No segundo dia de treinamento de Jimin, este já estava começando a se habituar com o passo a passo das bebidas e até mesmo já tinha decorado alguns pedidos de acordo com o número. O número 1 era um café preto, expresso. O 4 era cappuccino. O 7 era chá gelado. O 8... Matte? Ou Talvez um americano? Ainda não sabia. Estava sentado em um dos banquinhos atrás do balcão, ouvindo Hoseok falar sobre a textura ideal do creme do cappuccino quando um novo cliente adentrou a porta de vidro.— Esse é seu, vai. Eu vou ficar aqui, mas não vou dizer nada... Só se você pedir por ajuda. E não tenha medo de pedir, certo? — ergueu o punho e sorriu, o encorajando. Jimin assentiu e levantou, passando as mãos no avental.
Cerrou os olhos, porém, quando o cliente chegou perto o suficiente para ser reconhecido. Jimin sequer conseguia acreditar. Olhou para a criança ao seu lado, apenas para confirmar, e não teve dúvidas. Eram eles de novo, Maria e o pai.
— Boa tarde. — disse mesmo assim, e fingiu não o conhecer.
O homem tombou levemente o rosto para o lado e sorriu, olhou para a filha, que carregava a mesma pelúcia de antes e voltou a olhar para Jimin. — Boa tarde... — estreitou os olhos para a plaquinha de papel provisória colada no avental e sorriu mais uma vez, deixando Jimin nervoso. — Jimin. Belo nome... Olhe, amor, o homem que salvou a sua vida se chama Jimin. Não é adorável? — se agachou e segurou a criança no colo. — Diga "obrigada, Jimin".
A menina com a dicção ainda enrolada e atrapalhada apertou a pelúcia nos dedos e disse: — Kamsalamida, Chimin.
Jimin torceu o rosto numa expressão de total desespero por tamanha fofura esbanjada por aquela criança. Sorriu e mordeu os lábios. —De nada, Maria. — ao perceber Hoseok os olhando com cara de total confusão, porém sem dizer nada, pigarreou e voltou ao foco. — Então... O que vai querer?
O homem, ainda sem nome, balançou a cabeça, se lembrando do porquê estar ali e olhou para o quadro atrás deles ao colocar Maria de volta ao chão e manda-la escolher algo da vitrine. — Dois número 8.
Jimin teve certeza que o número 8 não era nada do que pensava quando aquele homem pediu o mesmo para a filha pequena. Não podia realmente ser café. Assentiu e se afastou para preparar enquanto disfarçadamente checava e via que na verdade se tratava de achocolatado. Achou fofo o fato de aquele cara tomar achocolatado apenas para acompanhar a filha.
Agradeceu também pelo seu primeiro pedido se tratar de algo fácil e o preparou com cuidado, com medo de errar e, principalmente, querendo passar uma impressão diferente das anteriores para ele. Não só porque agora via o quanto ele era bonito, mas pelas duas situações constrangedoras que partilharam. Queria que ao menos lembrasse de Jimin como um cara que sabia preparar um simples achocolatado, e não um completo desastrado.
Hoseok o olhou de longe, conferindo tudo e vendo se estava deixando passar algo, mas tinha feito tudo certo. — Appa! Appa! — Maria o chamou enquanto batia o indicador minúsculo na vitrine apontando para um bolo de chocolate com pedaços de morango.— Tudo bem, anjo, agora venha aqui. — estendeu a mão para ela, que correu para segurar. — E uma fatia daquele bolo...
— Ele acompanha uma bola de sorvete de baunilha... — Jimin o avisou antes de abrir a portinha de vidro da vitrine e pegar o bolo para cortá-lo.
— Certo, pode por. Quer sorvete, amor? Hm? — a menina deu pulinhos e assentiu, ficando extremamente mais feliz que antes, fazendo o pai sorrir. — Então vá sentar... Escolha um bom lugar pra gente, tá? Eu já vou.
— Óká. — exclamou e correu mais uma vez para a primeira mesa vazia que encontrou, mas não conseguiu sentar, por ser muito alto.
— Meu Deus, como ela é fofa! — Hoseok não se aguentou e exclamou, apertando as próprias bochechas. O pai riu para ele e olhou por um instante para a filha o esperando.
— Aqui... — Jimin o entregou o prato com o bolo e sorvete e as colheres, colocou tudo numa pequena bandeja junto das bebidas e marcou a guia de consumo com a caneta antes pendurada em seu bolso do avental. — Mais alguma coisa?
— Não, só isso. Obrigado, Jimin. — repuxou os lábios apenas para um lado, num sorriso, e começou a se afastar, ainda de costas, antes de finalmente se virar e ir até a mesa. Colocou a bandeja sobre ela e se sentou em uma das cadeiras, trazendo Maria para o seu colo em seguida.
* * *
— Até mais, Jimin. — o pai de Maria sorriu de lado mais uma vez ao passar por ele, depois de ir ao caixa pagar pelos pedidos. — Acredito que nos encontraremos de novo, pela quarta vez.
Jimin baixou a cabeça, envergonhado, e assentiu. — Volte sempre!
— Voltarei. — sorriu mais uma vez e pegou Maria no colo, finalmente deixando a cafeteria.
Hoseok esperou o homem sumir da vista deles e o cliente que esperava o café ir embora para finalmente perguntar, curioso. — Qual é a desse cara? Você o conhece?
O menor dos dois parou de olhar as suas anotações no bloco de notas e o olhou, dando de ombros em seguida. — É uma história meio engraçada... — Jimin riu, sem realmente achar tanta graça assim. Lalisa chegou mais perto para ouvir. — Quando vim aqui para a entrevista, saí e fui para a praça ali da frente... E a filha dele estava sozinha, indo para a rua. E estava vindo um carro... Então eu a peguei. Acontece que ele achou que eu estava tentando roubar a criança... — riu de novo e cobriu as bochechas com as mãos. — E deixou ela sozinha porque estava flertando com a vendedora de algodão doce...
— Coitada da esposa desse cara. — Lalisa resmungou. — Vocês, homens, não podem ver um rabo de saia... Até a mulher do algodão doce!
Aí que Jimin pensou... Realmente, ele devia ser casado. Não lembrava de ter visto alguma aliança em sua mão, mas tampouco tinha olhado para procurar. Por um instante imaginou como seria a esposa dele, baseado nas características da filha deles, mas não conseguia. — Enfim... — Jimin voltou ao raciocínio. — E no dia que vim de novo, ele bateu com a porta do carro em mim, sem querer...
— Ogro! — Lalisa voltou a exclamar.
— Foi sem querer! — Jimin o defendeu. — Ele não viu que eu estava passando... E eu também não vi que tinha um carro ali.
— Hm... Sei...
— E agora nos encontramos aqui de novo... — finalmente terminou. — Está começando a ficar bizarro. E agora ele sabe meu nome... Mas eu não faço ideia do dele.
— Talvez seja o destino tentando juntar vocês. — Hoseok comentou pela primeira vez, após ouvir tudo.
— O que?! — Jimin o olhou.
— Quer dizer... Desculpe. Eu nem perguntei se você...
— É que o Hoseok acha que todo mundo é gay. — Lalisa o interrompeu e explicou.
— Ou bi. — Hoseok interviu. — Você é?
Jimin engoliu em seco e olhou para outro lugar que não o rosto dos colegas, deu de ombros. — Eu... — acabou rindo, nervoso, e assumiu de uma vez: — Dessa vez você está certo, eu sou gay. — antes que Lalisa pudesse fazer um escândalo além de um gritinho e palmas, Jimin continuou. — Mas não estou interessado. Quer dizer... Ele é bonito... Muito bonito. Mas não.
— E é casado! — Lalisa voltou a apoiar a tese de que o cara era um mal caráter infiel. — Não se misture com essa gentalha, Jiminie!
Sorrindo pelo apelido, Jimin balançou a cabeça e negou. — Não sabemos se é casado! Mas tem uma filha. É motivo o suficiente pra eu me manter afastado. Não quero uma criança na minha vida por... Pelo menos, pra sempre.
— Mas ela é tão fofa... — Hoseok murmurou lembrando das bochechas e do sorrisinho dela ao pronunciar o agradecimento a Jimin.
— Sim. Fofa. — Jimin respirou fundo e voltou a rabiscar no bloco de notas. — Ela está bem sendo fofa com o pai dela. E eu tô bem assim.
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n.aoii sz
postando mais um na eterna esperança de ainda lerem e de mais gente chegar por aqui ajjsjskkeksks ;((
espero que gostem e se chegou até aqui aperta a estrelinha que me deixa muito feliz !! 💘💘💘
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cotton candy {ji.kook}
Фанфикjikook¡parents onde jungkook se apaixona pelo cara que salvou sua filha