Capítulo 4 - Revisado

1.6K 155 29
                                    

ENTREVISTANDO O DEMÔNIO

. Cap 4 .

- Insemnia_

.

.

Dizer que o Diabo me persegue seria exagero? Bem, ele está no mesmo lugar em que consumo estar. Pensando bem, ele tem o poder de ler mentes, afinal, o que ele faria por aqui?

Olhei para ele mais uma vez, Hinata minha amiga que a pouco chegou já estava estranhando meu mal-estar.

ㅡ O que aconteceu, Sakura? Parece ter visto um fantasma. ㅡ Questionou seguindo meu olhar, não me pronunciei apenas permaneci olhando-o.
ㅡ Não me diga, quer pegar aquele homem? Meu Deus! ㅡ Disse em um tom safado, revirei os olhos e olhei para ela.

ㅡ Ele é o homem que falei. ㅡ Bebi um gole de meu café, tentei o ignorar mirando os olhos para a vitrine da cafeteria.

ㅡ Será que ele está te seguindo? ㅡ Disse simples encarando o prato com algumas rosquinhas em cima.

Balancei minha cabeça negando sua pergunta, olhei para ela e estendi o prato para que ela se servisse.

ㅡ Hmm... Talvez seja o destino unindo vocês. Sabe o que ele faz?

ㅡ Não faço a menor idéia, além de dizer que é o Diabo. E tu, sabe quem é ele? ㅡ Recebi uma resposta negativa, com um suspiro longo olhei para a mesa do mesmo e ele já não estava mais lá, credo.

ㅡ Bom dia! ㅡ A voz máscula e firme fez meu corpo se arrepiar, o café que ainda estava em minha boca desceu com dificuldade pela garganta causando uma leve crise de tosse.
ㅡ Tudo bem, Sakura? ㅡ Perguntou olhando-me de cima a baixo.

ㅡ Estou ótima! ㅡ Disse tentando voltar ao normal, com um suspiro longo e mais um gole de café olhei para Hinata com um olhar inquieto.

ㅡ Olá, chamo-me Hinata Hyuuga. ㅡ Estendeu a mão em forma de cumprimento.

ㅡ Madara, Uchiha Madara. ㅡ Sorriu levemente para a morena, mantive o olhar na morena, buscando uma forma de escapar do constrangimento.
ㅡ Sakura, anda muito ocupada?

ㅡ Ah, claro que não. ㅡ Respindi sem percebe, envergonhada por responde-lo tão rapidamente lhe dei espaço para que sentasse conosco, todavia, recusou e manteve-se de pé. Aquilo estava estranho e eu não estava gostando de não ter a ajuda de Hinara, que para meu desgosto devorava minhas rosquinhas.
ㅡ Por que? Deseja alguma coisa?

ㅡ Na verdade sim, gostaria de chamar-la para jantarmos hoje. ㅡ Disse simples, não se importando com a presença da morena comelona. Sem saber o que dizer, chutei a Hyuuga por baixo da mesa, ela reclamou e olhou-me feio. Eu estava sem saída, poxa!
ㅡ Aceita?

ㅡ Claro que aceito, nos vemos às oito, pode ser? ㅡ Sorri envergonhada.

ㅡ Como desejar, meu anjo! ㅡ Soltou um riso nasalado com sua frase e Hinata engasgou com o que comia, ou seja, minhas rosquinhas.

Ele despediu-se com um leve aceno e sumiu em meado ao montoado de pessoas que estava perambulando pela cafeteria lotada. Suspirando e sentindo o coração à mil, olhei para a mulher em minha frente. Puxei meu prato de rosquinhas, que agora, tinha apenas duas rosquinhas.
Pedi para a garçonete embalar para que eu levasse para a viagem e esperando me despedi da Hyuuga que jurou me ligar mais tarde. Quando a garçonete retornou com meu pedido pronto, voltei pelo mesmo caminho em que vim.

De fato, desejo saber o que ele tanto quer comigo, não consigo compreender o interesse repentino. Talvez seja coisa da minha cabeça e eu esteja ficando louca, ou não, e tudo isso seja real. Apenas vou aproveitar esse jantar, se bem que preciso sair mesmo, vou me divertir e espero que o Diabo saiba como agradar uma mulher, afinal, realmente não estou afim de ser levada para uma cama em um motel barato como uma mulher qualquer.

Peguei os fones e os coloquei, comecei minha caminhada pelas ruas de Los Angeles sem nada para fazer, olhando as vitrines e roupas de diferentes estilos e cores, a música me parecia tão desconexa de tudo naquele momento. Retirei os fones e adentrei uma loja que não era para meu bico, todavia, as roupas e assessórios eram únicos e perfeitos.
O vestido vermelho de alça fina que repousava no manequim era perfeito, caimento longo, corte regular, decote razoável, corpete delicado e bem trabalhado, ele não tinha o que retirar, muito menos por. Aquele colar brilhante com uma pequena flor dava-lhe um destaque, estava perfeito para uma saída noturna. Fiquei momentos encarando tal perfeição até a atendente, que era um amor de pessoa veio até mim.

ㅡ Lindo, não acha? ㅡ Questionou olhando para o mesmo ponto que eu, ela aproximou-se da peça e começou a retira-la do manequim.
ㅡ Moça, não irei experimenta-lo! ㅡ Afastei-me um pouco. ㅡ Não vejo necessidade em tira-lo se não vou leva-lo. ㅡ Sorri sem graça. Caso eu não estivesse tão endividada e a beira de perder meu emprego eu o levaria.
ㅡ Vamos, apenas experimente. ㅡ Sorriu já com o vestido em mãos. ㅡ Aproveite que experimentar não paga nada! Vai! ㅡ Ela sorriu lindamente, retribui sentindo-me mais animada.

A moça guiou-me até os provadores chiques, lá me despi e comecei a vestir o vestido, era perfeito a qualquer corpo. Olhei-me no espelho e encarei meus cabelos que estavam presos em um coque alto bagunçado, soltei-os e retirei meus óculos de descanso, eu não me reconhecia. Naquele momento senti-me mulher, pronta, determinada. Abri as cortinas do provador e sai de lá, olhei para a atendente que me lançou um sorriso majestoso.

ㅡ Coloque os saltos. ㅡ Entregou-me um par de saltos agulha adornados em brilhos. ㅡ E coloque isso... ㅡ Entregou-me o colar que estava acompanhado do vestido.

Interviewing the Devil - RevisandoOnde histórias criam vida. Descubra agora