Prólogo: A História Antes Da História

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Todos os dias, antes de dormir, eu penso: sou uma bruxa.

Tudo começou num dia comum: duas figuras estranhas chegaram no orfanato e me deram mais informações que eu poderia absorver. No final da nossa conversa, descobri que era uma bruxa e desmaiei.

Daí minha vida mudou.

Conheci um mundo que eu só imaginava existir nos livros; bruxos, magias, animais fantásticos, coisas que voam. É tanta coisa que eu chego a ficar tonta. E o mais interessante: o bem e o mal também existem nesse mundo. Acho que o bem e o mal devem existir em todos os mundos. Uma questão de equilíbrio.

Na verdade, eu não sei até que ponto essa questão de equilíbrio é realmente essencial. Sabe por quê? Há alguns anos, um bruxo muito poderoso e igualmente perigoso achou que estava acima de todos.

Ou melhor, ele tinha a certeza de estar acima de todos. Causou uma guerra tão grande no mundo bruxo, e matou tantas pessoas que os bruxos temiam dizer o seu nome, ainda hoje, desde sua queda, há 15 anos.

Seu nome era Voldemort, contudo, você raramente escutará alguém corajoso o suficiente para falar o seu nome. Aqui no mundo dos bruxos, o que você irá ouvir é Você-Sabe-Quem, Lord das Trevas ou Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado. E sim, todos esses nomes se referem a mesma pessoa.

Como eu também não gosto desse nome, devido a todo o meu tenebroso passado, passado esse que envolve meus pais, também irei chamá -lo de Você-Sabe-Quem. Ficaram curiosos sobre o meu passado...? Bem, não fiquem, eu não consigo falar muito sobre isso, só o que vocês precisam saber é que eu moro num orfanato trouxa por conta de tudo o que aconteceu, incluindo a guerra que Você-Sabe-Quem criou na comunidade bruxa.

Ser abandonada não é uma coisa fácil. Passei minha vida vendo crianças de todas as idades chegando ao orfanato; seus caminhos até lá foram os mais diversos possíveis, depois de lá, também. Inclusive o meu.

Tudo aconteceu quando eu tinha 11 anos. Estava de férias na escola e aproveitava os dias correndo e brincando com os meus amigos. Até que uma das coordenadoras me chamou: a diretora queria falar comigo. Pensei: "Eu não quebrei nada dessa vez e ainda falta para a volta às aulas."

Entrando na sala, vi a diretora do orfanato e duas pessoas com roupas compridas: uma era uma senhora com óculos e coque. ELA USAVA UM CHAPÉU! O outro parecia um roqueiro, usava preto da cabeça aos pés. Eram a Professora McGonagall e o Professor Snape.

A diretora me deixou sozinha com eles. Assim que ela bateu a porta, a professora tirou um pedaço de graveto (que eu descobri depois que era uma varinha) e falou um negócio engraçado. O professor me mandou sentar.

Tudo o que eu ouvi ali, será algo que jamais irei me esquecer. Saber que havia uma razão para todas as vezes que me davam cenouras e elas se transformavam em chocolates; saber que aquela vez em que caí da escada, quando tinha sete anos eu havia sim levitado por alguns segundos, que não era fruto da minha imaginação, como todos os adultos na época me disseram, foi reconfortante.

Gostaria que tudo o que tivesse ouvido naquele dia me desse alegria, mas não, infelizmente não. Sempre imaginei que haveria um motivo para que os meus pais tivessem me abandonado, e como toda criança, sempre imaginei que um dia eles me buscariam. Naquele dia, descobri o porquê de me abandonarem, assim como descobri que jamais retornariam para me buscar.

Foi por aqueles dois professores, McGonagall e Snape que eu soube o que aconteceu no mundo bruxo, que eu soube sobre a Primeira Guerra Bruxa é o Menino - Que - Sobreviveu.

Desde a derrota de Você- Sabe-Quem, os bruxos se forçaram a acreditar que ele havia sido derrotado em definitivo. Contudo, há dois anos atrás, ele retornou (apesar de o Ministério da Magia viver abafando o caso).

Lumus Hogwarts - CONCLUÍDA/EM REVISÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora