24 de Fevereiro, Sexta-feira (Segunda Parte)

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Pronto! Eu aproveitei para pegar um pouco de pomada pra passar nas costas, claro que aonde realmente dói eu não alcanço! Tenho que ficar passando a pomada até sarar. Certo, aonde eu tava? Ah sim, Castiel e Lysandre.

"Então este isqueiro é seu?"- Pergunto.

"É"- ele responde.

"Armin e Helena vieram falar conosco perguntando se Castiel tinha isqueiro, não sabíamos porque antes, mas eles explicaram que era para o seu aniversário e então viemos buscar o isqueiro e desejar parabéns para você Nathaniel"- Lysandre sorri e estende a mão para um comprimento-" que seja muito agraciado durante sua vida."

Eu aperto a mão de Lysandre sorrindo, então Lysandre da um passo para o lado e Castiel vem a frente.

"Olha cara, eu realmente não curto você, de verdade, você é um baita dum nerd chato pra por..."- Lysandre o olha e então Castiel volta-" o que eu quero falar é que apesar de não gostar de você, desejo um feliz aniversário porque é uma data importante. É isso"

Ele pega o isqueiro da minha mão e vira as costas pronto pra ir embora.

"Castiel"- ele para na porta-" Valeu..."

Ele faz um gesto com a mão e sai, Lysandre sorri para nós e sai também, podemos escutar Castiel brigando com o Lysandre e então todos os meus amigos e eu rimos.

"Deus, hahahahaha"- Armin parecia que ia chorar-" ele brotou e sumiu como um pokémon lendário!"

"E pensar que os valentões tem seu lado fofo!"- Alexy ri.

"Nossa gente..."- eu começo feliz-" valeu por tudo..."

"Que nada, você merece!"- os gêmeos falaram.

O sinal toca e todos saímos, não sobrou nada do bolo, depois da parte das aulas eu estava indo na direção da sala do Grêmio quando passei perto da sala de música, eu fiquei parado olhando pra porta, então eu andei e bati, silêncio, abri a porta e não havia ninguém. Eu vi a bateria montada, dei uma olhada ao redor pra ver se não tinha ninguém no corredor e fechei a porta, sentei no banco da bateria e peguei as baquetas que a Elie me deu, olhei as duas e depois para a bateria, bati uma vez e não pareceu ninguém, aos poucos fui tocando e quando percebi minha mente estava em branco e eu estava me divertindo, quando parei de tocar escutei palmas. Lysandre estava na minha frente batendo palmas sorrindo, escondi as baquetas mesmo sendo inútil.

"Foi incrível Nathaniel, mesmo para um iniciante!"- ele diz.

"Valeu..."- eu digo sem graça.

"Desculpe se por aparecer sem avisar, mas eu estava vindo para o clube e escutei música, não pude deixar de assistir principalmente porque você parecia muito concentrado."- Lysandre se justifica.

"Relaxa Lysandre, eu que peço desculpas por entrar sem permissão..."- eu me levanto.

"Você é o presidente do Grêmio estudantil não precisa pedir permissão"- ele ri.

"Mesmo assim foi falta de consideração entrar e tocar o instrumento sem ser do clube"

"Então por que não se junta a nós?"- ele sugere-" Estamos sempre de braços abertos para novos membros mesmo!"

"Eu sou do conselho estudantil, não sei se daria conta..."- eu digo sem jeito.

"Pelo menos tente uma vez!"- Lysandre insiste-" Venha um dia como visita e se gostar entre se não, pode continuar apenas como presidente do Grêmio"

Lysandre estende sua mão com um sorriso, eu hesito, mas acabo apertando sua mão e sorrio. Não custa tentar né?

Depois da escola eu contei tudo para Elie, ela ficoi toda feliz e me apoiou. Quando chegamos na casa dela eu não queria ir embora...

"Obrigado..por hoje..."- eu sorrio.

"Disponha Nath.."- ela sorri e me da um beijo.

Ficamos um tempo na porta da casa dela assim, até que ouvimos o barulho da porta.

"Ah"- era a mãe da Helena-" oi Nathaniel!"

"Boa tarde"- eu sorrio.

"Helena você não me disse que ele viria!"- ela repreende a filha.

"Ele só veio me acompanhar até em casa..."- Elie diz sem jeito.

"Mesmo? Não quer entrar? Temos biscoitos saidos do forno!"- ela ofereceu.

"Sinto muito, terei que recusar..."- eu digo cabisbaixo-" preciso ir pra casa..., Até"

As duas me deram tchau e eu fui me arrastando para casa, chegando em casa meu pai estava na sala então quando ele me viu segurando várias sacolas ele se levantou e veio até mim.

"O que é tudo isso?"- ele perguntou.

"Presentes dos meus amigos"- eu respondo calmo.

"Por que?"- ele pergunta autoritário.

"Vários eventos aconteceram no dia do meu aniversário e eles comemoraram hoje..."- disse rápido.

"Me mostre"- ele diz baixo.

"O que?"- eu não escutei.

"Me mostre as sacolas agora!"- ele diz firme.

Eu entrego as sacolas hesitante com medo do que ele pode fazer. Ele começa a olhar as sacolas e então encontra as baquetas que a Elie me deu.

"O que é isso?"- ele pergunta analisando as baquetas.

"Baquetas"- eu respondo como se fosse óbvio.

"Mas você não toca bateria!"- ele me olha firme.

"Mas eu gosto do instrumento e me deram essa baqueta"- eu sou sincero.

"Mas você não pode tocar bateria!"- ele disse grosso.

"Por que?!"- eu levanto a voz.

"Porque isso não tem nada haver com a nossa classe, bateria? Ah que instrumento mais vulgar e repulsivo! Isso aqui é inútil você não vai usar!"- ele segurou as baquetas uma mão em cada lado, não, ELE VAI QUEBRAR!

Antes que ele pudesse fazer qualquer movimento eu peguei as baquetas da mão dele.

"Você não vai quebrar!"- eu ponho as baquetas atrás de mim-" Elas são um presente!"

"Quem pensa que é pra me responder?!"- ele se aproxima de mim.

"Uma pessoa que gosta de coisas assim como toda pessoa normal gosta, instrumentos não tem classe nenhuma qualquer um pode tocar instrumentos!"- eu respondo.

"Vou te ensinar a me respeitar moleque!"- ele levantou a mão e começou a me bater-" Você mora na minha casa, come da minha comida e ta me respondendo?!"

Eu tentava me defender e os presentes, teve uma hora que consegui pegar minhas coisas e correr pro quarto, senti muita dor quando fui tomar banho, ficaram marcas novamente, fala sério...foi então que a Ambre apareceu aqui querendo meus livros, eu dei um qualquer pra ela sem paciência e vim escrever porque sinceramente isso está me irritando e eu não posso fazer nada! Eu posso apenas vim desabafar aqui...e agora tenho que terminar de passar a pomada porque isso não para de doer, mas o machucado pior eu não alcanço, droga como dói!

O mundo do menino perfeito? - O Começo de uma vida escolar nada perfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora