Capítulo 4

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Chego na escola, mas com o ""imprevisto"", acabo chegando atrasada. Pego o papel da minha matrícula e procuro a minha sala, ela era a 302, no terceiro andar. Vou em direção às escadas quando trombo com uma menina " Ai, se enxerga garota", diz a mesma " Nossa, acho que o povo dessa cidade tirou o dia pra ser sem educação", retruco. Ela não dá a mínima, e desce as escadas. Continuo em direção ao meu destino e quando chego lá finalmente, a porta estava fechada. Com um jeitinho educado bato na mesma e a abro delicadamente " Com licença posso entrar?"digo e uma voz lá de perto do quadro, a da professora, responde " Tolerância máxima é de 5 minutos e pelo meus cálculos já se passaram 10, sem exceções depois que eu fecho a porta ninguém mais entra", " Desculpa é que hoje é meu primeiro dia e eu não sabia onde era a sala", "Sendo assim, venha até a frente e se apresente", ah pronto, só o que me faltava, esse mico, mas fazer o que não é mesmo. Me dirijo a frente da sala e começo a falar " Bom, meu nome é Elizabeth, mas prefiro que me chamem de Lizzie, cheguei na cidade antes de ontem e hoje é meu primeiro dia", a professora me interrompe " Chega, já é mais do que o suficiente, sente-se em algum lugar e não atrapalhe minha aula mais", decido não discutir mais sobre aquele assunto para não arrumar confusão, corro o olho sobre a sala rapidamente e encontro uma cadeira vazia no final do terceiro corredor e enquanto vou em direção a mesma olho para o canto esquerdo e não, não acredito, o sem educação que jogou água em mim estava ali, ahhh eu odeio essa cidade e as pessoas que vivem nela. Me sento e começo a prestar atenção na aula, tentando não me distrair com o sem educação.

O intervalo chega e todos começam a sair da sala, enquanto eu ajeito meus materiais, quando entra a menina que esbarrou em mim na escada, ela vai em direção ao sem educação e coloca a mochila dela na carteira do lado a dele. Não é surpresa se esperar que obviamente as 2 pessoas mais sem educação da face da terra sejam namorados. Fico ali pensando num instante comigo mesma quando sinto um cutucão nas costas, me viro e é a sem educação " Ei, você não é a menina estranha que brutalmente esbarrou em mim na escada?", e antes que eu pudesse me defender, aparece um menino muito lindo, alto, forte de cabelos claros e olhos escuros como duas jabuticabas, seria o tipo de menino perfeito para ser o namorado de alguém, ou seja, o meu, " Clarice, deixa de ser chata, você nunca olha pra onde tá andando e é você que sempre esbarra nas pessoas, além do que você estava matando aula e não quer que a professora Vivian descubra não é mesmo?" , " Chato é você Pablo, sempre tão certinho, só por que é representante de turma, acha que é dono de tudo isso aqui", mas antes que o príncipe encantado possa responder, o sem educação aparece " Clarice, vamos pro … " ele olha para mim fixamente e me reconhece de hoje mais cedo e eu fico muito envergonhada, dava para sentir o meu rosto corar, a gente fica ali por um tempo se encarando e eu rezando para que ele não revele do pequeno acidente, pois eu não aguentava mais confusões por hoje. E nessa breve troca de olhares, eu percebo que não tinha reparado nos olhos azuis piscinas lindos que ele tinha e nos cabelos pretos curtos e lisos. " Ei, estranha, para de viajar garota",a sem educação da Clarice fala e completa " Intervalo né Kevin?", com uma cara nítida de ódio, de quem tinha percebido o momento estranho ali. Ela puxa o mesmo e eles saem da sala. Então Pablo estende a mão pra mim e se apresenta " Ei, eu sou o Pablo, representante de turma e um ótimo amigo", " Tomara que sejamos mais que amigos" digo alto mas era para ter sido somente em pensamento "O que?" Ele responde rapidamente e eu finjo uma breve tosse e falo que foi nada, ele apenas sorri e deixa pra lá e naquele momento eu consigo sentir o meu rosto corando mais uma vez. 

Ele me estende a mão mais uma vez e dessa vez me puxa me levando em direção ao corredor. Pablo me apresenta todas as instalações do colégio, e logo após, voltamos para a aula.

O resto do turno escolar não tem muitos conflitos, tirando as encaradas estranhas do "casalzinho". 

Toca o sinal e nos retiramos de sala, eu procurando não arrumar mais confusões por hoje, me dirijo rapidamente a saída e vou atrás do meu ônibus para finalmente ir para casa

E"Lizzie"Onde histórias criam vida. Descubra agora