Meu Ex Melhor Amigo [ Krystoah ]

Capítulo 8

- Eu tô muito ferrado, merda. - comenta noah colocando as calças.

- Nós todos estamos ferrados. - Josh caminha de lado para o outro pensando o que fazer com a maconha que sobrou.

- Senhor Wang, abre a porta agora! - Rubens ordena sussurrando.

- Rubens, eu já estou indo.

- Sei que ele está aí, eu mandei a Doroti distrair os policiais, por favor abra.

Abro a porta.

- Certo. - ele coloca as mãos na cintura pensativo. - Noah senti a sua falta. - Rubens o abraça.

- Também senti a sua Rubinho. - diz Noah o abraçando.

- Agora eu quero que você saia pela janela e pule no teto do carro.

- Espera, que?

- Isso mesmo, não tem outra saída. Eu já pensei em tudo, não se preocupe. Depois eu quero que você, vocês dois - ele e aponta para mim e para Noah - me expliquem tudo o que está acontecendo.

- Agora me passem a maconha. - Rubens estende a mão.

Todos nos entreolhamos.

- Que? Maconha? - Josh pergunta rindo se fazendo de desentendido.

- Passem logo, eu sei o que aconteceu aqui na madrugada. - ele agita as mãos insistindo. - Rápido, antes que os policiais entrem aqui e pegam vocês com isso.

Josh então a entrega para Rubens que a guarda dentro do bolso de seu terno.

- Noah, te espero no carro. - ele diz antes de sair do quarto.

Vou até ao Noah e o abraço.

- Vai ficar tudo bem, logo nos veremos. - ele me tranquiliza me apertando em seu abraço.

Ele pega sua mochila e mala que estão jogadas no canto do quarto, verifica se não está deixando nada para trás, então pula pela janela caminhando pelo telhado a procura do carro.

- ... não está acontecendo nada senhor, é que o garoto é muito vaidoso e pediu um tempo para se arrumar e ele também está com visitas, então o quarto deve estar uma bagunça. - ouço Doroti subir as escadas com alguém.

Os policiais entram no quarto e começam a revistá-lo.

Logo atrás está o Dr. Urrea, o pai de Noah. Sua expressão é neutra, com seus braços cruzados e o caminhar lento. Ele olha para cada canto do meu quarto como um cão farejador.

Então seus olhos me encontram. De primeira ele somente fica me encarando de longe, nada transparece em seu rosto. Ele começa a morder o maxilar e então, o que pareceu lutar contra, começa a vir em minha direção.

- Garoto - ele limpa a garganta - se eu descobrir que você está escondendo o Noah. - ele olha para os dois lados antes de continuar falando. - isso não irá acabar nada bem.

- Eu não tenho medo de você. - digo com a voz firme.

Ele sorri.

- É bom ter garoto, você não sabe com quem está mexendo.

- Nossa, eu estou tremendo de medo. - digo com a voz tranquila e irônica.

- Veremos.

Ele então volta a caminhar pelo meu quarto farejando cada centímetro do cômodo.

- Então é isso, obrigado pela compreensão e pela deliciosa torta de limão Doroti. - Dr. Urrea agradece e se despede com um aperto de mão em Doroti.