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Dois dias depois, Jimin recebeu uma ligação, mas, antes que pudesse saber do que se tratava de fato, seu celular descarregou. — Droga! Merda! Inferno! — gritou e correu para buscar o carregador perdido atrás do sofá da sala de estar. — Liga! Merda... Quando mais de azar eu ainda tenho guardado? Eu tenho certeza que ouvi ela dizer "entrevista..." Droga, Jimin...

​— Que gritaria é essa, amor? Ainda é madrugada...

​— São nove da manhã, Taehyung! E acho que a mulher daquela cafeteria me ligou... E meu celular descarregou na hora! — voltou a gritar e rapidamente digitou o código de desbloqueio do seu celular, correndo para ligar de volta para o número desconhecido que o ligou. — Por favor... Funciona...

​— Acha que vão te chamar? — o de cabelo cinza e mais alto se aproximou do sofá e se sentou sobre uma das pernas, o olhando ansioso.

​— Não sei... Espero que sim?! Alô? Meu Deus, atenderam... Oi, é... Me ligaram desse número a pouco mas meu celular descarregou... Meu nome é Park Jimin...? Isso... Sim! Eu fiz uma entrevista aí há dois dias... Disseram que entrariam em contato se... Meu Deus, é isso? Estão "entrando em contato"? — Jimin levou a mão esquerda ao cabelo castanho escuro e o apertou entre os dedos. — Tudo bem, só um minuto... Taehyung! — afastou o aparelho e cochichou. — Anote para mim!

​Taehyung buscou o celular no bolso do robe que usava por cima do pijama e assentiu. — Fale. — Jimin o passou todas as informações de horário e documentos necessários para levar no mesmo lugar. Agradeceu diversas vezes e desligou o celular mais uma vez, com outro grito.

​— Eu consegui! — pulou em Taehyung no sofá o abraçou com toda a força que tinha, quase o sufocando.

​— Eu sabia, porra! Até que enfim... — Taehyung resmungou e o abraçou tão forte quanto. — Finalmente vai poder pagar a sua parte do aluguel. — riu e o empurrou de cima de si.

​Jimin fez uma careta triste e baixou os ombros. — Ela ainda não disse quanto seria o salário... Mas com certeza já é melhor que nada... Mas, sabe, eu preciso pagar o cartão primeiro, tudo bem? Depois acerto a minha parte e te devolvo as três que você pagou... Se não pagar essa merda eles vão sujar meu nome e aí já era todo o esforço da minha vida!

​— Tudo bem, bebê. Agora levanta essa bunda e vai logo tomar um banho e se arrumar! De nove pra meio dia é um pulo! — Taehyung se pôs de pé, assim como Jimin, mas seguiu para a cozinha enquanto o outro ia para o seu quarto escolher uma roupa. — Vou passar um cafezinho pra gente.


* * *


— É um prazer termos o senhor conosco agora, Sr. Park. — a mesma mulher de antes se levantou e estendeu a mão direita entre eles.

​— Muito obrigado, Sra. Kim. — Jimin apertou a sua mão e colocou a esquerda sobre elas, fazendo com que a mulher repetisse o gesto.

​— É senhorita. — ela sorriu e deu a volta na mesa, convidando Jimin a deixar a sala junto dela. — Não sou casada.

​Jimin assentiu e a acompanhou para fora do escritório e para as dependências do café. O mostrou a cozinha, onde chefs e confeiteiros preparavam bolos, tortas, salgados e diversos doces. O paraíso que era atrás do grande balcão e vitrines, onde ele trabalharia. As máquinas de café e creme, as essências maravilhosas e o caixa.

​— Atenção aqui, por favor... — Srta. Kim juntou as duas mãos e sorriu para os dois únicos funcionários, que se aproximaram para ouvi-la. — Este é Park Jimin. Ficará no lugar de Jinyoung a partir de amanhã. Então, por favor, o recebam bem e o ensinem tudo que sabem! Assim ele poderá ser tão bom quanto vocês. Bom... Bem-vindo, Jimin. O deixarei com eles um pouco e logo voltarão ao trabalho. Te vejo amanhã ao meio dia. — assentiu como um cumprimento e Jimin se curvou.

cotton candy {ji.kook}Onde histórias criam vida. Descubra agora