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Leah achava, que de todas as pessoas do mundo, ela era a mais azarada. Havia uma porção de coisas que ela odiava, mas naquele exato momento, sentada na sala de estar de Sam enquanto via Emily lentamente acariciá-lo nas costas, Leah odiou a própria existência. Odiou principalmente, qualquer que fosse a entidade que a amaldiçoou ao destino cruel ao qual estava acorrentada desde nascença.  

Odiou seu pai pelos genes que tinha e sua mãe, por ter o escolhido. Odiou Sam Uley por ser fraco e Emily por sequer hesitar em amá-lo. Ela sabia, por experiência própria, que era fácil amar Sam.

Ela também sabia, pelos olhos de Sam, que era inevitável que ele amasse Emily. Sua prima, por anos, sua melhor amiga também. 

Parte dela, entendia perfeitamente a magia do Imprinting, a magia milenar mais ridícula de Leah já viu. Ela podia ver de camarote quais eram as sensações que o lobo sentia ao imprimir em sua companheira, ela via pelos olhos dos irmãos de bando que eles se tornavam tudo o que elas precisassem. Amigo, companheiro, namorado, marido, seja o que fosse, o mais ridículo que fosse, eles fariam. 

Seria uma mentira dizer que não queria sentir o mesmo. Alguém que faria de tudo para vê-la feliz? Ela queria sim. O tempo todo. Nada dos sentimentos e pensamentos que tinha a satisfaziam, ao contrário do que todos pensavam. Ela não se sentia feliz com a própria amargura e raiva. Não se sentia feliz com tanto ódio acumulando em camadas dentro dela, fazendo com que lentamente cada sonho e desejo morresse sem esperança. 

Leah estava cansada. De tudo ao seu redor, da sua magia, dela mesma. Leah estava exausta. E se pudesse escolher, jamais acordaria novamente para ver todos os seus sonhos reduzidos a uma casca vazia e uma vida previsível e pré determinada. 

Seria sempre uma loba solitária, enclausurada à praia de La Push. 

Sua mãe sempre disse a ela que quanto mais escalasse, maior seria sua chance de cair. Leah nunca achou que ao escalar os seus sonhos de adolescente cairia tão duramente em uma realidade cruel. Seu coração partido, sua liberdade perdida, suas escolhas corrompidas e seu destino cruel à vista. 

— Leah? — A voz de Sam à trouxe mais uma vez à vida e Leah ergueu os olhos, percebendo só então que ainda encarava a mão de Emily sobre as costas de Sam. Os olhos de ambos transmitiam culpa e pena, duas coisas que Leah odiava ver nos olhos de quem quer que fosse, mas principalmente no deles.

— Sim? — Ela ergueu o queixo, desviando os olhos para encarar o rosto de Sam com o máximo de força que tinha para não revirar os olhos e transparecer o descaso que possuía em relação ao seu alfa. 

Human ➶ L. ClearwaterOnde histórias criam vida. Descubra agora