Capítulo 8

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Mariana

Depois de mais uma discussão com Thomas, a temperatura sobe muito. Não sei como começa, mas quando dou por mim, já estou enroscada nele.

O beijo que ele me dá, vai ficando mais urgente. Ele tira meu vestido, deixando-me somente com o biquíni, e eu aproveito e tiro sua blusa. Algo no fundo da minha mente diz que vou me arrepender disso, mas meu desejo por ele é tão grande que empurro todas essas questões para longe, só me concentro no momento, que é muito bom, por sinal.

Thomas desce a boca para o meu pescoço, onde crava os dentes e chupa com força.

— Você me deu um chupão? — pergunto, dando-lhe um tapa.

— É para você não se esquecer de mim — ele diz, rindo baixinho.

Seu riso morre, dando lugar a um gemido quando dou um chupão tão forte quanto o dele em seu pescoço.

— Direitos iguais.

Mordo onde chupei.

— Meu Deus, nunca imaginei você assim.

Pega impulso, segurando-me pelas coxas.

— Assim como? — pergunto, distribuindo beijos em seu pescoço.

— Tão safada... Você não está com vergonha ou com falsos pudores. Nunca pensei que você fosse assim — diz, observando-me.

— Nem eu. Eu não sou virgem, Thomas. Só tive um namorado e eu não senti um terço do que estou sentindo agora quando estava com ele. E olha que a gente ainda nem fez nada. Eu nunca falei tão abertamente assim, mas estou me sentindo à vontade para fazer isso — falo com sinceridade.

— Obrigado.

Quando abro a boca para perguntar o porquê, ele começa a caminhar comigo ainda enrolada nele. Leva-me para o seu quarto e me deposita na cama, logo ficando em cima de mim.

Com muita calma ele tira o short, ficando somente de sunga. O volume da sua excitação é bem visível, e isso me atiça, faz com que eu me sinta uma mulher de verdade. Decidida, coloco minha mão em seu membro e aperto. Ele geme baixinho e, em um movimento rápido, retira a parte de cima do meu biquíni, deixando meus seios expostos.

— Você é linda — diz, mordendo o lábio.

Suas mãos vão para os meus seios, acariciando-os. Não demora muito para a sua língua estar neles. Ele é experiente, sabe muito bem o que fazer e como fazer.

— Eu não estou aguentando mais, ruivinha, preciso estar dentro de você — fala com a voz rouca e carregada de desejo.

— Então não espera, vem logo! — ordeno.

— Você mandando assim é muito excitante! Gosto de saber que você não é tão santa quanto parece.

Ri ao pé da minha orelha.

— Idiota! Para de falar e vem logo, antes que eu desista.

A verdade é que, com o Thomas, eu não tenho vergonha. Tenho a sensação de que posso falar sobre tudo.

— Nem pense em desistir e me deixar assim! Porra, acho que nunca estive tão excitado. Está até doendo. — Faz uma careta.

Começo a rir, mas meu riso vai morrendo aos poucos, mudando para gemidos quando ele começa a me penetrar. Ele entra lentamente, fazendo-me sentir cada parte dele dentro de mim.

— Oh! Isso é muito bom... — falo, gemendo.

— Você é tão quentinha, tão gostosa. — Sua voz está rouca.

Ele começa em um ritmo lento, entrando e saindo devagar até que eu não aguento mais. Preciso dele por inteiro.

— Mais forte, mais forte! — suplico, fora de mim.

— Quer mais forte? — pergunta ofegante.

— Sim...

— Tudo que você quiser, minha ruivinha — concorda, investindo com força.

Para minha perdição, acaricia meu sexo, e é aí que eu não aguento e explodo num orgasmo. Eu não me sinto mais em meu corpo, é uma sensação única e totalmente diferente. Eu já cheguei ao clímax com o Caio, mas dessa vez é tão intenso que não tem como comparar.

— Ruivinha, eu... eu... — ele não consegue terminar, pois logo eu sinto um líquido quente dentro de mim, e sei que ele também encontrou sua liberação.

Ele desaba em cima de mim, distribuindo beijinhos pelo meu pescoço suado.

Então cai minha ficha. Droga, e a história de sermos só amigos? Ele é um "galinha", e eu simplesmente me entreguei de bandeja. Bastou ele me dar uma boa pegada, e eu já estou na sua cama. Como eu sou burra! Agora que eu fui para a cama com ele, tudo vai mudar, ele vai me ignorar, e eu vou perder meu amigo.

Tudo por causa dessa transa. Tudo bem que foi uma das melhores que eu tive, mas mesmo assim, a minha amizade com o Thomas não pode acabar só por causa de alguns minutos de prazer

— Caralho, ruivinha! Acho que dentro de você é meu mais novo lugar preferido — diz ofegante.

— Dentro de mim e de várias — penso alto.

Ele me lança um olhar chateado e sai de dentro de mim. Assim que ele sai, sinto sua falta. É como se ele se encaixasse em mim.

— Nossa, nós acabamos de ter um momento maravilhoso, e você quer trazer esse assunto agora?

— Momento maravilhoso? Você faz isso sempre, Thomas, e não só com uma, mas com várias.

— Sim, eu faço, mas eu nunca fiz com alguém com que eu me importasse de verdade. E acredite quando eu digo que me importo com você. Até mais do que deveria — ele diz a última parte tão baixo, que eu quase não escuto.

Sinto um pouco de culpa. Agora não é a melhor hora para entrar nesse assunto.

— Olha, você está certo, só me desculpa, tudo bem?

Faço carinha de cachorro.

— Com você fazendo essa cara, é quase impossível não te desculpar — diz, dando-me um beijo, e continua, sorrindo: — Agora vem, ruivinha, vamos tomar um banho, que ainda estamos cheios de areia.

— Eu estou com preguiça.

Deito-me um pouco longe dele.

— Vamos! — fala ele, puxando-me e me fazendo ficar de pé.

Na hora, sinto algo quente escorrer pelas minhas pernas, e vejo um rastro de esperma escorrendo entre elas. Olho para o Thomas, e ele está me encarando confuso.

— A gente não usou camisinha — explico em pânico.

— Você não toma pílula? — inquire com uma calma que me assusta.

— Sim, tomo.

Entretanto ainda estou meio atordoada.

— Então para de pensar tanto, e vamos tomar banho. Pode ficar tranquila, eu estou limpo e sei que você também está — diz, abraçando-me.

Fico calada, sem saber o que dizer. Nunca estive em uma situação dessa. Eu e o Caio sempre usamos camisinha.

— Eu vou encher a banheira — ele fala, dando-me um selinho.

— Você tem uma banheira? — indago surpresa. Um de meus sonhos sempre foi tomar banho em uma.

— Sim, eu tenho. Para você, tudo do melhor.

Pisca e vai até o banheiro. Quando ele sai, começo a pensar. O sexo foi bom e ainda não apareceu o clima estranho, mas e quando aparecer?

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