Capítulo 2

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Olá, tudo bem com vocês? Estão curtindo as mudanças na história? E quem está lendo pela primeira vez está gostando? Não deixe de comentar, é muito importante!!

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Naomi
Capítulo 2


— Naomi você está bem? — Alguém está falando comigo, abro os olhos devagar, e quando percebo que quem é, levanto e sento em um rompante — Tudo bem? 

Ele volta a perguntar, eu quero responder que estou bem, mas tudo ao redor está girando. Acho que levantei rápido demais. Levo uma das minhas mãos a cabeça, dói muito. 

— Aqui, trouxe um remédio pra você, ao seu lado na escrivaninha tem água. Quer que eu pegue uma muda de roupas pra você? 

O homem que conheci ontem, Jimin, continua falando e eu mal consigo raciocinar. Onde estou? O que acontece com a minha cabeça? 

— Como? — Sussurro. Não sei se faz sentido, apenas observo onde estou. 

Uma sala espaçosa, cheia de móveis caros, como se a decoração fosse exatamente como a de um daqueles catálogos de loja. Tudo ali era tão lindo, ao mesmo tempo que me sentia confortável, tinha medo de tocar qualquer coisa e quebrar. 

— Como o que? — Ele franziu a testa. Antes que eu fosse buscar o copo com água, ele mesmo trouxe e me entregou juntamente com o comprimido. — Você ainda parece um pouco tonta. — Ele se abaixou, de repente, e segurou o meu pé — Seu tornozelo não quebrou, mas está bem inchado. Vamos ao hospital mais tarde.

— Não… Eu estou bem — Tento mexer o pé, mas uma dor aguda sobe pela perna. Automaticamente mordo o lábio inferior.

— Não se mexa, não seja teimosa. Se tivesse dito que nunca praticou alpinismo isso não teria acontecido. — Ele estava bravo comigo? Ou preocupado? 

Alpinismo? Eu não estava entendendo absolutamente nada. Por que parece que somos amigos? Por que eu não sinto vontade de fugir? Por que eu tenho a sensação que menti só para estar mais perto dele? Por que estou magoada? 

Minha cabeça está tão confusa, eu não consigo acompanhar.

— Naomi, abra os olhos. Naomi? Naomi!!

Quando os abro, estou caindo, afundando lentamente à minha própria sorte. A água gelada anestesiou cada centímetro do meu corpo, minha existência tornou-se um grão de areia em meio ao oceano profundo. A vontade desesperadora em emergir estava ali, mas não era como se eu tivesse outra escolha a não ser permanecer onde estava. Sentia medo, não havia mais qualquer luz que pudesse me guiar para a superfície. A escuridão angustiante tomou meu ser, minhas pálpebras pesaram e a última lufada de ar que ainda restava em meus pulmões, deixei escapar pela boca. Meus olhos se fecharam por completo e então, num sobressalto eu acordei.

— O que foi isso? — Murmuro para o quarto vazio. Coloco a mão em meu peito e tento controlar a respiração ofegante. Meu coração parece que vai saltar pela boca. 

Quando acordei no hospital, após o acidente, comecei a ter sonhos estranhos durante um ano, quase todas as noites. A angústia no meu peito não passava ao ponto de ter medo de dormir. Eu nunca compreendi o sentido daquelas imagens repetidas que me assombravam. Mas jamais sonhei tão claramente com um rosto, e ainda mais esquisito, o rosto do homem que conheci ontem. 

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