuvens.
No reino da lua, quando Luna acordou demorou alguns minutos para se lembrar de que os acontecimentos da noite passada não eram apenas sonhos.Se arrumou prontamente e desceu para tomar café da manhã com seu pai, certa que os estrangeiros já tinham ido embora, afinal ela se negou a se casar com Peter e eles já conseguiram o acordo, era o que ela pensava. Desceu as escadas e tomou um susto quando viu a família real estrangeira reunida na mesa ao lado de seu pai e de sua irmã. Se recompôs do susto e fez uma reverência aos monarcas de Estiviam
- Bom dia, majestades, bom dia papai, Aurora - Luna disse e se sentou ao lado de Aurora
- Bom dia, Querida. Rainha Nelly disse com um tom de deboche leve na voz
- Bom dia, Luna, está deslumbrante essa manhã - Peter disse a princesa que se segurou para não revirar os olhos em desaprovação, aquilo era extremamente forçado
- Houve algum imprevisto, majestades? Achava que iriam após o fechamento do acordo entre nossos reinos - Luna perguntou mudando de assunto
- Não, nenhum, só decidimos passar mais alguns dias por aqui, adoraríamos conhecer mais sobre o nosso novo parceiro, que é o seu reino, princesa - Dionísio respondeu de maneira simples
- Entendo, senhor Dionísio - Luna respondeu
- Filha, você poderia cavalgar com Peter hoje a tarde para mostrar o reino à ele, já que eu irei estar ocupado - Estêvão diz à luna
- Posso ir junto, papai?- Aurora perguntou
- Você vai estar na sua aula de história dos dons, filha- O rei respondeu
- Ah, é verdade, tinha me esquecido, obrigada por me lembrar papai - Aurora disse e abraçou o pai
- Não sabia que aqui se instruia tão cedo para isso, em Estiviam apenas deixamos fluir, quando chega a idade eles descobrem sozinhos - Dionísio comentou
- As coisas em Estiviam são diferentes, é outra região, outro continente, me impressiono de falarmos o mesmo idioma - Luna respondeu Dionísio.
- Nossas diferenças são maiores do que imaginam, querida - Rainha Nelly se pronunciou na conversa com seu habitual tom de deboche
- Se não se incomodam irei me retirar, tenho um reino para cuidar e Aurora, sua aula de etiqueta começa em vinte minutos, me acompanha Luna? Estêvão falou
- Claro pai, até logo Aurora, majestades, alteza - Luna respondeu e deu um abraço em Aurora antes de se levantar, reverenciou o rei e a rainha de Estiviam e apertou a mão de Peter
Luna acompanhou seu pai até a sala de reuniões
- Filha, meus guardas me informaram de outra feira ilegal, o que você acha que eu devo fazer? Eu sei que eu tenho meus conselheiros, mas você é a pessoa que eu mais confio.
- E se legalizassemos essas feiras? Cobravamos alguns impostos e estabeleciamos algumas regras do que pode ou não ser vendido, alguns guardas ficariam lá para caso alguém desrespeitasse as regras- Luna sugeriu ao pai
- Boa idéia, filha, sabia que podia contar com você, muito obrigada- Estêvão disse orgulhoso da filha
- É o meu dever te ajudar, um dia esse reino será meu, qualquer coisa que eu possa ajudar, eu estou disponível - Luna respondeu contente
- Agora vou elaborar mais esse projeto, e eu acredito que você tenha que escolher um vestido para o baile em honra a Hayley.
- Somos obrigados a ir? - Luna pergunta
- Claro que sim, o reino de Vênus é forte aliado, não vamos ficar lá por mais de três dias, está bem? - Estêvão tentou confortar sua filha, sabia dá má índole das princesas de lá
- Tudo bem, papai, eu entendo - Disse Luna enquanto abraçava seu pai
- Agora pode ir, filha, obrigado
Luna assentiu e saiu da sala
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Entre Reinos
FantasyDois reinos separados pelo rancor e medo Dois herdeiros destinados a mudar o rumo desses reinos E uma pergunta : Um amor seria tão forte a ponto de revolucionar um sistema?