Carolyn estava no auge de sua felicidade, casa nova, seis meses de aluguel já pagos, estabilidade no emprego, ela estava vivendo tudo o que sonhou.
O sedan azul podia não ser seu carro dos sonhos, mas o apego sentimental que ela tinha com o carro não tinha preço. Se recordava de todas as férias com sua família onde os Warren iam acampar ou viajar sem rumo pelo país. Ela não podia negar, tinha a melhor família do mundo.
A garota olhou pelo espelho acima de sua visão pela milésima vez, checando se sua mala e duas caixas ainda estavam intactas acima do banco de couro. Logo após o pequeno check-up aproveitou pra olhar o pequeno relicário em seu pescoço, onde estava a foto de sua família.
Tirando o colar de si, pode olhar atentamente pra foto que ali estava, já que o trânsito infernal fazia questão de frustrar a garota a colocando no caminho de todos os sinais vermelhos.
Sua mãe Margareth sorria na foto, como sempre, ela era uma romântica das antigas parecida com uma pintura saída de umquadro. Steve o pai carregava da mesma nostalgia, como se os dois estivessem fora do tempo, vivendo apenas o amor deles.
Carolyn teve que afastar os pensamentos quando o trânsito voltou a fluir como devia ser, sem mais nenhum engarrafamento ou indesejados sinais vermelhos.
Demorou mais algumas horas pra ela finalmente chegar na casa que resolveu alugar, mas logo a garota estava lá. Ao sair do carro estranhou não haver ninguém pra recebê-la ou explicar algo a mais, mas também não se importou, apenas tateou o bolso a procura das recém recebidas chaves prateadas.
Ao assegurar que estava pronta pegou a primeira caixa do carro e desatou a caminhar, ela estava exausta, seu plano era apenas guardar as caixas e dormir afinal o caminhão de mudanças chegaria apenas amanhã com seus móveis e as coisas mais pesadas.
Meio desajeitada conseguiu se apoiar na porta com os ombros e abrir a mesma.
Lar doce lar!
Era o que se passava na mente dela antes de dar o grito mais escandaloso de toda sua vida.
Um homem magro de feições duras estava deitado em um sofá mal alinhado desprovido de quase todas as vestes, ele usava apenas uma boxer branca que mostrava mais coisas do que devia.
— MAS QUE INFERNOS VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI?
A voz esganiçada assustou o homem e até mesmo Carolyn, ela nunca tinha falado dessa maneira com ninguém, mas agora estava a beira de uma síncope.
Olhou ao redor pra ver se não tinha cometido nenhum engano mas era a mesma sala espaçosa que era dividida com a cozinha apenas com uma bancada.
O homem ainda estava calado, Bill olhava pra garota furiosa à sua frente, ela tinha quase a mesma altura que ele, o que lhe causou certa estranhesa, ela era intimidante, mais ainda com aquela caixa na mão.
Poderia portar uma arma, ou uma faca ele pensou, mas tentou se manter calmo com a situação.
— Olha, acho que cometeu um erro senhorita, eu moro aqui faz uma semana, o contrato é a prova se quiser ver. — Bill tentava manter a voz calma, ele sabia o quão intimidante podia ser sua aparência algumas vezes e ele não queria confusão.
A garota que até então ele não sabia o nome deixou a caixa no chão tirando dela alguns papéis meio amassados e em sua mão estava a chave.
O homem caminhou mais alguns passos até pegar o que ela lhe estendia, o contrato de aluguel pago, e mais seis meses adiantado.
— Eu encontrei em um site de aluguel, era tudo muito certo até visitei a casa faz uns 20 dias, fiz tudo legalmente. — Carolyn tentava explicar pro homem que ela jurava ser familiar mas ignorou o detalhe, queria resolver logo esse impasse e descansar em sua nova casa.
Sem dizer nada Bill entrou, em alguns segundos depois ele volta pra sala encontrando a garota parada no mesmo lugar, apenas com uma expressão mais impaciente do que instantes atrás.
— Olha, meu nome é Bill Skarsgard, está no contrato de aluguel, não sou um golpista ou coisa do tipo.
Calmamente a garota pegou o papel lendo apressadamente todas as palavras ali escritas, que era exatamente igual ao de seu contrato.
Carolyn ficou calada por alguns segundos, tentando processar em sua mente tudo o que estava acontecendo.
Ela finalmente seria uma mulher livre e indepente e agora um homem lindamente estranho estava na sua frente alegando que também alugou a bela casa.
A mente dela parecia um furacão, Bill apenas a olhava admirando a garota, em toda sua vida ele nunca encontrara uma mulher tão bonita e segura de si.
A maneira que ela mordia os lábios ao pensar e como batia o pé no chão de três em três vezes, era algo a ser visto como toc mas pra ele era a coisa mais charmosa do mundo.
— Minha única teoria é que caímos em um golpe — a voz de Bill sôou novamente quebrando o silêncio o que fez a garota abrir a boca em um grande O, mas ela pensava em outra coisa a não ser o golpe.
— Espera...você é o palhaço maldito lá daquele filme do demônio!!
A frase um pouco alarmada arrancou uma gargalhada de Bill, já era de se esperar que em algum instante ela o reconhecesse, mas ele não esperava que fosse dessa maneira.
— Sim, mas só Bill está bom. — o sorriso gentil no rosto de Bill fez Carolyn sorrir junto, ela não imaginava que o homem por trás do traje assustador e da maquiagem demoníaca era tão bonito.
"PARA DE PENSAR NISSO GAROTA" — A mente de Carolyn gritava com ela, a obrigando a manter o foco na situação problemática à sua frente.
— Carolyn. - ela estendeu a mão ao notar que até o momento não tinha se apresentado formalmente ao homem.
— Acho que, temos um grande problema pra resolver Bill.
— É, nós temos.
OLHA QUEM VOLTOU!!
Eu sinceramente estou amando escrever essa shortfic, e de coração espero que gostem, dêem estrelinha e comentem.
Amo vocês ;)
Bjs da Tia Padawan
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10 Rules ● Bill Skarsgard
FanfictionRule #1 Don't touch my fucking things bizarre clown!! Carolyn Warren não podia estar mais irritada, quando finalmente tem a chance de morar sozinha, um homem que até então só assombrava seus pesadelos depois de ver o maldito filme de palhaços agora...