{t} 0.4

43 4 1
                                    

Ao final do seu treinamento, no primeiro dia de trabalho oficial, Jimin saiu por alguns minutos durante a sua pausa no meio do expediente e foi até a pracinha. Parte sua, era obrigado a admitir, esperava encontrar aquele homem lá de novo. Não porque queria o ver, mas porque estavam se encontrando por acaso tantas vezes que as chances de acontecer mais uma vez pareciam enormes.

​Sentou num dos banquinhos de madeira para apreciar o seu café e aproveitou para checar o celular rapidamente, não tinha nada além de duas mensagens de Taehyung o falando sobre algo na faculdade e uma corrente religiosa enviada por sua avó.

​Voltou a guardar o aparelho no bolso da calça de malha e olhou em volta para as poucas crianças brincando ali. Quando achou que tinha avistado Maria, uma mulher a chamou e a menina correu para os seus braços, a dando um abraço apertado.

​— Sentiu falta da mamãe? — ouviu ela dizer, sorrindo com o abraço carinhoso da filha.

​— Maria sentiu. — a criança respondeu na terceira pessoa, ainda a apertando, e Jimin teve certeza. Era Maria. E sua mãe.

​Ainda os olhando disfarçadamente, avistou o homem levantando de outro banco, afastado de si e perto das duas, indo até elas e a olhando com as duas mãos no bolso da calça. Não conseguiu ouvir o que ele disse, mas não parece ter sido boa coisa porque a mulher a colocou no chão e a mandou ir brincar na caixa de areia, onde estava antes. Assim que a menina correu de volta para o brinquedo, sua expressão se endureceu razoavelmente, comparada ao sorriso que tinha antes, e o encarou.

​Jimin se sentiu mal por estar espionando, ainda mais se tratando do clima pesado que estava começando a pairar ali, mas não conseguiu parar de olhar por cima do copo de papel, curioso. Lembrou de tentar enxergar alguma aliança na mão dele, apenas por desencargo de consciência e para dizer à Lalisa e talvez a convencer de que ele não era um mal caráter, apesar de ter preferido flertar à prestar atenção na filha. Apenas por isso. Não porque estava interessado... Porque realmente não estava. Mas... Se não fosse casado...

​— O que está fazendo aqui, Seulgi?

​— Eu te disse que viria.

​— Disse, mas... Por que?

​— Não estou afim disso hoje, querido. — a mulher chamada Seulgi ergueu a mão esquerda, livre de alianças, como se dissesse para ele parar com aquilo, com o tom levemente debochado ao chama-lo de "querido". — Vim apenas ver a minha filha, mas não se preocupe... Em vinte minutos você estará livre de mim de novo, tenho uma reunião com os acionistas da...

​— Não me interessa. — a interrompeu rudemente e olhou para a filha. — Ela está com fome. Leve-a para um café na Hope World. Vou esperar no carro.

​Ao ouvir o nome do lugar onde trabalhava, Jimin se engasgou brevemente com o café e se levantou num pulo, correndo de volta para atravessar a rua e adentrar o local. Hoseok estava sentado num dos bancos e conversava com Lalisa, que retirava o dinheiro do caixa, e o olhou assim que atravessou a porta.

​— Já voltou?

​— U-hum... — correu até o outro lado do balcão e olhou para o outro lado da rua, onde Seulgi vinha com Maria. — Deixe essa comigo. — completou vestindo o avental.

​— Essa o que? — Hoseok o olhou rindo e empurrou seu braço, ao tempo que as duas finalmente passavam pela porta. — Não é aquela...

​— Shh! — Jimin levou o indicador aos lábios e sorriu para a mulher vestida em uma saia e camisa sociais. — Boa tarde...

​— Hm... Boa tarde. — torceu os lábios e direcionou o olhar crítico à vitrine. Alisou o tecido da saia na cintura extremamente fina e suspirou. — Bombas e mais bombas de calorias... Maria, tem certeza que quer?

cotton candy {ji.kook}Onde histórias criam vida. Descubra agora