fourth "sorry"

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10/07/2016.

Digamos que essa data era para ser especial, afinal, era o aniversário de vinte e seis anos da minha namorada e o nosso aniversário de quatro anos juntas.

Oh, eu disse namorada? Desculpa, eu quis dizer ex namorada.

Alguns dias antes, 03/07/2016, eu havia tido um ataque de pânico.

Antes que você pergunte, não! Não foi Perrie que terminou comigo, eu que terminei com ela.

Eu não queria que ela me visse daquele jeito novamente. Eu já havia perdido a conta de quantos ataques de ansiedade e ataques de pânico eu tive durante o nosso relacionamento.

E eu odeio admitir isso, mas eu só estava atrasando a vida da Perrie com os meus ataques idiotas. Por que eu não posso ser normal e feliz?

Por que eu sempre tenho que estragar tudo de algum jeito?

Bom, eu preferi terminar com ela do que atrasar ela. Talvez agora ela posso ser feliz ao lado do Alex, afinal, ele é perfeito.

Pensar assim me dói. Eu estou atrasando a todos. Zayn, Niall, Perrie, mamãe, Leigh, Jesy e incrivelmente, Alex.

Sim, estou atrasando ele de ser feliz ao lado de Perrie, que também seria totalmente feliz com ele. Muito mais do que já foi comigo.

Ando até nosso antigo quarto — atualmente apenas meu — e me deito na gigante cama de casal que havia ali.

Droga, eu não consigo ficar sem ela. Porra Perrie, você me viciou em ti.

Meus dias tem sido tão vazios e solitários sem as suas risadas e seus esbarrões em algo aleatório da casa.

Levanto rapidamente da cama e calço um salto preto. Pego as chaves do meu carro e corro na direção do elevador.

Para que eu fui morar na porra do último andar de um prédio de vinte andares, ó Deus?

Assim que o elevador chega até a garagem, corro na direção do meu porsche e piso fundo na direção da casa dos pais da Perrie.

Quando chego, estaciono de qualquer jeito na frente da mansão e saio correndo do carro, o travando em seguida.

Corro até a porta e bato diversas vezes na porta, desesperada.

– Jade? - Debbie aparece na porta, parecendo feliz e confusa ao me ver.

– Debbie, Perrie está? - pergunto olhando para dentro da casa.

– Sim, ela está no quarto querida.

– Obrigada!

Passo correndo por Debbie e subo as escadas correndo, até encontrar a única porta roxa do corredor. Bato rapidamente na mesma, nervosa demais.

Será que ela vai me aceitar de volta?

Não, provavelmente não, ela deve estar puta com você.

Droga, você tem razão. Perrie deve estar muito brava e chateada.

Inferno!

O que eu tinha na cabeça quando decidi vir aqui?

Perrie Edwards - meu subconsciente responde.

Me viro para ir embora, mas quando dou o primeiro passo, a porta atrás de mim se abre e uma linda voz me acalma:

– Jay?

Me viro para trás apenas para encontrar Perrie com seu pijama roxo e olhos azuis arregalados.

– Perrie. - murmuro.

Perrie e eu ficamos nos encarando sem dizer nada durante um tempo.

– Entra. - ela diz de repente, me dando uma brecha para entrar no quarto.

Entro rapidamente e antes que ela se vire, eu tiro minha coragem do bolso e começo:

– Perrie, eu-eu sinto muito. Eu não queria ter terminado daquele jeito, mas para mim tinha sido necessário. Eu não aguentava sentir seu olhar de "pena" - faço aspas com as mãos enquanto olhava para o chão - sobre mim. Eu sentia aquele olhar sobre mim o tempo todo quando eu era criança e só queria não sentir ele de novo. Eu fui covarde, eu admito. - sussurro a última parte, deixando uma lágrima escorrer por meu rosto e deslizar pelo mesmo, até cair no carpete cinza no quarto da loira.

Ficamos um tempo num silêncio desconfortável, até que eu sento minha cabeça ser levantada por seus dedos e Perrie juntar seus lábios nos meus.

Fico sem reação por uns segundos, mas retorno à mim quando ela pede passagem com a língua.

Nós aprofundamos o beijo, enquanto eu puxava ela para mais perto, querendo sentir mais do seu calor.

Nos afastamos quando o ar se fez necessário, mas encostamos nossas testas, não querendo nos separar.

Olhei em seus olhos e acariciei sua bochecha. Eu tô tão arrependida por ter terminado com ela.

E foi só por isso que eu disse:

– Me desculpe.

Então, ela disse:

Está tudo bem babe.

Então:

– Você aceita voltar a namorar comigo?

E, bom, pela primeira vez, o meu "me desculpe" resolveu as coisas.

Mas talvez você não goste do porquê dele na quinta vez que ele foi dito.

Fifth "Sorry" | jat + pleOnde histórias criam vida. Descubra agora