(01 de 10) Sempre é hora de começar, ou recomeçar.

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Oi, tudo bem? Meu nome é Lucas, mas pode me chamar de Lu mesmo. E essa, meu amigo(a) é a história da minha vida, ou pelo menos, de parte dela.

Você obviamente já teve aquele sentimento de querer muito ficar com uma pessoa, mas se sentir tão inferior perante a beleza dela e perceber que nunca vai ter sequer alguma chance, pois tudo começou assim.

Eu estudava no colégio Brown, estava no ensino médio. E, em meu ano, sempre via uma menina linda, sentia exatamente aquilo que descrevi no parágrafo acima quando a via. Só que, nesse ano de classe, ela estava presente na mesma turma que a minha. Vocês não tem noção da felicidade que eu tive quando vi aquele nomezinho na lista de chamada inicial para aquela turma. "Clara de Lima" foi a salvação, senti um frio na barriga e um calor no coração, junto com o nome da minha melhor amiga "Maria Lima", mas relaxem, o sobrenome das duas é o mesmo, mas elas não se conhecem.

Agora você deve estar se perguntando: "Muito bem, que história boa... agora eles se batem, ela derruba os livros e ele a ajuda a juntá-los?" e a resposta é que NÃO! Esse foi exatamente o problema, se a gente tivesse se conhecido dessa maneira bonitinha, eu até agradeceria! Mas, na verdade, ficamos trocando olhares todas as aulas, aquela situação horrível em que você está observando a pessoa e, do nada, ela olha pra você também e nesse súbito momento você deve desviar o olhar (querendo estar em qualquer lugar menos ali, morrendo de vergonha).

Bem, eu nunca fui o menino mais popular do colégio e sempre preferi ficar na minha ao invés de ser que nem os outros idiotas que fazem de tudo para se aparecer e fortalecer o próprio ego, então era mais difícil de me enxergar no meio deles, também.

A Clara era muito linda, os cabelos castanhos dela com aqueles olhos verdes eram de ARREPIAR muito! Só que eu nunca teria uma chance com ela, sério, e ela ainda andava com esses meninos que descrevi no parágrafo de cima.

No Brown, uma vez por semana em algum horário pela manhã (que é o turno onde estudo) fazemos nossos exercícios físicos, toda a turma, no caso. O treino é muito pesado e, suamos pra caralho!

Estava eu lá, pleníssimo aliás, fazendo meus exercícios e suando igual um porco quando, de repente (sério me vem uma vergonha alheia só de contar essa parte), a Clara cai EM CIMA de mim e me derruba, vou repetir, ELA CAIU POR CIMA DE MINHA PESSOA COMIGO TODO SUADO.

Não era desse jeito que eu queria impressionar ela, principalmente na parte do fedor. Mas ela era tão cheirosa e quente, até mesmo fazendo exercícios... Enfim! A gente se desculpou e seguimos nossas vidas, até que no dia seguinte ela estava sentada sozinha em um dos bancos da escola e eu resolvi puxar assunto com ela, óbvio.

-Faaaala, garota do suor! —Eu disse.
-Ecaaaa! Nem me lembre dessa situação, credo foi muito nojento. —Falou Clara.
-Hahahah, desculpa! Mas não consigo te esquecer... beija minha boca? -Eu não disse.

Não, leitor, é óbvio que eu não disse isso. Preferi ser burro e falar uma coisa nada a ver com a situação e tudo ficou estranho.
-Simm! Suor é muito nojento, mas dependendo do caso é bom né... quero dizer, sempre ruim! Mas nada bom... enfim... ãhmmm... tchau. -Disse o retardado aqui, vulgo eu.

SÉRIO, QUEM DIZ "DEPENDENDO DO CASO É BOM"? EU SOU MUITO BURRO, MUITO, MUITO, MUITO! E eu simplesmente virei as costas e fui embora, sem nem olhar para trás, queria cavar um buraco na terra e me enfiar dentro.

Estávamos todos em semana de teste (provas, exames... enfim, como vocês falam no lugar em que moram! A propósito, estávamos no sul.) e vou parar de falar "estávamos" pois eu, Clara e minha melhor amiga Maria (que ainda não entrou na história, mas se acalma!) éramos da mesma turma então não há o porquê de ficarmos especificando toda hora.

Era o dia da prova de matemática e ninguém havia estudado, literalmente ninguém. Todos ficaram na expectativa da prova ser cancelada caso fossemos honestos com o professor falando que ninguém sabia o conteúdo, porém ele cagou para nós e aplicou a prova mesmo assim. Enfim, antes disso, pedi para a Maria me explicar umas questões da lista de exercícios em que eu estava em dúvida (para não dizer a lista toda, no caso) e logo após a Clara (sim ela mesmo) veio me perguntar os mesmos exercícios, amém Maria que salvou minha vida (e meu futuro relacionamento, espero eu, o mais iludido).

Após a prova, liguei meu celular e vi uma notificação que mudou o rumo inteiro dessa história, era dela (sim a pessoa com "C" que ando repetindo muito o nome aqui). Ela me disse para ir até a caixa de água do colégio (onde a galera se pega muito) e eu já fiquei com as expectativas altíssimas! Mas, quando cheguei lá, ela estava caída no chão, cheia de sangue. Não, essa não é uma história de terror e não há nenhum assassino à solta, porém aquela cena era digna de tal. E o motivo, bem, era assustador.
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Espero que gostem da história, estou me esforçando bastante para dar o meu melhor para vocês. -João Pedro B.

Talvez era uma vez!Onde histórias criam vida. Descubra agora