26 de Fevereiro, Domingo

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Eu sei, eu sei, eu sumi por um dia todo, mas sabe quando você para e pensa "mano será que as coisas tem como piorar?" e sim, TEM COMO!

Eu fui pra escola todo dolorido, levei a pomada para ficar passando quando desse, ontem foi dia de simulados e eu tinha coisas do grêmio pra resolver. Quando cheguei no portão olhei ao redor para ver se meus amigos não estavam, preciso evita-los porque caso um pule em mim ou bata nas minhas costas já era! Tentei ser o mais discreto possível, mas...

"BOM DIA, NATH!"- Elie brotou de algum lugar e pulou no meu pescoço.

A dor que senti naquele momento foi horrível, sem contar a cara que eu fiz!

"Aahhh!"- eu tentei segurar o grito, mas sai um pouco.

"O que foi Nath?"- Helena se solta de mim e me olha preocupada-" Eu te machuquei???"

"Não, eu só dei mal jeito nas costas, logo melhora..."- eu sorrio amarelo.

"Ah então..."- ela ia falar algo, mas ela para do nada e fica olhando algo e depois me olha de novo-" vem comigo"

"Que?"- não tive tempo, ela ja foi me arrastando em direção ao ginásio e depois ao vestiário.

"Tira a camisa"- ela disse séria.

"O que?"- eu fico confuso.

"TIRA A DROGA DA CAMISA!"- ela manda mais séria.

"Não..."- eu resmungo.

"TIRA LOGO"- ela pula em mim tentando levantar minha camisa.

"ESPERA...!"- mas ela viu...mesmo depois de eu tentar me afastar ela conseguiu levantar o suficiente pra ver...

"Por...que...?"- ela parecia em choque-" Ele fez isso de novo!"

"Elie, calma, eu estou bem..."- eu tento acalma-la.

"NÃO! NÃO ESTÁ NADA BEM!" - ela começa a surtar-" ESSE HOMEM PODE SER SEU PAI, MAS ELE NÃO PODE TE MALTRATAR ASSIM NATH!"

"Eu já estiu acostumado, não tem problema..."- eu digo.

"ESSE É O PROBLEMA NÃO PODE SE ACOSTUMAR COM ISSO!"-ela falava alto.

"Shhhhh, fale baixo Elie!"- eu pedi olhando pros lados-" Ninguém pode saber disso ou minha família já era!"

"Mas Nath..."- ela tentou falar, mas a interrompi.

"Mas nada!"- eu digo e suspiro pegando a pomada na minha bolsa-" Já que estamos aqui, pode me ajudar a passar pomada? Há lugares que não alcanço..."

"Claro..."- sentamos no banco e ela começou a passar a pomada.

Um silêncio ficou até ouvirmos o sinal.

"Vamos"- eu falei.

"Ok..."- ela devolveu a pomada.

"Obrigado"- eu sorrio pra ela.

"De nada..."- ela foi andando.

Será que fui duro com ela? Não saberia dizer. Fui pra sala e fiz os simulados, foi bem exaustivo, e estava sem vontade de ir pra casa, na hora da saída não vi meus amigos em lugar nenhum o que me deixou mais desmotivado ainda. Porém quando cheguei em casa eu vi uma viatura parada no portão falando com a minha mãe, corri até ela preocupado.

"Mãe o que houve?"- eu pergunto.

"Levaram seu pai..."- ela chorava.

"O que?"- eu estava confuso.

"Receberam uma denuncia anônima sobre seu pai e então eles apareceram e então.... então...."- ela entrou dentro de casa.

"Com licença"- um policial se vira pra mim-" Você é parente deles?"

"Eu sou filho deles"

"Posso ver suas costas?"- o policial pergunta.

Eu me sinto desconfortável, mas decidi obedecer, levantei a camisa e o policial olhou.

"Certo, pode abaixar a camisa"- ele falou e eu obedeci-" você e sua mãe vem pra delegacia com a gente"

"O que?..."- eu não conseguia entender...

"Veremos com os advogados e o que o juíz dirá sobre esse caso"- então eu e minha mãe entramos no carro.

Minha mãe falou sobre a Ambre e os policiais disseram que irão trazer ela depois.

Fomos rpa delegacia e meu pai estava usando algemas, quando ele me viu seus olhos se encheram de ódio.

"Você...."- ele começou e se kevantou-" FOI VOCÊ NÃO FOI?"

"ÓBVIO QUE NÃO, EU CHEGUEI EM CASA E TINHA UM MONTE DE POLICIAIS EM CASA! EU TAVA NA ESCOLA FAZENDO PROVA!"- eu respondo.

"Silêncio!"- um policial aparece-" Cada um irá entrar na sala de interrogatório, um por vez, garoto, você vem, seu pai ja foi"

Eu entrei na sala, era exatamente como nas séries que eu assistia, eu estava nervoso...

"Olha, não se preocupe so iremos fazer algumas perguntas ok?"- o policial sentado fala me olhando.

"Certo..."- eu respondo olhando pra todos os lados.

As perguntas foram simples e eu respondi todas, depois que sai foi minha mãe, e depois que a Ambre chegou foi ela. No final esse caso iria a julgamento no dia seguinte, fiquei surpreso de ter sido tão rápido, mas não questionei. Meu pai passou o dia na cadeia enquanto voltavamos pra casa. Quando cheguei, eu corri pro quarto e pulei na cama, mas que droga que aconteceu aqui?! Espera, espera um minuto... SÓ TEM UMA PESSOA QUE SABIA SOBRE ISSO: HELENA!

Helena não adianta esconder, eu sei que foi você que falou pros policiais sobre meus problemas de casa pq só vc sabia! E agr meu pai ta preso e irei para um tribunal amanhã pq vc se meteu, eu confiei em vc Elie! EU CONFIEI EM VC!*

Hesitei em apartar o botão enviar, mas acabei o fazendo, desliguei o celular e fui dormir, e quando acordei hoje tive que direto para o tribunal, depois de umi loooooongo tempo que pareceu uma eternidade lá dentro o que foi resolvido foi o seguinte: serei emancipado e viverei em uma casa ou apartamento de minha escolha dos meus pais, eles terão que pagar pelas minhas despesas até eu conseguir me virar sozinho, meu pai vai ficar um tempo preso e bom...seria isso, hoje não oerdi tempo e fui procurar um apartamento pra morar eu tenho algumas opções já, mas...como o espaço está acabando então me despeço aqui meu amigo, foi bom ter você como meu companheiro. Viu como a minha vida não é nada perfeita? Até uma próxima meu amigo, quem sabe...

O mundo do menino perfeito? - O Começo de uma vida escolar nada perfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora