Capítulo 14: Razão e Sensibilidade - Parte 02

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(...)

- Não chore... - Evangeline passou a mão nos ombros da ruiva. - Se apaixonar não é ruim.

- É no meu caso. Você deu sorte Evangeline, se apaixonou por quem "pode" se casar...

- Não é sorte, é destino. - A morena sorriu.

Sophie deu de ombros e Evangeline continuou:

- Soph, se for do seu destino, você vai casar com esse rapaz e tudo vai dar certo. Como pode não dar certo e você casar com ele mesmo assim...

- Bem... Eu estou me precipitando. - Sophie enxugou o rosto e forçou um sorriso. - Eu e o Pierre estamos juntos há pouco tempo... Com certeza não estamos nesse ponto.

- Nunca se sabe. Eu acho que tem tudo para dar certo.

- Você acha mesmo?

- Claro! Mas você só terá certeza quando ele conhecer a sogra, aí vai saber se é para valer ou não. - Evangeline riu.

Sophie não pode deixar de dar uma gargalhada.

- Muito bem noivinha espertalhona. - Começou a ruiva se recuperando, enquanto passava as mãos no rosto, virou-se para a futura cunhada. - Esse fim de semana não é sobre a minha vida amorosa, e sim a sua. - A garota enlaçou seu braço junto ao de Evangeline. - Haveria possibilidade de você ter alguma garrafa de um legítimo uísque de dragão escocês, no seu quarto?

- Você acha que eu ouso andar sem uísque de dragão escocês? - Indagou Evangeline, arqueando a sobrancelha. - Até parece que não me conhece... - A morena deu um sorriso de lado.

- Então vamos! - Sophie caminhava em direção à porta, guiando Evangeline. - Vou precisar lhe dar altas doses de uísque de dragão... só assim para você não desistir do bobão do meu irmão!

As duas garotas saíram do recinto, indo em direção à uma noite regada por altas doses de bebida e cantigas tradicionais escocesas.

(...)

No dia seguinte, Sophie ignorava que o fato de estar com uma ligeira ressaca, enquanto dava os retoques finais em sua maquiagem. Ela tinha de reconhecer que na noite anterior, bebeu uma quantidade astronômica de uísque, mesmo para os seus padrões.

- Bem, melhor do que isso, não fica. - Respondeu a ruiva se encarando no espelho. Apesar da cabeça latejando, a garota se parabenizava mentalmente, conseguira fazer uma boa produção.

Naquele dia, Sophie trajava um vestido longo de finas alças, na cor verde água, era esvoaçante com aplicações de renda ao longo da saia. Nos cabelos, a ruiva havia optado por deixá -los soltos, com um leve ondulado neles. A maquiagem era leve, já que seria um casamento diurno, e as discretas joias douradas complementavam todo o visual.

A jovem bruxa ainda estava sentada frente à penteadeira, no quarto de hóspedes do clã da família de Evangeline, os Sinclair. A ruiva olhava para o colar com o pingente de fada, não o usaria naquele dia, causaria muitas perguntas. Perguntas que naquele momento, a ruiva não sabia nem por onde começar a responder.

Soph deu um pesado suspiro, guardando o colar na caixinha de jóias que trouxera. De repente, a garota ouviu três batidas na porta.

- Posso entrar? - Uma voz dizia do lado de fora.

- Não! - Sophie brincou.

Ao invés de resposta, a porta se abriu. Era Ian.

Ian era o irmão mais velho de Sophie, na verdade o segundo mais velho, visto que, James era o primogênito. Ian era alto, ombros largos e relativamente forte, cabelos loiros médios e profundos olhos verdes, como os de sua irmã caçula.

Lumus Hogwarts - CONCLUÍDA/EM REVISÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora