C I N C O | Só se for o do elefante

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— Zach me contou de você e Aidan.
— O que ele poderia te contar se não temos nada, Gretchen?
— Ele disse que você e ele chegaram atrasados e suados.
— Atraso e suor são sinônimos.
— E chegar juntos?
— Aidan está me dando carona para a escola. Gretchen coloca uma mecha de cabelos atrás da orelha.
— Você deveria comprar uma bicicleta como eu.
A minha amiga é uma garota anti-automóveis. Ela sempre diz que o escapamento deles produz mais mal do que serial-killers em cidades pequenas. Talvez ela só pense isso porque não sai quase de casa. Mas sei que está certa.
— Vou comprar uma no próximo verão.
— Ótimo! Podemos juntar nosso dinheiro e comprar uma daquelas para duas pessoas.
— Eu acho que o equilíbrio não deve ser tãon bom. Sabe, a gente pode acabar atropelando alguém... algum animal. — invento uma desculpa. Gretch retorce o nariz.
— Você tem razão.

— Eu posso te dar carona às terças e quintas

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— Eu posso te dar carona às terças e quintas. — Jimmy oferece, durante a aula de design gráfico.
— Como você sabe que eu preciso?
Ele não responde, apenas desvia o olhar para um ponto vazio. Movimento minhas mãos à sua frente, o forçando a me encarar. Seus olhos verdes escuros me encontram.
— Você quer?
Jimmy Seigel é intimidador quando quer. Suas blusas quadriculadas costumam passar uma sensação de conforto quando você está perto dele e o perfume amadeirado que combina com o cabelo castanho o deixam atraente. Mas nesse momento, ele não é nada menos que intimidador.
— Sim.

— Falei com Aaron, ele ficou meio puto quando descobriu que eu estava dispensando os treinos para dar caronas

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— Falei com Aaron, ele ficou meio puto quando descobriu que eu estava dispensando os treinos para dar caronas. Também disse que se eu gostava tanto, deveria começar a ser taxista. Mas no geral, aceitou muito bem e agora vou ter que ir nas quartas e sextas. Acho que ele Aaron ficou tão chateado porque ele vai ter que falar isso para o resto do pessoal. — Aidan.
— O que?
— Você não precisa abrir mão mais dos seus treinos. Eu arranjei carona.
— Como assim? A gente tinha combinado. — completamente confuso, ele segura meus ombros.
— Não, você dispensou, mas eu agradeço pelas caronas de manhã.
— Não acredito. Eu estou certa, mas me sinto errada e culpada, ainda mais depois que Aidan me dá as costas. Me deixando sozinha naquele corredor cheio de pessoas.
— Ei. Você pode me levar para casa?
Isso poderia ser afrontoso e patético, porém eu estou aqui, na janela do carro de Aidan, no estacionamento, pedindo para entrar em um lugar que eu sei que vai me deixar desconfortável.
Ele destrava as portas. O carro do seu pai é tão limpo quando um novo e tem cheiro de Aidan. Eu gosto daqui, porém a atmosfera inebriante do perfume dele faz com que eu me sinta ainda mais atraída.
— Eu estava te esperando.
— Não fica chateado comigo. Deve ter sido chato pedir algo para depois não precisar e eu entendo. Você já tinha dito não e eu precisava muito, então não fica chateado comigo. Ele apenas sobe as janelas do carro, clicando no botão do ar-condicionado.
— Eu gosto de você, Aidan. Eu gosto da sua companhia. Você faz com que eu me sinta confortável perto de você. E eu não quero que você fique chateado por algo assim.
— Quem é o seu novo parceiro de carona?— Jimmy Seigel. Você quer cereal amanhã? Eu trago para você.
Um cantinho de seus lábios se movimenta minimamente, fazendo com que o aperto no meu coração diminua.
— Só se for o do elefante.
— Do elefante, entendido.
Pelos próximos quinze segundos, ficamos em um silêncio brutal. É brutal porque a sensação de tensão se espalha mais pelo local, nos envolvendo, o que me dá apenas vontade de abraça-lo.
Então, Aidan move suas mãos bonitas para a alavanca e as coloca no volante, saindo dali. Clico no botão de ligar o rádio. E foi nesse momento em que tudo piorou porque começou a tocar Kiss me do Sixpence None The Richer. Fazia tantos anos que essa música não tocava.
E agora, eu sinto vontade de simplesmente rastejar pelo pouco espaço que há entre eu e Aidan e o beijar. Encosto meus joelhos, pousando as mãos sobre eles. Tudo bem, vamos apenas observar a vista pelas janelas. Eu consigo. Esse não é o caminho da minha casa. Aidan entrou em uma rua pouco movimentada, perto da escola.
— Você tem algo para fazer aqui? A sensação de cócegas na minha barriga sempre acontece quando eu fico tão nervosa que sou incapaz de qualquer coisa, mas ela se intensifica quando Aidan se inclina em minha direção e me beija. Ele pousa seus polegares no meu maxilar, o acariciando, enquanto a tensão entre nós se dissolve à medida em que movimentamos os lábios.Não importa o esforço que nossos pulmões fazem para conseguirmos continuar. Não temos mais fôlego.
— Me beije. — ele resfolega, sussurrando, em uníssono com a voz da música. Eu beijo.

FATOS SOBRE AIDAN O'CONNELL: • Ele gosta muito, muito mesmo de beijar

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FATOS SOBRE AIDAN O'CONNELL:
• Ele gosta muito, muito mesmo de beijar. E faz isso muito bem.

 E faz isso muito bem

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Fatos sobre Aidan O'ConnellOnde histórias criam vida. Descubra agora